21/04/2015
Interessante reportagem publicada no site da Editora Vinha de Luz por
Geraldo Lemos Neto traz manifestação
de Santo Agostinho em 3 de outubro de 1919 na sede da FEB, informando
sobre a reencarnação da Allan Kardec
___________________________

Allan Kardec e Amélie-Gabrielle Boudet
Vinte anos após a sua desencarnação em Paris, Allan
Kardec se manifestou na sede da Federação Espírita
Brasileira no Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo
espírito de Humberto de Campos no livro Brasil, coração
do mundo, pátria do Evangelho, da psicografia de Francisco Cândido
Xavier, que no seu capítulo XXVIII comenta sobre os primórdios
da Federação Espírita Brasileira, e referindo-se
a Ismael diz que esse espírito, “(...)
nos primeiros dias de 1889, preparara o ambiente necessário para
que todos os companheiros do Rio ouvissem a palavra póstuma de
Allan Kardec, que, através do médium Frederico Jr., forneceu
as suas instruções aos espiritistas da capital brasileira
exortando-os ao estudo, à caridade e à unificação”.
Alguns anos mais à frente, encontramos na revista Reformador
de outubro de 1903 a curiosa mensagem espiritual a seguir, mostrando-nos
a devoção sincera do codificador ao Cristo e à
Maria Santíssima, recomendando aos espíritas brasileiros
a fazer o mesmo:
“Seção comemorativa
do 99º aniversário da encarnação de Allan
Kardec, em 04.10.1903. Ao seu final, um espírito, que se assinou
[sic] Allan Kardec, respondeu, por psicografia de Frederico Júnior,
às homenagens que tinham acabado de prestar-lhe:”
“- Senhor! Eu não sou digno de
tudo o que se passa em volta de mim; no entretanto, se é essa
a Vossa vontade, seja uma esmola de Vosso amor para Vossos filhos.
Meus irmãos! Eu apanho, jubiloso, as flores dos vossos sentimentos
amorosos e as levo para as colocar aos pés de Jesus, o verdadeiro
Mestre. Eu apanho o perfume dessas flores e o levo aos pés
da Virgem, de cujo seio, em jorros, desce a luz das mães amorosas,
buscando a alma dos presentes para inspirar, em cada uma, esses sentimentos
que elevam.
Há festas na Terra e no céu; e essas festas no céu
e na Terra deviam ser somente consagradas a Jesus, porque se não
fora o seu sacrifício, se não houvesse a prova do cálice,
o ultraje e as afrontas, se não fora o Cordeiro imaculado,
Allan Kardec não teria a fonte sublime do Evangelho para se
inspirar, para crer e para reformar o espírito.
Irmãos! Não quero fatigar o instrumento que me serve;
já ouvistes bastante para conforto de vossos corações,
feridos pela dor. Se me fosse concedido imitar Jesus em uma só
palavra, eu vos diria: amai-vos uns aos outros e tereis festejado
o meu natalício. A paz do Senhor seja convosco, Allan Kardec”.
O conhecimento da reencarnação
de Allan Kardec no início do século XX parecia ser voz
corrente junto aos espíritas brasileiros e especialmente entre
os integrantes da FEB. Se não, vejamos o que escreve os editores
da revista Reformador de 31 de março de 1908, em artigo
intitulado “O enviado de Jesus”, comentando sobre esse fato:
“(...) porque já em vida fora anunciada
a Allan Kardec (vide Obras Póstumas) uma nova reencarnação,
que ele próprio calculou para fins do século passado ou
começo do presente, a fim de vir concluir a tarefa que não
poderia ser naquela encarnação. Ter-se-á realizado
já esse fato? Terá de novo aquele nobre e abnegado espírito
renunciado à vida espiritual, feliz e luminosa, para voltar e
sepultar-se nas trevas de um corpo humano, e estará aí
ensaiando os seus primeiros movimentos, e preparando lentamente as asas
para um novo surto, no seio da humanidade, dentro de alguns anos? Uma
circunstância, que nos não tem escapado, o parece indicar:
e é que, em todos os círculos espíritas bem orientados,
isto é, naqueles em que se exerce uma vigilância e análise
severa em todos os ditados espíritas e não se aceitam,
de ingênua fé, todas as comunicações, nota-se,
desde alguns anos, uma ausência completa do nome de Allan Kardec
nas manifestações. Nem mesmo nos dias solenes consagrados
à sua memória, como o 3 de outubro e o 31 de março,
tem sido assinalada a sua presença (...)”.
