Esta comunicação
decorre de estudos feitos para a composição de minha
dissertação de mestrado que está em andamento
e traz como tema central a religião de matriz africana.
Objetiva apresentar uma discussão acerca da relação
existente entre as práticas ritualísticas de cura
com a natureza e os valores que os jovens de terreiros expressam
ao lidarem com os ensinamentos de sua religião.
A investigação parte do entendimento de que a juventude
não é apenas uma categoria parametrizada por uma
faixa etária, mas um grupo social que estabelece diferentes
relações entre o mundo objetivo e subjetivo. Nesse
sentido, a religião é um dos espaços importantes
para a compreensão da condição juvenil e
o respeito que os jovens têm pela natureza ao utilizarem
esta paisagem natural como local de culto e também de práticas
rituais.
Assim, a pesquisa prima por uma investigação para
o conhecimento do valor atribuído às folhas sagradas
empregadas no contexto desta religião, bem como sua importância
nos rituais, por isso faz-se necessário conhecer em que
situação e onde especificamente elas são
empregadas. Destaca-se a importância delas na preparação
de amacis, banhos, bebidas, rituais, remédios, pois as
folhas sagradas, dentro da mística das comunidades tradicionais
de terreiros, são imprescindíveis na sustentabilidade
da religião dos orixás. Sendo esta questão
ressaltada em uma frase: “Sem folhas não há
orixás”. Sendo assim, o fato de a natureza estar
sofrendo um processo de depredação tem se tornado
uma das grandes preocupações dos praticantes destes
cultos e rituais que buscam preservar a cultura africana.
Nome: Cláudia Maria de Jesus Castro
Titulação: Mestranda
Instituição: Pontifícia Universidade Católica
de Goiás
Nome: Cláudia Valente Cavalcante
Titulação: Doutora
Instituição: Pontifícia Universidade Católica
de Goiás
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