04/06/2015
Trabalho de médiuns traz conforto para quem
não tem mais esperança
As equipes do Profissão Repórter encontraram
histórias de dor e saudade.
Cartas psicografadas e cirurgias espirituais levam conforto a quem sofre.
As equipes do Profissão Repórter
encontraram histórias de dor e sofrimento. Em comum, pessoas
que compartilham uma esperança no trabalho espiritual dos médiuns.
Abadiânia – GO
De todos os lugares do mundo, e vestidos de branco, centenas de pessoas
chegam semanalmente a Abadiânia, no interior de Goiás.
Quase todos desenganados pela medicina tradicional, em busca de uma
última ajuda. Quem promove tamanha esperança é
o médium João de Deus.
Toda pessoa que chega a casa onde atende o médium João
de Deus é atendida de graça e também recebe almoço
gratuito. Financiada por doações, principalmente estrangeiras,
e com a venda de pedras e livros espíritas, a casa continua a
crescer.
O médium atende dentro de uma sala privada e, em certas ocasiões,
aparece em um palco para fazer intervenções visíveis.
Na frente dos visitantes, faz cortes com bisturi, tesoura cirúrgica
e até faca de cozinha.
Nas intervenções visíveis, não há
anestesia nem algum tipo de assepsia especial. Os cortes não
parecem profundos e são fechados pelo próprio João
de Deus. A maioria das intervenções é feita apenas
com o toque da mão.
Os pacientes operados permanecem internados na casa por três dias.
A equipe foi impedida de entrar no local onde essas pessoas são
mantidas, segundo os funcionários da casa, porque a energia no
local é tão forte, que poderia “queimar a câmera”.
Para gravar uma entrevista com João de Deus, toda a equipe precisou
usar branco. A conversa durou menos de três minutos e o médium
disse que não se lembra de nada dos atendimentos.
“Eu sou inconsciente. O que eu faço
é dormir”.
São Caetano – SP
O primeiro contato de Edson com o mentor, o espírito que ele
diz incorporar, foi no consultório de dentista.
“Enquanto eu atuava no paciente, eu vi a presença
dos médicos atuando também no meu paciente. Até
aí eu não conhecia, depois que eu vim saber que era
a equipe do doutor Hans”, explica o dentista.
Doutor Hans é a esperança de cura para
centenas de pessoas que visitam um centro espírita em São
Caetano do Sul, na Grande São Paulo. A sala onde é feita
a cirurgia espiritual é feita em uma sala iluminada em verde.
Segundo o médium, a luz verde facilita o processo de cura.
O médium não cobra pelas cirurgias espirituais. O centro
é mantido com doações e com a venda de lanches
feitos pela mãe dele. O pai ajuda no caixa.
“Alguém tinha que ajudar, tinha que
arregaçar as mangas e trabalhar”, conta Maria de Lurdes
Lorenzino, mãe de Edson.
Depois de atender cerca de 200 pessoas, o médium
volta a ser apenas Edson.
“Eu não sou médium inconsciente,
eu sou a maioria das vezes consciente ou semi-consciente. Tem hora
que eu sumo um pouquinho, volto”.
Outros médiuns brasileiros afirmam receber
a entidade do doutor Hans, mas não quiseram dar entrevista. Um
médium do Rio de Janeiro, que tem como mentor o doutor Hansen,
afirmou que os dois não são a mesma pessoa, mesmo sendo
bastante parecidos nos retratos da época.
Lorena – SP
Uma caravana parte do Rio de Janeiro para Lorena. A cidade fica entre
o Rio e São Paulo, em uma viagem de três horas. Dentro
do ônibus, todos buscam uma carta. Mensagens de familiares falecidos,
que chegam pelas mãos de um médium.
No centro espírita conhecemos o casal de médiuns Rogério
e Marli. Eles recebem aqueles que chegam. Todos preenchem uma ficha
com o próprio nome, o nome do parente de que buscam notícias,
o grau de parentesco e as datas de nascimento e morte.
“É como se a gente estivesse no meio de um oceano afundando
e essas cartas são pequenas boias que jogam pra gente, a gente
vai se segurando e vai conseguindo ir em frente”, conta José
Carlos Kind, pai da menina Juju, que morreu aos 10 anos.
Os médiuns se concentram em uma sala reservada para fazer a
triagem das fichas. Eles explicam que a seleção das fichas
é feita pelos benfeitores, espíritos que facilitam a comunicação
dos médiuns com os familiares das pessoas que estão ali.
“Os benfeitores estão aqui conosco, então eles
vão nos dizer aqueles que tem condições de estabelecer
uma sintonia ainda hoje”, explica Rogério.
Os médiuns começam a psicografar e escrevem durante
três horas sem parar. Só nossa equipe fica na sala com
eles. Duzentas pessoas esperam ansiosas por mensagens dos parentes que
já morreram, a maioria jovens.
A faculdade de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora tem
um núcleo de pesquisas de espiritualidade. Os cientistas estudaram
um conjunto de cartas psicografadas por Chico Xavier. O médium
psicografou milhares de livros e cartas durante mais de 70 anos.
“O objetivo fundamental dessa pesquisa foi identificar se as
informações que estavam nas cartas, primeiro, era precisas
e, segundo, se ele teria tido acesso, por via regular, a essas informações”,
explica Alexander Moreira-Almeida, psiquiatra.
“Elas deram, em 98% dos casos, exatas, precisas, verdadeiras”,
conclui Elisabete Freire, psicóloga.
Entre as cartas de Chico Xavier pesquisadas pelos cientistas estão
as de Beto. Ele era estudante de medicina e morreu num acidente de trem,
em 1972, aos 19 anos.
“O sofrimento era muito grande e continua sendo muito grande,
só que depois que eu falei com Chico Xavier, quando eu dei
a mão para o Chico Xavier, é como tivesse penetrado
em mim, no meu ser, alguma coisa de muito importante, muito interessante”,
conta Neri, pai de Beto.
A família recebeu 30 cartas psicografadas por Chico Xavier.
A primeira, com 72 páginas, já fala do acidente.
“É papel da ciência estudar os fenômenos
da natureza. Uma das áreas que nos interessa é porque
as experiências espirituais podem ajudar a entender. Porque
essas experiências espirituais estão ligadas com estados
alterados de consciência, a mente está funcionando de
modo alterado, então uma das propostas é justamente
tentar investigar se há evidências de que a consciência
poderia, de alguma forma, estar funcionando fora dos modos atuais
que nós conhecemos”, afirma o psiquiatra.
Fonte:
vejam vídeos no Link abaixo:
http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2015/04/trabalho-de-mediuns-traz-conforto-para-quem-nao-tem-mais-esperanca.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=prep
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