De fato, Allan Kardec já a este tempo deveria estar se preparando
na Espiritualidade Maior para voltar à carne, no período
imediato que antecedeu à sua reencarnação, já
que o Reformador, em 3 de outubro de 1908, retoma o assunto com breve
comentário, ressaltando que alguns espíritas teriam recebido
a indicação de que Kardec já teria reencarnado.(1)
Até que no Reformador de 15 de março de 1910,
no transcurso do 41º aniversário de desencarnação
de Allan Kardec, os editores dedicam ao codificador as seguintes palavras:
“(...) De alguns anos, contudo, para cá,
essa voz amiga e experiente cerrou de se fazer ouvir, e algumas comunicações
esparsas que têm aparecido, firmadas com o seu nome, denunciam,
tanto no estilo quanto nos conceitos, a suspeição da sua
origem..” (...) “Tudo assim parece fazer crer que Allan
Kardec já voltou à carne (...)”.
Finalmente, a família espírita brasileira recebeu a tão
esperada confirmação! Eis o relato que encontramos na
revista Reformador de 16 de outubro de 1919, e que passamos
a retratar.
A noite de 3 de outubro de 1919 revestiu-se de profundo significado
para a vida espírita brasileira. Uma reunião comemorativa
do aniversário do codificador Allan Kardec realizou-se entre
as 20 e as 22 horas na sede da Federação Espírita
Brasileira na então capital federal Rio de Janeiro. Segundo relato
constante das explicações do editor da revista Reformador,
o salão estava repleto de famílias espíritas, reunidas
para homenagear o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Tomando lugar à mesa, diversos integrantes da diretoria da Casa
de Ismael usaram da palavra, enquanto o médium Albino Teixeira
psicografava, de forma célere e mecânica, uma comunicação
espiritual assinada pelo antigo pensador da “Cidade de Deus”
e Bispo de Hipona Agostinho, vulgarmente conhecido como Santo Agostinho.

Albino Teixeira Costa
Agostinho inicia a sua homenagem dizendo: “Presentes
se acham à vossa reunião todos aquelles que assistiram
Allan Kardec durante o desempenho da grande missão por elle levada
a bom termo, quando na Terra exilado”. A mensagem é
iniciada, portanto, com a revelação espiritual de que
a falange do Espírito da Verdade que assistira Allan Kardec em
França no século XIX ali se achava presente em sua totalidade.
Em determinado ponto da mensagem, contudo, Agostinho esclarece: “Não
podendo Allan Kardec vir pessoalmente agradecer a homenagem que lhe
prestaes, eu, delegado por aquelles que o assistiram, declaro-vos que
gentil e carinhosamente acolhemos os effluvios do preito de vossa gratidão
e a seu tempo o transmitiremos ao nosso e vosso irmão, que, em
obediência a novas instrucções, entre vós
de novo se encontra para dar maior amplitude à doutrina salvadora
da humanidade. Lembrae-vos de que vosso mestre não palmilhou
um caminho de rosas, mas cheios de urzes e espinhos, pois foi insultado,
achincalhado, calumniado, sem que, apezar de tudo, o seu intento um
só momento esmorecesse, porque sabia que trabalhava na causa
santa do Senhor”.
É de se espantar a clareza com que a referida mensagem revela
a nova tarefa do codificador Allan Kardec novamente reencarnado na Terra,
“em obediência a novas instrucções”.
Explicita ainda, claramente, o objetivo da nova reencarnação
do codificador, que, no dizer de Santo Agostinho, “entre
vós de novo se encontra para dar maior amplitude à doutrina
salvadora da humanidade”.

Agostinho, bispo de Hipona
Analisemos o assunto. Na parte terrestre do conclave, na então
capital federal do Brasil, Rio de Janeiro, na sede da Federação
Espírita Brasileira, a Casa de Ismael, estavam reunidos, além
dos dirigentes e médiuns, a família espírita brasileira,
em peso, representada no relato do articulista, ocupando todas as cadeiras,
corredores e alas que davam acesso ao recinto da reunião comemorativa.
Do plano da vida espiritual, Santo Agostinho revela também a
presença maciça de todos aqueles espíritos que
haviam assistido Allan Kardec durante o desempenho de sua última
missão levada a bom termo na França das luzes do século
XIX. Diante dessa seleta assembleia, o espírito declara, em bom
português, que o espírito de Allan Kardec não poderia
vir pessoalmente receber a homenagem que estavam lhe prestando, enunciando,
a seguir, a razão desse impedimento: Allan Kardec já se
encontrava de novo entre os encarnados e, mais especialmente, entre
os encarnados no Brasil: “(...) entre vós
de novo se encontra para dar maior amplitude à doutrina salvadora
da humanidade”.
