Cláudio
Farias do Amaral
> Adivinhação não é mediunidade
A arte da adivinhação
acompanha o ser humano há séculos, bem antes da vinda
do Cristo, que instituiu a regra básica da mediunidade:
"dar de graça o que de graça recebeste".
A adivinhação tem íntima relação
com o mediunismo, que é diferente de mediunidade. Acerca
disto é preciso fazer diferenciação: mediunismo
e mediunidade. O mediunismo é a prática empírica,
sem fundamentos rígidos e seguros que acarretem o necessário
controle sobre a recepção da ação espiritual,
sob as diversas formas de atuação (psicográfica,
psicofônica, inspirada, oratória, curativa, transmissão
de fluidos ou passe, materialização, etc.), a fim
de que a comunicação seja o mais fiel possível,
com o menor grau de deturpação por parte dos elementos
que se combinam para sua produção: o espírito,
o médium e o ambiente. Já na mediunidade conduzida
pelas orientações de Kardec tudo isso é considerado.
Por exemplo, o objetivo para que nos dirigimos ao plano espiritual.
Se for fútil (ambições, materiais, prognósticos,
curiosidade mesquinha, etc.), atrairemos espíritos inferiores
afins com tais níveis de interesses.
Um caso real ocorrido, há 32 anos atrás, na família
de um companheiro nosso, ilustrará bem essa situação.
Sua tia materna sempre se sentiu atraída a consultar os adivinhadores
de sorte e na visita a um deles fez a indagação se
sua mãe iria se sair bem em uma cirurgia já marcada.
A pessoa informou que sim, mas que haveria uma futura segunda operação.
Como anunciado, a primeira operação foi um sucesso,
mas devido um excesso por parte da senhora houve a necessidade de
uma nova intervenção cirúrgica. Confirmado
o presságio feito, sua tia retornou para saber como ocorreria
e aí instalou-se o pânico, quando veio a revelação
de que desta tudo bem, mas haveria uma terceira que seria fatal.
Assim ocorreu. A senhora foi submetida a uma terceira operação.
Foi um verdadeiro pandemônio. Toda família em polvorosa
e a única tranqüila era a senhora, que dizia: "gente,
se chegou a hora tudo bem". Toda família foi motivo
de chacota por parte dos espíritos zombeteiros, que na verdade
se prevaleceram da prova prevista da senhora e se utilizaram daquela
"médium desorientada” (cartomante) para instalar
aquela agonia. Hoje a senhora está entre nós com 85
anos.
Diz-nos Kardec que os espíritos nada mais são do que
os homens destituídos do corpo, nenhuma mensagem que deles
se originem deve ser recebida pelos encarnados como INFALÍVEL,
principalmente se o médium não cuida das condições
morais pessoais e dos objetivos que o mova ao intercâmbio
com os espíritos.
GRUPO ESPÍRITA APRENDER,
AMAR E SERVIR
Rua Circular da Quinta do Caju, nº 7 – sobrado – Quinta
do Caju
Reuniões segundas e quintas – 20 horas
Fonte: http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos
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