06/07/2012
por Graça Portela
FIOCRUZ
O suicídio é pecado? É covardia?
É fraqueza? É loucura? Pode ser tudo isso e mais outras
tantas coisas. Mas, no Brasil vem se tornando cada vez mais um problema
de saúde pública e é esse viés que é
abordado no livro “Trocando seis por meia dúzia
– Suicídio como emergência do Rio de Janeiro”,
que foi lançado na terça-feira, 3 de julho de 2012.
Organizado por Carlos Eduardo Estellita-Lins, coordenador
do Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio –
PesqueSui, do Instituto de Comunicação e Informação
Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz,
o livro é resultado de três anos de pesquisa realizada
nos pólos de emergência psiquiátrica do Rio de Janeiro.
Ele relata o atendimento aos pacientes que atentam contra a sua própria
vida nas emergências dos hospitais da cidade, enfocando também
as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde, desde
a recepção ao atendimento pelo psiquiatra, e a constatação
da inexistência de serviços preparados para atender a esta
demanda.
“Trocando seis por meia
dúzia: suicídio como emergência do Rio de Janeiro”
traz também dados da Organização Mundial de Saúde
e do Ministério da Saúde, que aponta que no Brasil,
entre 1998 e 2008, o número oficial de suicídios no país
pulou de 6.985 para 9.328 casos, um aumento de 33,5%, superior
ao crescimento da população (17,8%), ao número
de homicídios (19,5%) e o de óbitos por acidentes de transporte
(26,5%), todos no mesmo período.
Um dos pontos interessantes do livro, que tem apoio da Faperj, é
que ele apresenta não só depoimentos de profissionais
que trabalham na saúde e dos sobreviventes do suicídio,
mas também de camelôs que comercializam o “chumbinho”,
agrotóxico que não possui registro na Anvisa e é
vendido livremente, que é um dos venenos mais procurados por
quem quer se matar.
A pesquisa transforma em leitura agradável um tema delicado sem
banalizá-lo, mas mostrando que é possível repensar
a estratégia de divulgação de informação
em saúde mental, como um caminho para reduzir o estigma, levando
a reflexão e o debate sobre as políticas de saúde
mental adotadas no país.

Quem quiser assistir o documentário feito pelos
pesquisadores, pode acessar o vídeo “Suicídio no
Brasil” - http://vimeo.com/36487179
Fonte: http://www.fiocruz.br/icict/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2174&sid=18
Suicídio no Brasil
from Suicídio Brasil
on Vimeo.
Suícidio: Outros dados e referências
Destacamos o site "Suícidio: conhecer
para prevenir" - muito bom e com muitos dados
http://www.abelsidney.pro.br/prevenir/suicidio.html
CVV - Uma referência em Prevenção ao Suicídio
A história da prevenção do suicídio (e da
valorização da vida) no Brasil inclui necessariamente
o CVV (Centro de Valorização da Vida), cujos trabalhos
tiveram início em 1962, em São Paulo. Contando com 2500
voluntários, 48 postos distribuídos pelo país,
seus colaboradores voluntários atenciosamente colocam-se à
"disposição de todos os que sentem solidão,
angústia, desespero e desejam desabafar."
Yvonne do Amaral Pereira - "Memórias
de um suicida"
Na literatura espírita a principal publicação sobre
o tema é o livro "Memórias de um suicida"
-
Memórias de um suicida é um romance psicografado pela
médium espírita brasileira Yvonne do Amaral Pereira, cuja
autoria é atribuída ao espírito do romancista português
Camilo Castelo Branco.
Bibliografia
PEREIRA, Yvonne A. e BOTELHO, Camilo Candido (espírito). Memórias
de um Suicida. Editora FEB, 2004. 688p. ISBN 8573283726
SIDNEY, Abel. Lições de um Suicida: um estudo do clássico
Memórias de um Suicída. Campinas (SP): Editora Allan Kardec,
2005. 272p.
CRUZ, Carlos Luiz: Camilo Castelo Branco: Um Estudo de Fontes à
Luz do Espiritismo. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/camilo-castelo-branco.html
Na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3rias_de_um_Suicida
Do professor L. Formiga
UNIVERSIDADE E SUICÍDIO. Discutindo Arquitetura
e Prevenção.
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/UNIVERSIDADE_E_SUICIDIO_LCF.html