Espiritualidade e Sociedade



Angélica A. Silva de Almeida; Ana Maria G. R. Oda; Paulo Dalgalarrondo


>   O olhar dos psiquiatras brasileiros sobre os fenômenos de transe e possessão

Artigos, teses e publicações

Angélica A. Silva de Almeida; Ana Maria G. R. Oda; Paulo Dalgalarrondo
>   O olhar dos psiquiatras brasileiros sobre os fenômenos de transe e possessão

 


Angélica A. Silva de Almeida
- Mestre e doutora pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (Nupes) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Ana Maria G. R. Oda
- Pesquisadora e professora colaboradora do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.
Paulo Dalgalarrondo
- Professor Titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

 

 

Resumo


Contexto
: Os fenômenos de transe e possessão despertaram o interesse da comunidade psiquiátrica brasileira, gerando posturas diversificadas. Objetivos: Descrever e analisar como os fenômenos de transe e possessão foram tratados pelos psiquiatras brasileiros: seu impacto na teoria, na pesquisa e na prática clínica entre 1900 e 1950.

Método: Análise de artigos científicos e leigos, teses e livros sobre transes e possessões produzidos pelos psiquiatras brasileiros entre 1900 e 1950.

Resultados: Identificam-se duas correntes de pensamento entre os psiquiatras. A primeira, vinculada às Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e São Paulo, sob forte influência de autores franceses, deteve-se mais na periculosidade do espiritismo para a saúde mental. Defendia a adoção de medidas repressivas com o poder público. O segundo grupo de psiquiatras, ligado às Faculdades de Medicina da Bahia e Pernambuco, embora não desconsiderasse o caráter patológico ou “primitivo” dos fenômenos de transe e possessão, apresentou uma visão mais antropológica e culturalista. Considerando tais fenômenos como manifestações étnicas ou culturais, alguns defenderam o controle médico e a educação do povo para o abandono dessas práticas “primitivas”. Outros não consideravam os fenômenos mediúnicos como desencadeadores da loucura, mas manifestações não-patológicas de um universo cultural, além de não vinculá-los ao atraso cultural da população.

Conclusões: As religiões mediúnicas foram objeto de estudo por longo período, resultando hipóteses e práticas diferenciadas por parte da comunidade psiquiátrica brasileira, constituindo-se oportunidade privilegiada para o estudo do impacto dos fatores socioculturais na atividade psiquiátrica.

 

Almeida, A.A.S. et al. / Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 34-41, 2007

 

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Fonte
: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista


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