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27/05/2018

 

 

Brian Weiss publica coletânea com relatos de 23 anos de terapia de vidas passadas

 


Em livro, Brian Weiss e sua filha reúnem relatos
de 23 anos de terapia de regressão e experiências de vidas passadas

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Em "Milagres Acontecem", Brian Weiss e sua filha, a psicóloga Amy E. Weiss, reúnem relatos de 23 anos de terapia de regressão e experiências de vidas passadas.

Formado pela Universidade de Columbia e pela Faculdade de Medicina de Yale e diretor do departamento de psiquiatria do Mount Sinai Medical Center, Weiss era cético a tudo o que fosse relacionado à espiritualidade.

Em 1980, Catherine, aos 27 anos, buscou a ajuda de Weiss para controlar crises de ansiedade, pânico e fobias, sintomas que se manifestavam desde a infância. Após tentar diversos tratamentos para a moça, o médico decidiu usar técnicas de hipnose.

Com o método, Catherine entrou em contato com experiências de outras vidas. O caso fez com que Weiss repensasse seus conceitos. Ele relata esse episódio no livro "Muitas Vidas, Muitos Mestres".

"A reencarnação, o conceito de que todos nós vivemos outras vidas, é a porta pela qual entrei em um nível mais alto de compreensão. Catherine abriu essa porta para mim, e eu a mantive aberta para muitos outros", escreve na introdução de "Milagres Acontecem".

O título traz o relato de diversos pacientes que reviveram traumas de outras vidas.

"Através de centenas de vozes, essas histórias validam não apenas o fenômeno das regressões a vidas passadas, mas todo o universo psicoespiritual", conta o autor.

Em novo livro, Brian Weiss fala sobre o poder de cura das memórias de vidas passadas.

Hoje, o médico defende abertamente os benefícios terapêuticos da terapia de vidas passadas.

"Em toda a história, a humanidade tem resistido às mudanças e à aceitação de novas ideias", diz o autor. "A tradição histórica está repleta de exemplos".

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Abaixo, leia um trecho:

 

O TECIDO DA CONEXÃO

Em 1993, recebi de presente o livro Muitas vidas, muitos mestres de um estranho que, apesar de não saber nada a meu respeito, afirmou que aquele livro tinha sido escrito "para" mim. A leitura fez com que tudo o que acontecera em minha vida antes daquele momento finalmente passasse a fazer sentido. Eu ficava perturbada com a percepção que em geral as pessoas têm do luto. Pela primeira vez na vida, compreendi por que não ficava completamente destruída quando alguém morria. Senti intuitivamente que, se pudesse trabalhar e aprender com o Dr. Weiss, seria capaz de ajudar os outros a mudar a perspectiva de sofrimento e reforçar a perspectiva da conexão.

Mais de dez anos depois, meu marido, um vigilante rodoviário da Califórnia, foi morto durante um assalto. Dois anos após sua morte, vi o Dr. Weiss no programa da Oprah Winfrey e aquela mesma intuição tomou conta de mim. Eu me inscrevi então em um treinamento profissional que iria acontecer no mês de julho.

Ao chegar ao instituto, minha percepção parapsíquica estava totalmente aberta como jamais estivera. Eu tinha consciência da minha conexão não apenas com todas as pessoas ali presentes, mas também com os pequenos animais e plantas. Ele concordou em fazer uma regressão em mim diante de todo o grupo. Através de uma rápida indução, a palavra cocho imediatamente apareceu na minha consciência, e em seguida vi o cocho que usávamos para dar água aos cavalos na fazenda onde cresci. Veio à minha mente um acontecimento da infância, quando, por força das circunstâncias, fomos obrigados a vender nossos amados cavalos. Lembrei-me da dor que isso causou ao meu pai. Ouvi-o dizer à minha mãe que, apesar de o instinto lhe ter advertido para não vender os animais para aquele comprador específico, ele o havia ignorado e se arrependera depois.

Naquele momento decidi conscientemente não chorar para poupar meu pai de qualquer culpa adicional. Desde então, até o dia do seminário, a tristeza em relação àquele acontecimento permaneceu dentro de mim, profunda e anônima. À medida que revivia a experiência da minha infância, a dor fluía toda vez que eu exalava o ar e descrevia o que tinha acontecido. O alívio que se seguiu foi indescritível.