A segunda parte de sua missão, revelada pelo próprio codificador
sob o título de “Minha volta” no livro Obras
póstumas, segundo revelações espirituais do
Espírito da Verdade e do espírito familiar de Zéfiro,
estava já se cumprindo com o objetivo previamente definido de
“dar maior amplitude à doutrina salvadora
da humanidade”.
Ora, vejamos bem: quem, dentre os grandes expoentes do Espiritismo,
haveria de realizar a profecia de dar maior amplitude à doutrina
salvadora da humanidade terrestre durante o século XX e que já
estava de volta à carne em outubro de 1919? Quem haveria de ser
esse espírito de escol senão a personalidade inconfundível
de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, nascido em 2 de abril
de 1910, e cuja obra hoje alcança quase 490 livros publicados,
cujos exemplos iluminaram toda a família espírita brasileira
durante os seus 92 anos de vida física, 75 dos quais dedicados
à mediunidade com Jesus, esclarecendo, na prática espírita
da mediunidade-luz, e consolando os corações aflitos e
sobrecarregados no Espiritismo praticado pelo amor puro e genuíno
de sua humildade comovedora e de sua caridade cristã?
Santo Agostinho, ao afirmar a impossibilidade da presença espiritual
do codificador, diz que “os effluvios do
preito de vossa gratidão a seu tempo o transmitiremos ao nosso
e vosso irmão”. Está mais do
que claro a referência às duas personalidades distintas
no tempo e no espaço, mas que se consubstanciam no mesmo espírito
missionário de escol, o nosso irmão Allan
Kardec, irmão da falange do Espírito da
Verdade que o assistiu em França para codificar o Espiritismo,
e o vosso irmão Chico Xavier, reencarnado
no Brasil para o desempenho da nova tarefa de continuidade e desdobramento
do Consolador em obediência às novas instruções
do Senhor Jesus.

Santo Agostinho
O antigo Bispo de Hipona ainda sugere a difícil estrada a ser
novamente palmilhada pelo apóstolo da renovação
humana: “Lembrae-vos de que vosso mestre
não palmilhou um caminho de rosas, mas cheios de urzes e espinhos,
pois foi insultado, achincalhado, calumniado, sem que, apezar de tudo,
o seu intento um só momento esmorecesse, porque sabia que trabalhava
na causa santa do Senhor”. Qualquer semelhança com
o tipo de vida e testemunhos de Chico Xavier não é, pois,
mera coincidência! Urzes, espinhos, insultos, achincalhes, calúnias,
tudo isso fez parte da vida e dos testemunhos de Chico Xavier, que respondeu
a tudo com silêncio e prece, oração e trabalho perseverante
no bem maior até o fim de seus dias terrenos, em 30 de junho
de 2002, para que a obra dos espíritos seguisse em frente, apontando
o caminho da renovação humana.
Ao encerrar sua alocução profética, Santo Agostinho
escreve, através do médium Albino Teixeira: “A
paz do Senhor, meus filhinhos, fique comvosco, e permitta Elle que dia
a dia, hora a hora, minuto a minuto, a vossa cogitação
seja a vossa reforma moral, para que, condignamente, possaes receber
o mestre e amigo ao iniciar sua próxima tarefa”.
Está posta aí uma clara exortação aos espíritas
do Brasil para que se esforçassem ao máximo na reforma
íntima preconizada pelo Evangelho redivivo, a fim de que, “condignamente,
possaes receber o mestre e amigo ao iniciar sua próxima tarefa”.
Estava próximo o início da nova tarefa do codificador,
desta feita em terras do coração do mundo e da pátria
do Evangelho redivivo. De fato, no ano seguinte, na sede da mesma Federação
Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro, em reunião mediúnica
do Grupo de Ismael, o mesmo médium Albino Teixeira vai receber
outra mensagem espiritual, desta feita do próprio espírito-guia
do Brasil, Ismael, que, então, vai lhe ditar: “A
árvore do Evangelho, semeada há dois mil anos na Palestina,
eu a transplantei para o rincão de Santa Cruz, onde o meu olhar
se fixa, nutrindo o meu espírito a esperança de que breve
florescerá, estendendo a sua fronde por toda parte e dando frutos
sazonados de amor e perdão”.
