Espiritualidade e Sociedade



Angélica Aparecida Silva de Almeida

>    "Uma fábrica de loucos": Psiquiatria x Espiritismo no Brasil (1900 – 1950)

Artigos, teses e publicações

Angélica Aparecida Silva de Almeida
>  
"Uma fábrica de loucos": Psiquiatria x Espiritismo no Brasil (1900 – 1950)

 

 

Tese de Doutorado apresentada ao
Departamento de História do
Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Estadual
de Campinas sob a orientação da
Prof. Dra. Eliane Moura da Silva.




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Resumo:

História do Espiritismo e da Psiquiatria - apresenta vários pontos de contato, mas este tem sido um tema pouco explorado pelos historiadores.

No Brasil, particularmente, houve um acirrado, mas pouco investigado, confronto entre psiquiatras e espíritas na primeira metade do século XX em torno da "loucura espírita". o objetivo deste estudo foi investigar o processo de construção da representação da mediunidade 'enquanto loucura, aqui definida como "loucura espírita", ou seja, como as experiências mediúnicas espíritas passaram a ser interpretadas pelos psiquiatras como causa e/ou manifestação de doenças mentais.

Este estudo se concentrou no local e período onde este conflito foi mais intenso, ou seja, no sudeste brasileiro, entre 1900 e 1950 No Brasil da primeira metade do século XX, tanto a Psiquiatria como o Espiritismo estavam em busca de legitimação, de seu espaço cultural, científico e institucional dentro da sociedade brasileira. Estes dois atores sociais estavam ligados às classes urbanas intelectualizadas e defendiam diferentes visões e abordagens terapêuticas relacionadas à questão da mente e da loucura. Ambos disputavam um mesmo espaço no campo científico, cultural, social e institucional, buscando a afirmação da própria legitimidade.

Este conflito se manifestou através de constantes embates entre psiquiatras e espíritas. Os médicos publicaram teses, artigos e livros no âmbito acadêmico sobre a "loucura espírita" e a necessidade de combatê-Ia através do controle governamental sobre os centros espíritas, proibição da divulgação do Espiritismo, combate ao charlatanismo supostamente praticado por médiuns, tratamento e internação dos médiuns, considerados graves doentes mentais. Os espíritas também publicaram livros, escreveram artigos em periódicos espíritas, produziram uma tese em medicina (que foi reprovada) e fundaram hospitais psiquiátricos espíritas. Os espíritas, além de negarem ser a mediunidade uma forma ou causa.

 


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Fonte:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br

 


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