Resumo
A reprodução assistida (RA), é
um fenômeno que exprime a importância de “ter”
filhos na nossa sociedade, longe de um terreno tranquilo, essas técnicas
evocam sentimentos híbridos, sobretudo quando falamos da doação
de gametas.
No Brasil, as doações são anônimas
e tem sido centralizadas em um único banco de gametas, deixando
un vácuo nas informações acerca de suas motivações.
A forma como os doadores são selecionados é o tema central
desse artigo. As pessoas que irão se beneficiar de uma doação
de gametas recebem uma lista que contém informações
como tipo sanguíneo, orígem étnica, religião,
cor da pele, cor dos olhos, hobby e altura. Tais dados falam de dois
conjuntos de informações que remetem ao binômio,
tanto discutido na antropologia: natureza e cultura.
O objetivo desse artigo é problematizar qual
o lugar das informações como orientação
religiosa para a escolha de um doador. Essa discussão está
situada na relevância de debates acerca de noções
de transmissão e hereditariedade para a identidade pessoal
e familiar.
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Débora Allebrandt, Universidade Federal de
Rio Grande do Sul
Doutor em Antropología pela Université de Montréal.
Estudante de pós-doutorado em Antropologia Social na Universidade
Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS).
Fonte: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/12694
DOI: https://doi.org/10.22456/1982-2650.50880
ALLEBRANDT, D. Negociando semelhanças, produzindo
identidades: orientação religiosa e herança genética
na escolha de doadores de gametas. Ciencias Sociales y Religión/Ciências
Sociais e Religião, Campinas, SP, v. 16, n. 21, p. 137–151,
2020. DOI: 10.22456/1982-2650.50880. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/12694.
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