Essa mensagem foi publicada na revista Reformador de abril
de 1920. Ora, bem que podemos entender esse “rincão
de Santa Cruz” como a pequenina cidade de Pedro Leopoldo,
no coração das Minas Gerais, no centro do Brasil, como
o ponto de onde a árvore do Evangelho redivivo iria germinar
e crescer, florescendo e dando frutos pelo cêntuplo, estendendo
a sua fronde por toda a parte do Brasil e do exterior, dando frutos
sazonados de amor e perdão! De fato, daí a sete anos apenas,
em 7 de maio de 1927, o jovenzinho Chico presenciou a sua primeira reunião
espírita de enfermagem espiritual de sua irmã Maria da
Conceição, com o auxílio do casal de Belo Horizonte
Carmem e Hermínio Perácio, que colocou em suas mãos,
pela primeira vez nesta vida, a obra de Allan Kardec.

Chico Xavier na juventude
Ao retornar a Belo Horizonte, o casal é chamado pelo médium
Paschoal Comanducci, que lhe diz: "A principal
missão de vocês agora é ajudar Chico Xavier. Ele
possui recursos mediúnicos múltiplos. Está cercado
de falanges tão poderosas como as que assistiam Jesus. Esse menino
assombrará o mundo. Escreverá mediunicamente centenas
de livros e será intransigente defensor e divulgador do Espiritismo,
codificado por Allan Kardec. Viverá muito. Desencarnado, não
terá substitutos. Da mesma forma que Jesus, Chico é único
no planeta. Só ele, em encarnação posterior, poderá
retomar o leme e dar continuidade à obra específica que
lhe foi confiada pelo Altíssimo. Poderá ter, em princípio,
sucessores. Substitutos, reafirmo, jamais." (2)
Obedecendo a instruções de Mais Alto, o casal Perácio
se desfaz de tudo que tinha em Belo Horizonte para fixar residência
em Pedro Leopoldo e auxiliar o jovem médium Chico Xavier. Decidem,
juntos, fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo,
no qual, na primeira reunião, em 8 de julho de 1927, D. Carmem
Perácio enxerga, pela vidência, uma chuva de livros sobre
a cabeça de Chico, oferecendo a ele um lápis e folhas
de papel, por meio dos quais Chico Xavier receberia a sua primeira mensagem
psicografada – a primeira de um trabalho hercúleo que se
estenderia por 75 anos ininterruptos de dedicação e renúncia
extremas em favor do Espiritismo cristão. (3)

Carmem e José Hermínio Perácio
Pouco tempo depois, em 31 de outubro de 1928, Chico Xavier vai receber
uma comunicação mediúnica, de uma página
somente, em sessão de estudos doutrinários e, curiosamente,
ele a esconde e não a revela aos companheiros de jornada espírita-cristã.
Encontramo-la no original em seu arquivo pessoal, gentilmente cedido
pela família Xavier, de Pedro Leopoldo, um ano antes de seu centenário
de nascimento, em 2010, mensagem essa que fizemos constar do prefácio
da obra Chico Xavier - O primeiro livro”, edição
da Vinha de Luz Editora da Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo. O
espírito comunicante é simplesmente João (será
o Batista, precursor de Jesus?), que escreve com entusiasmo reveladoras
e proféticas frases, que, por humildade, Chico não tornou
públicas durante sua vida terrena. Diz a mensagem, para não
nos deixar dúvidas:
“Que
as bênçãos puríssimas e sacrossantas da
Virgem baixem sobre vós, inundando-vos de luz!” (...)
“Não foi em vão que Ismael, o grande missionário,
hasteou nas plagas brasileiras a sua bandeira com o lemma sagrado
Deus – Christo – Caridade! Se alguns pobres ignorantes
têm entravado a marcha da grandiosa doutrina, almas bem formadas
e que comprehendem os seus deveres escutaram-lhe a chamada que reboou
de serra em serra! A vós, que destes hoje um grande passo na
espinhosa estrada, eu felicito!” (...)
“Ide vós, que sois os batalhadores da luz! Avante os
pioneiros do progresso! Jamais encontrareis aqui um momento de paz,
porque a Terra não tem a água que sacia toda a sede;
mas se fordes firmes em vossos postos, quando partirdes vós
sereis saciados, porque guardaremos para vós a água
do Infinito! Lutar para vencer! – eis o distinctivo dos grandes
lutadores! Não enfraqueçais! É esta a verdadeira
doutrina do Mestre que se funda no conceito de Gamaliel – “Se
for verdade por si se elevará!” – E vós
então a vereis mais tarde cobrir com seus raios brilhantes
e protectores todas as nações confraternisadas!”
