O Espírito de Verdade nos alerta
que os homens se extraviaram do caminho largo e reto que conduz ao
reino de Deus.
Também aprendemos que “a porta da perdição
é larga” (Mateus, 7:13), e após termos escolhido
este caminho, para retornar a vida, é necessário passar
pela porta estreita.
Então, após termos nos afastado do caminho largo e reto,
nos extraviado pela porta larga, experimentado os resultados dolorosos,
estamos no esforço de passar pela porta estreita e retornarmos
para trilhar o caminho que leva a Deus. Nesse processo de aprendizagem
somos convidados a servir para aprendermos a fazer melhores escolhas
e a agir no bem. Aceitamos nos reformar e de passo em passo vamos
nos integrando ao trabalho no bem para nos tornarmos pessoas melhores.
Mais muitas vezes, por falta de vigilância, enveredamos novamente
por essa porta larga porque queremos seguir o trajeto mais curto.
Durante o período em que Moisés se afastou para ir ao
Monte Sinai, o povo distraído criou o Bezerro de Ouro. Lacordaire
no cap. 7 de O Evangelho... diz “O deus criado por vós
ainda é o bezerro de ouro que cada um adapta aos seus gostos
e aos seus pensamentos”.
Nosso irmão Judas invigilante “obcecado pela ambição,
(...) trazia a cabeça incendiada de sonhos fantásticos”
se equivocou e agiu pensando que estava resolvendo os problemas do
Senhor, pois não conseguia conceber que o reino de Deus poderia
ser instaurado com simples atitudes de concórdia, tolerância,
paciência e esperança, conforme Jesus ensinava. Nos esclarece
o Irmão X no livro Lázaro Redivivo;
Adolpho, bispo de Alger, no cap. 7
de O Evangelho... nos questiona: “Homens, por que vos lamentais
das calamidades que vós mesmos acumulastes sobre vossas cabeças?
Desprezastes a santa e divina moral do Cristo, portanto, não
fiqueis admirados de que a taça da maldade e da injustiça
haja transbordado por toda a parte”.
Na palestra espírita com o título Penas e Gozos Futuros
e a Intervenção de Deus, publicado em 22\1\2013, e que
pode ser assistido no canal do Youtube, o palestrante, Altivo Carissimi
Pamphiro, fala sobre a violência no Rio de Janeiro e esclarece
que, é a consequência do período de escravidão,
que por orgulho nos deixamos dominar pelos sentimentos contrários
ao amor e à caridade e, pela lei de Causa e Efeito, temos hoje
as experiências dolorosas como oportunidade de nos ajustarmos
diante da Lei.
Adolpho, bispo de Alger ainda nos esclarece que “O orgulho
é a fonte de todos os males”, e devemos nos dedicar
a desenvolver a humildade para combater e destruir esse mal que ainda
existe em nós para que as consequências geradas por ele
não se perpetuem. Então ele afirma: “Só
existe um meio (...) infalível: tomai a lei do Cristo, lei
que haveis repelido ou falseado na sua interpretação,
como regra invariável da vossa conduta”.
Temos a Doutrina Espírita que nos orienta, esclarece e nos
convida a refletir e meditar sobre nossas ações e as
consequências que elas poderão gerar e nos ensina a trilhar
o caminho ensinado por Jesus. Temos muitos desafios pela frente para
ajustar e construir uma vida social mais justa: seja em casa, nas
instituições, no bairro, na cidade, no país,
no planeta; saibamos agir de forma coerente com a Doutrina que abraçamos
e com os ensinamentos do Mestre Jesus. Sejamos vigilantes e saibamos
dar o exemplo do bem para nos ajustarmos com a Lei e retornarmos para
o caminho reto e largo que conduz a Deus.
Referências
Bibliográficas
O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulos
6 e 7.