Pesquisas na Universidade
de Virgina abrangem desde estudos complexos até sinopses
sobre o possível elo entre reencarnação e
biologia, etiologia das marcas de nascença e defeitos do
nascimento, além de casos de xenogloxia em crianças
Na Universidade
de Virginia, EUA, existe a Divisão de Estudos da Personalidade
para pesquisas de casos que evidenciam a reencarnação
e também outros fenômenos de Memória Extra-Cerebral.
Estes estudos tiveram início em 1961, por iniciativa do dr.
Ian Stevenson que visitou várias localidades do mundo coletando,
cientificamente, dados relevantes sobre o assunto.
Elo científico entre reencarnação e biologia
Os membros da faculdade da divisão de estudos
da personalidade estão publicando diversos livros e numerosos
artigos sobre pesquisas da reencarnação, experiências
de quase morte e outros fenômenos correlatos. Essas publicações
abrangem desde estudos profundos e complexos até sinopses sobre
o possível elo entre reencarnação e biologia,
etiologia das marcas de nascença e defeitos do nascimento,
estudos sobre xenogloxia em crianças (normalmente com menos
de 2 anos, expressando-se através de diversas e inusitadas
palavras em outro idioma —chegando mesmo a pronunciar frases
inteiras). Além desses assuntos, há publicações
referentes a numerosos casos de reencarnação pesquisados
pela equipe da universidade e também uma vasta bibliografia
sobre o tema.
Lembranças, marcas de nascença e defeitos de nascimento
No caso da reencarnação o objeto de
pesquisas dessa Divisão são algumas crianças,
encontradas em todas as partes do mundo, geralmente com idade entre
2 a 5 anos, que espontaneamente relatam lembranças de uma vida
precedente. Ao mesmo tempo, mostram comportamentos singulares, tais
como fobias incomuns para com a própria família e que
parecem corroborar com o que dizem e sentem em relação
à experiência de uma existência anterior. Em muitos
desses casos estudados o tipo de indicações feito pela
criança corresponde exatamente a fatos na vida e na morte de
uma outra pessoa falecida (quem a criança afirma ter sido anteriormente).
Normalmente, as famílias envolvidas nunca tiveram qualquer
tipo de contato antes do caso pesquisado. Aliás, em muitos
deles se desconheciam completamente.
Laudos científicos pós-morte
Ainda segundo a Divisão de Estudos da Personalidade
da Universidade de Virginia, algumas dessas crianças apresentam
“birthmarks”, ou marcas de nascença e outros defeitos
de nascimento que correspondem às feridas ou às outras
marcas encontradas na outra pessoa falecida, cuja vida a criança
recorda. E o mais singular: em casos numerosos os relatórios
pós-morte de perícia científica confirmam exatamente
essas correspondências.
Outro dado interessante é o fato de algumas
crianças reterem essas lembranças, que geralmente se
desvanecem após os 7 anos.
“Mamãe, quando eu era grande... ”
Os pesquisadores da Divisão informam que as
indicações dadas por uma criança que parece relembrar
vidas pregressas são muito variadas. Esclarecem que pais e
educadores até ouvem alguns tipos de frases e expressões
diferentes, mas devido a nossa cultura ocidental são julgadas
como fantasia. Acontece ainda de a criança dizer coisas sem
lembrar da existência anterior. Os pesquisadores desaconselham
bombardear uma criança com perguntas para obter informações
desse tipo e, de igual modo, alertam para não se tentar impedir
que elas dêem vazão a essas lembranças espontâneas.
Comumente, ouvem-se as seguintes frases:
“Você não é minha mamãe/papai”;
“Eu tenho outra mamãe/papai”;
“Quando eu era grande, eu... (usava tal coisa/tinha um carro
azul, etc...)”
“Que aconteceu antes que eu estivesse na barriga da mamãe”;
“Eu tenho uma mulher/marido/filho”;
“Eu usei... (dirigi um caminhão/vivia em outra cidade,
etc...)”;
“Eu morri... (em um acidente de carro/depois que eu caí,
etc...)”;
“Eu me lembro quando eu... (morava em outra casa/meus outros
pais, etc...).
A Divisão de Estudos da Personalidade mantém
rigorosos critérios para a abordagem científica dessas
pesquisas, sobretudo, o absoluto sigilo com relação
a identidade das pessoas envolvidas nos casos pesquisados. A Universidade
disponibiliza, inclusive, formulários de contato com a equipe
para uma possível entrevista/pesquisa, caso sejam apresentadas
ocorrências que evidenciem reencarnação.
Conclusão
Semelhantes fatos nos levam a refletir sobre a visão
de profundidade que devemos lançar sobre aspectos da fenomenologia
e dos postulados espíritas e espiritualistas. Uma coisa é
tratar um assunto, como a reencarnação, por exemplo,
sob a ótica da interpretação dogmática,
preconceituosa, encastelada em teses ou conceitos alheios, fórmulas
ou versículos sagrados combinados de tal forma que, mediante
a mínima possibilidade de contradição, qualquer
argumento contrário represente uma afronta ao estabelecido.
Outra coisa é avaliar o mesmo assunto a partir
de um ponto de vista não condicionado e com liberdade de pensamento,
com atenção focada em fatos e evidências relevantes
que não se opõem à razão, à lógica
e ao bom-senso.
É desnecessário enfileirar quantos dogmas
teológicos, quantas teorias filosóficas e teses científicas
a razão houve por bem derrubar definitivamente, em decorrência
dos fatos. E apenas isso bastaria para que nos convencêssemos
definitivamente de que todo pensamento enjaulado compactua com a estagnação.
A força das evidências demonstra que
muitos desses casos de reencarnação pesquisados (como
meninos-prodígio e a hereditariedade, marcas de nascença,
alguns tipos de defeitos físicos, certos casos de fobia, por
exemplo), não podem ser explicados unicamente pelas leis do
atavismo e da hereditariedade.
Lèon Denis, ao referir-se sobre a reencarnação
lembra que Descartes, Leibniz e Kant tiveram certa intuição
destes fatos. Descartes, sobretudo, na sua teoria das idéias
inatas. Para Denis, somente o espiritualismo contemporâneo pôde
lançar luz sobre tais problemas.
No entanto, podemos acrescentar que também
a Ciência do século XXI acende novas luzes sobre a tão
combatida questão da reencarnação. A cogitação
sobre a possibilidade das vidas sucessivas e seu vasto leque de conseqüências
implícitas vem transformando decisivamente padrões de
pensamento e de conduta em muitas pessoas sensatas. Gradual e naturalmente,
através de fatos e evidências, a compreensão desse
fenômeno biológico haverá também de reformular
conceitos e valores referentes ao verdadeiro sentido dos propósitos
da criação e de nossa experiência na terra.
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