Logo depois me veio à lembrança o nascimento de meu filho. Na época, os instintos gritavam dentro mim, dizendo que algo estava errado, mas me deixei convencer pelo médico de que meus temores eram apenas paranoia. Implorei a ele que induzisse meu parto e acabei tendo que fazer uma cesariana de emergência. Meu filho precisou ser ressuscitado, pois a placenta e o cordão umbilical estavam em estado de gangrena. No dia seguinte, quando enfim a saúde dele se estabilizou o bastante para que eu o tomasse nos braços, vi seus dedinhos manchados. Eu sabia que, ao ignorar minha intuição, na qual deveria ter confiado mais do que no ar que respiro, eu tinha falhado no primeiro teste como mãe. Comecei a chorar de raiva, tristeza e frustração, tal como meu pai quando vendeu os cavalos. Naquele instante, meu filho começou a se agitar, mostrando desconforto, e percebi que ele sentia a dor que vinha de mim. Preocupada em não lhe causar qualquer outro sofrimento, parei de chorar e me esqueci completamente da culpa até 14 anos depois, durante a sessão com o Dr. Weiss. Libertei-me da extrema dor que, sem ter consciência, eu guardava dentro de mim. Totalmente aliviada, senti como se o peso do mundo tivesse sido retirado do meu peito.

Então me dei conta da presença dos meus guias e fui tomada por uma intensa sensação de paz. Eles fizeram com que eu me sentisse parte deles, assim com eles eram parte de mim. Vendo Brian Weiss ao meu lado, percebi que ele também fazia parte daquele "time".

O Dr. Weiss perguntou se meu marido se encontrava lá. Senti que ele estava à minha esquerda e virei a cabeça para ficar mais consciente de sua presença. Quando virei para a esquerda, senti que ele estava também à minha frente. Ao girar a cabeça para a frente, eu o senti à minha direita, embora ele também estivesse à esquerda e à frente. "Ele está em toda parte!", eu disse, ao me dar conta do que sentia.

Ao ouvir isso, as 130 pessoas que estavam na sala suspiraram. Naquele instante, tomei consciência da energia, como se fios azuis estivessem me conectando a todas aquelas pessoas, ligando o meu diafragma ao de cada uma delas. Quando suspiraram juntas, expressando o que sentiram ao compartilhar a emoção que a presença do meu marido falecido provocara em mim, fios brotaram de cada uma delas e formaram um belo e intrincado tecido de conexão. Senti que, daquele momento em diante, tudo o que eu fizesse afetaria cada uma daquelas pessoas, assim como tudo o que elas fizessem afetaria todos nós. Cure os que curam, foi o que compreendi, sabendo que a conexão é a nossa força.

Voltei-me para ouvir o Dr. Weiss perguntar se meus guias ainda estavam presentes. Respondi que sim, que sempre estão, e disse: "Nós somos um time e temos um objetivo." Ele perguntou qual era esse objetivo, e comecei a enxergar infinitos lampejos - somente lampejos -, mas repletos de detalhes e emoções. Os poucos que consegui capturar envolviam um prisioneiro sentado na ponta de sua cama, com a cabeça entre as mãos, sentindo mais dor, medo e raiva de si mesmo do que qualquer uma de suas vítimas poderia imaginar, pois nem ele sabia por que as matara e, portanto, não era capaz de confiar em suas próprias ações. Uma mãe com a filha no colo, ambas morrendo de fome. A mãe sufocando a própria dor, sabendo que a criança partiria antes dela, temendo que a menina morresse acreditando que a mãe fora egoísta por não morrer primeiro. Tudo o que consegui traduzir verbalmente sobre esses lampejos foi "A dor, a dor, tanta dor", enquanto eu chorava de tal forma que achei que meu corpo iria se despedaçar.

E eu disse: "Toda a dor vem do medo, dos mal-entendidos, de temer e de ser temido." Eu sabia que o objetivo, como o Dr. Weiss tinha me perguntado, era aplacar a dor coletiva através da eliminação do medo, elevando dessa forma todos os seres vivos. Compreendo agora que ser uma unidade não é um propósito - nós já o somos - e que tudo o que fazemos individualmente, até mesmo o que parece insignificante, realmente afeta todos nós.

Nina Manny

MILAGRES ACONTECEM
AUTOR Brian Weiss e Amy E. Weiss
EDITORA Sextante

 

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2018/05/1745813-autor-publica-coletanea-com-relatos-de-23-anos-de-terapia-de-vidas-passadas.shtml

 

 

 

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