Kardec esclarece
que “todos nós temos um bom espírito que está
ligado a nós, desde o nosso nascimento, e que nos tomou sob
a sua proteção”. Outros espíritos
também nos acompanham.
Quem são esses espíritos? Qual a sua missão junto
a nós? como entramos em contato com eles? Quais os cuidados
devemos ter?
Vamos ver o que a Doutrina Espírita nos ensina sobre os espíritos
e como podemos nos relacionar com eles de forma consciente?
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, os espíritos
ensinam que temos um anjo guardião ou espírito protetor
que é o nosso guia principal que Deus nos deu. Ele é
sempre um espírito superior. Também temos outros guias,
os chamados secundários, que são os protetores e os
familiares. Estes são menos elevados que o anjo guardião,
mais são espíritos bondosos e benevolentes, que nos
dão assistência, bons conselhos e muitas vezes fazem
intervenções nas ações que praticamos
em nossas vidas.
Essa mesma orientação encontramos em O Livro dos
Espíritos, na questão 491. Os Espíritos
informam que os anjos guardiões têm a missão “de
um pai com relação aos filhos; a de conduzir seu protegido
ao bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolá-lo
nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas
da vida”.
Quando compreendermos esse apoio e adquirirmos a certeza dessa proteção
não nos sentiremos mais sozinhos diante das lutas e dores.
Se pararmos para observar, quando estamos passando por uma dificuldade
e achamos que não temos força para suportar ou coragem
para enfrentar e, de repente, sentimos uma força que nos impulsiona,
são esses amigos que emitem energias salutares que nos ajuda
a não desistir.
Também existem outros espíritos que nos influenciam,
são os espíritos simpáticos. Estes espíritos
são atraídos por semelhança de gostos e de tendências,
portanto, podem nos influenciar para o bem ou para o mau, dependendo
do tipo de vínculo que mantemos com eles. Atraímos para
junto de nós espíritos que possuem os mesmos tipos de
vícios que possuímos; se passamos o dia reclamando do
tempo, das coisas, das pessoas, se temos o hábito de falar
palavrões, assistir filmes de terror, ou que insita a maldade,
atrairemos espíritos com as mesmas tendências e hábitos;
se sempre nos deixamos dominar pela melancolia, pela tristeza, se
temos tendências à raiva, ao rancor, à magoa,
nos vinculamos a espíritos com esses mesmos sentimentos e dessa
forma iremos nos associar a uma energia igual, que dificultará
o nosso processo de libertação. Bem como se temos tendências
aos bons hábitos, aos bons pensamentos e sentimentos, atrairemos
os espíritos bons.
Outros espíritos que nos influenciam são os sedutores,
esses não desejam o nosso progresso e sugerem maus pensamentos,
atuando sobre as nossas fraquezas. Aproveitam a oportunidade que não
estamos vigilantes e, se permanecemos em faixas negativas eles se
prendem a nós. Por isso a importância de conhecermos
as nossas dificuldades, más tendências e maus hábitos,
que são portas abertas para a influenciação.
Estudar, refletir e meditar sobre as coisas espirituais, o trabalho
no bem e o esforço constante, afastam esses espíritos
que percebem que não conseguirão nos atingir. Portanto,
não existe um espírito mau que nos acompanha como muitos
acreditam, eles se aproximam porque encontram acesso em nós.
Por isso, caros amigos, devemos buscar a intimidade com nossos guias
protetores. Através do hábito da prece, devemos pedir
a eles que nos deem força, coragem, bons conselhos e, com sinceridade
trabalharmos para combater as nossas fraquezas e nos esforçarmos
para sermos melhores. Só assim seremos assistidos pelos bons
espíritos.
Referências
Bibliográficas:
O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XXVIII.