Espiritualidade e Sociedade





Deise Cravo

>   Por que nos afastamos das orientações do Evangelho?

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Porém, os homens ingratos se afastaram do caminho largo e reto que conduz ao reino de meu Pai e se extraviaram nos ásperos e estreitos caminhos da impiedade.
(E.S.E. cap. VI, item 5)”.

O Espírito de Verdade nos alerta que os homens se extraviaram do caminho largo e reto que conduz ao reino de Deus.

Também aprendemos que “a porta da perdição é larga” (Mateus, 7:13), e após termos escolhido este caminho, para retornar a vida, é necessário passar pela porta estreita.

Então, após termos nos afastado do caminho largo e reto, nos extraviado pela porta larga, experimentado os resultados dolorosos, estamos no esforço de passar pela porta estreita e retornarmos para trilhar o caminho que leva a Deus. Nesse processo de aprendizagem somos convidados a servir para aprendermos a fazer melhores escolhas e a agir no bem. Aceitamos nos reformar e de passo em passo vamos nos integrando ao trabalho no bem para nos tornarmos pessoas melhores. Mais muitas vezes, por falta de vigilância, enveredamos novamente por essa porta larga porque queremos seguir o trajeto mais curto.

Durante o período em que Moisés se afastou para ir ao Monte Sinai, o povo distraído criou o Bezerro de Ouro. Lacordaire no cap. 7 de O Evangelho... diz “O deus criado por vós ainda é o bezerro de ouro que cada um adapta aos seus gostos e aos seus pensamentos”.

Nosso irmão Judas invigilante “obcecado pela ambição, (...) trazia a cabeça incendiada de sonhos fantásticos” se equivocou e agiu pensando que estava resolvendo os problemas do Senhor, pois não conseguia conceber que o reino de Deus poderia ser instaurado com simples atitudes de concórdia, tolerância, paciência e esperança, conforme Jesus ensinava. Nos esclarece o Irmão X no livro Lázaro Redivivo;

Adolpho, bispo de Alger, no cap. 7 de O Evangelho... nos questiona: “Homens, por que vos lamentais das calamidades que vós mesmos acumulastes sobre vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo, portanto, não fiqueis admirados de que a taça da maldade e da injustiça haja transbordado por toda a parte”.

Na palestra espírita com o título Penas e Gozos Futuros e a Intervenção de Deus, publicado em 22\1\2013, e que pode ser assistido no canal do Youtube, o palestrante, Altivo Carissimi Pamphiro, fala sobre a violência no Rio de Janeiro e esclarece que, é a consequência do período de escravidão, que por orgulho nos deixamos dominar pelos sentimentos contrários ao amor e à caridade e, pela lei de Causa e Efeito, temos hoje as experiências dolorosas como oportunidade de nos ajustarmos diante da Lei.

Adolpho, bispo de Alger ainda nos esclarece que “O orgulho é a fonte de todos os males”, e devemos nos dedicar a desenvolver a humildade para combater e destruir esse mal que ainda existe em nós para que as consequências geradas por ele não se perpetuem. Então ele afirma: “Só existe um meio (...) infalível: tomai a lei do Cristo, lei que haveis repelido ou falseado na sua interpretação, como regra invariável da vossa conduta”.

Temos a Doutrina Espírita que nos orienta, esclarece e nos convida a refletir e meditar sobre nossas ações e as consequências que elas poderão gerar e nos ensina a trilhar o caminho ensinado por Jesus. Temos muitos desafios pela frente para ajustar e construir uma vida social mais justa: seja em casa, nas instituições, no bairro, na cidade, no país, no planeta; saibamos agir de forma coerente com a Doutrina que abraçamos e com os ensinamentos do Mestre Jesus. Sejamos vigilantes e saibamos dar o exemplo do bem para nos ajustarmos com a Lei e retornarmos para o caminho reto e largo que conduz a Deus.

 

Referências Bibliográficas
O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulos 6 e 7.

 

 

 

Fonte: Revista CELD de Estudos Espíritas
https://celd.xyz/wp-content/uploads/08-Revista_CELD_Agosto-2018.pdf

 

 

 

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