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(trecho inicial)
No dia 16 de agosto de 1990 surge
um fato inédito na história de São Paulo. O tombamento,
pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), do Axé Ilê
Obá, um terreiro de candomblé de nação ketu,
localizado na Vila Facchini, na capital de São Paulo. Além
de algumas notas em jornais, pouco se falou sobre o assunto. Tanto a
comunidade conhecida como "povo-de-santo", quanto a academia
silenciaram sobre o fato. Em todo caso, quem cala, consente; o que já
é alguma coisa, pois este tombamento coloca em evidência
a possibilidade de repensar o conceito de patrimônio histórico
e cultural e seus modos de preservação, ao mesmo tempo
em que dá um exemplo concreto de uma política cultural
avançada, levando em consideração o conjunto dos
valores culturais de um grupo, mesmo se eles não têm sido
reconhecidos como tais pela história oficial.
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Publicado originalmente em Comunicações
do ISER no. 41, ISER, Rio de Janeiro, 1991
Rita Amaral
é antropóloga do Núcleo de Antropologia Urbana
da USP, doutora em antropologia social, Ph.D em etnologia afro-brasileira
pela USP
Fonte: http://www.n-a-u.org/Amaral-patrimonio.html
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