- Como podemos encarar o passe
magnético no campo espírita, do ponto de vista da
medicina humana?
Em verdade, para conseguirmos alguma
ideia precisa no dicionário terreno, com respeito ao poder
do fluido magnético, que constitui por si emanação
controlada de força mental sob a alavanca da vontade, será
interessar figurar o nosso veículo de manifestação
como sendo o Estado Orgânico em que nos expressamos na condição
de Espíritos imortais, em multifária graduação
evolutiva.
Semelhante esfera celular, para a nossa conceituação
mais simples na técnica fraseológica das criaturas encarnadas
(definição somente aplicável ao Plano Físico
mais denso – nota do autor espiritual), pode ser dividida
em duas partes essenciais – o hemisfério visível
ou campo somático e o hemisfério por enquanto invisível
na Terra ao sensório comum, ou campo psicossomático.
No primeiro, temos o comboio fisiológico tangível, capaz
de oferecer positivos elementos de estudo à perquirição
histológica (histologia – anatomia microscópica
dos tecidos e órgãos; estudo dos tecidos orgânicos).
No segundo, encontramos o perispírito da definição
kardequiana, ou corpo espiritual, que preside a todas formações
do cosmo físico.
Observando, assim, o carro de exteriorização da inteligência
por um Estado Orgânico, perfeitamente estruturado em sua base
e comportamento, é fácil interpretar-lhe os órgãos
como províncias diferenciadas entre si, não obstante
conjugadas em sintonia de ação para os mesmos fins,
e apreciar-lhe os milhões de células como entidades
microscópicas em comunidades distintas, como povos infinitesimais
a se caracterizarem por atividades específicas.
Representando o sistema hemático, no corpo humano, o conjunto
das energias circulantes no psicossoma, energias essas tomadas pela
mente, através da respiração, ao infinito reservatório
do fluido cósmico, é para ele que se encontra intimamente
associado ao estímulo nervoso ou aparelho de comunicação
entre o governo do Estado simbólico a que nos referimos e suas
províncias e cidadãos – os órgãos
e as células.
Correspondendo a centros vitais do perispírito – que
não podemos entender agora, por ausência de terminologia
adequada entre os homens – , temos o eritrônio, o leucocitônio
e o trombônio, tanto quanto o sistema retículo-endotelial
e os gânglios linfáticos, dando nascimento, no plasma
sangüíneo, às coletividades corpusculares das hemácias,
dos leucócitos, dos trombócitos, dos macrófagos
e dos linfócitos a se dividirem através de famílias
numerosas, em trabalho incessante, desde as usinas geratrizes do baço
e da medula óssea, do fígado e dos gânglios, até
o estroma dos órgãos.
Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as
criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude
e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares
do Estado Orgânico – particularmente as sangüíneas
e as histiocitárias –, determinando-lhes o nível
satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade,
a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação
de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra
as invasões bacterianas e na redução ou extinção
dos processos patogênicos, por intermédio de ordens automáticas
da consciência profunda.
Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão
no hemisfério psicossomático ou perispírito,
a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou
veículo carnal, provocando determinada causa de sofrimento.
A dor, portanto, dessa ou daquela forma, é sempre uma situação
de alarma ou emergência, mais ou menos durável no império
orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo
ou da alma, na execução do alívio ou da cura.
Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se
baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem
pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa para
que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize
naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu
serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela
contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável.
Assim é que orar em nosso favor é atrair a Força
Divina para a restauração de nossas forças humanas,
e orar a benefício dos outros ou ajudá-los, através
da energia magnética, à disposição de
todos os espíritos que desejem realmente servir, será
sempre assegurar-lhes as melhores possibilidades de auto-reajustamento,
compreendendo-se, porém, que se o amor consola, instrui, ameniza,
levanta, recupera e redime, todos estamos condicionados à justiça
a que voluntariamente nos rendemos, perante a Vida Eterna, justiça
que preceitua, conforme o ensinamento de Nosso Senhor Jesus-Cristo,
seja dado isso ou aquilo “a cada um segundo as suas próprias
obras”, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou menos felizes
podem ser fruto de nosso orientação todos os dias e,
por isso mesmo, todos os dias será possível alterar
o rumo de nosso próprio roteiro.
- Qual
a velocidade da emissão fluídica de um passe?
A questão envolve, na base,
o estudo da partícula do pensamento, em sua composição
de estrutura e potencial, para o que ainda não possuímos
qualquer recurso nas definições humanas.