(...)
“Que sejais firmes e que uma nova era de concórdia e
paz nasça para vós é o que vos deseja o humilde
servo, João”.
Em 1938, o espírito de Humberto de Campos vai revelar, pela psicografia
de Chico Xavier, o plano original de Nosso Mestre Jesus sobre o Brasil
desde os seus primórdios como nação, entregue pelo
Senhor à direção espiritual do espírito
de Ismael, mostrando-nos sua destinação em relação
ao futuro regenerado da Terra. O livro é o Brasil, coração
do mundo, pátria do Evangelho, editado pela Federação
Espírita Brasileira, naquele mesmo ano.
Durante seu apostolado mediúnico, Chico Xavier receberia, pela
psicografia, aproximadamente 100 mensagens do espírito já
liberto do antigo médium Albino Teixeira, desencarnado no dia
30 de junho de 1923, distribuídas em cerca de 18 livros de autoria
espiritual diversa, cumprindo-se, assim, a profecia anunciada em 1919
por Santo Agostinho. Curiosamente, o próprio Chico Xavier, que
em toda a sua vida e em toda a sua obra mediúnica dava tanta
relevância às datas especiais de nossa abençoada
doutrina de amor e luz, parece ter escolhido para o dia de sua desencarnação
o mesmo 30 de junho, só que 79 anos após o retorno de
Albino Teixeira, em 1923. Não seria esse fato uma pista de sua
homenagem ao médium de Santo Agostinho e Ismael?
O que eu sei é que até hoje ressoa em minha memória
a conversa particular que tive com o Chico em 19 de março de
1992 quando, após enviar-me o livro Kardec prossegue,
de autoria de nosso confrade e amigo Adelino da Silveira, com o seu
próprio autógrafo, e conversando com ele na intimidade
de sua casa em Uberaba sobre o livro, Chico me confirmou ser, de fato,
a reencarnação do codificador, dizendo-me, entre lágrimas
de profunda emoção: “É
uma coisa muito curiosa este fato, Geraldinho, porque desde quando eu
me entendo por gente, quando tinha 5 anos de idade, na minha meninice
em Pedro Leopoldo, eu guardo as páginas de O Evangelho Segundo
o Espiritismo integralmente na memória!”
Geraldo Lemos Neto
Na Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo, em 18 de abril de 2015
Notas:
1 Sabemos por informação
do próprio Chico Xavier que a primeira vez que ele reencarnou
em Pedro Leopoldo a gestação não foi adiante, tendo
sua mãe sofrido um aborto natural em 1908. Em seguida, no ano
de 1909, Chico finalmente toma o novo corpo que lhe serviria para os
próximos 92 anos, vindo a nascer em 2 de abril de 1910.
2 Trecho encontrado nas pesquisas do confrade José Jacyntho Alcântara
e incluído no livro de Divaldinho Mattos, Chico Xavier em Pedro
Leopoldo (Editora Didier, 2010).
3 Vide entrevista de Carmem Perácio por José Martins
Peralva Sobrinho na obra de nossa organização Chico Xavier
– Mandato de amor ( União Espírita Mineira, 1992).
Agradecimentos aos confrades Nuno Emanuel e Affonso
Chagas pela colaboração.
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Exemplar de Reformador de 16 de outubro
de 1919

Mensagem psicografada por Chico Xavier em
31 de outubro de 1928 e que consta da obra "Chico Xavier - O primeiro
livro", lançado pela Vinha de Luz Editora no ano de centenário
de nascimento do maior médium de todos os tempos , em 2010
........................................................................................................
Imagens:
Allan Kardec e Amélie Boudet in:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lie_Gabrielle_Boudet#/media/File:A._Kardec_et_A._Boudet.jpg
Albino Teixeira in:
https://luzdoredentor.wordpress.com/2012/10/18/albino-teixeira-biografia/
Agostinho de Caravaggio in: www.agustinosrecoletos.com
Santo Agostinho in: www.ricardocosta.com
Chico Xavier na juventude: acervo iconográfico da Casa de
Chico Xavier de Pedro Leopoldo
Carmem e José Hermínio Perácio: acervo iconográfico
da Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo
Fonte: http://www.vinhadeluz.com.br/site/noticia.php?id=2036
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