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(trecho inicial)
QUERO RETORNAR por um momento a uma celebração
havida no Rio de Janeiro, em julho de 1992, quando autoridades de
todo o mundo e mais um número expressivo de pessoas e de pequenas
e grandes ONGs, vieram reunir-se no Rio de Janeiro para a grande Conferência
Mundial sobre o Meio Ambiente, a Eco-92. Muito menos oficial do que
outros, o evento que quero apresentar aqui foi um grande encontro
religioso em torno ao sentido da Vida e ao destino do Planeta Terra.
Com o olhar voltado para
o céu e dançando ao ritmo de cânticos espirituais,
uns 3000 fiéis de 25 religiões e credos tão
diversos como o catolicismo, o hinduísmo, o judaísmo
e o candomblé, esperaram o amanhecer desta Sexta-feira como
a chegada de "um novo dia para a Terra".
Foi desta maneira que a edição
de Terra Viva, o jornal alternativo do Fórum Global celebrado
durante a Eco-92, anunciou o que acabara de ser a "celebração
inter-religiosa: um novo dia para a Terra". Eram muitas as pessoas
presentes e havia gente de vários credos e religiões.
Mas não todas. E as razões de suas ausências devem
ser assunto das páginas que nos esperam adiante. Por que motivo
estavam ali presentes líderes e seguidores de uma religião
oriental chamada Brahma Kumaris, desconhecida de 98 entre cada cem
brasileiros, quando, até onde se saiba, não se fizeram
representar os pastores e'"obreiros" das principais confissões
evangélicas pentecostais, cuja presença é a cada
dia mais visível em todo o País? Porque tantas outras
"autoridades religiosas" não teriam sido convidadas,
enquanto outras preferiram não aderir a uma cerimônia
múltipla de ritos e preces destinados, segundo os organizadores
do evento, a "mudar o curso materialista da sociedade a que se
atribui o caos ambiental, e lutar pela causa de um renascer espiritual
que torne o nosso planeta um lugar habitável".
As autoridades religiosas
fizeram alternar (depoimentos) de pastores protestantes, rabinos
judeus, teólogos islâmicos, mamos indígenas
guaranis, sacerdotes do bramanismo hindu e do budismo japonês,
espíritas, irmãos do Santo Daime amazônico.
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