16/04/2012
O Professor Ademir Xavier indicou uma
entrevista dada pelo Dr. Nubor em 2009 sobre a Anencefalia
e um caso de criança anencéfala que continua viva
Entrevista: Nubor Orlando Facure – Neurocirurgião
e diretor do Instituto do Cérebro de Campinas.
Tema: Criança anencéfala continua viva
Um caso de anencefalia tem gerado indagações de profissionais
da saúde, estudiosos e da sociedade brasileira. Estamos falando
da bebê anencéfala (nascida apenas com o tronco cerebral,
sem encéfalo), dia 20 de novembro do ano passado, Marcela de
Jesus Ferreira – hoje com seis meses de vida, natural de Patrocínio
Paulista, cidade localizada na região de Ribeirão Preto,
Estado de São Paulo.
Segundo depoimento da pediatra da pequena Marcela, Márcia Beani
Barcellos, veiculada no Jornal `O Estado de São Paulo', de 20
de maio de 2007.
"Em teoria, uma criança anencéfala não
teria dor, fome, sentimento, frio, mas Marcela prova justamente o
contrário, pois ela tem frio, dor, sente a presença
da mãe, chora quando tem desconforto, emite sons e respira
um bom tempo sem o auxílio do aparelho de oxigênio. [...]
Ela pede colo, gosta de tomar banho."
A mãe do bebê, Cacilda Galante Ferreira, é católica
fervorosa, de família simples e muito esclarecida.
"Sofrer a gente sofre, mas ela não pertence a mim, mas
a Deus, e eu cuido dela aqui com muito amor [...].Enquanto isso, cada
segundo da vida dela é precioso pra mim, em nenhum momento
da gestação pensei no aborto".
Sendo este um assunto digno de melhor compreensão, `O Tagarela'
entrevistou o neurologista e espírita, Nubor Orlando
Facure, que aceitou esclarecer este distúrbio de anencefalia
no âmbito fisiológico e espiritual, para que possamos compreender
que este tipo de má-formação tem uma explicação
científica-espiritual e que o fato da pequena Marcela ainda estar
viva, nada tem de espetacular e nem de milagroso, mas sim – a
prova viva da magnitude do Criador. Boa leitura!
___________
1) A anencefalia pode ser considerada uma doença cármica?
Não gosto dessa expressão "doença cármica".
Da idéia de uma punição irremediável.
Usa-se muito o conceito de carma no meio espírita com um certo
exagero, nos fazendo supor que temos que passar por situações
impositivas em decorrência de comportamentos e erros que cometemos
no passado. No Espiritismo compreendemos as doenças como sendo
oportunidades de resgate, de redenção de nossas culpas
e principalmente de crescimento espiritual. Mais que uma punição,
as doenças trazem lições para o paciente e para
seus familiares. É importante aprendermos a lições
que o sofrimento nos oferece, não com a submissão inoperante
que nos sugere suportar sem reclamar, mas, com atitudes nobres que nos
permitam superar as adversidades.
Anencefalia como qualquer outra situação grave, não
precisa ser vista como sentença cármica. Doença
grave no corpo apressa correção no espírito.
2) Que tipos de imperfeições do espírito poderiam
levar o indivíduo a escolher reencarnar como um anencéfalo?
A literatura espírita confirma que nada ocorre por acaso. Não
sabemos quais são as causas profundas que justificam um situação
tão grave como a que ocorre na anencefalia. Podemos apenas conjecturar
que o dano cerebral deve ocorrer naquelas criaturas extremamente desajustada
psiquicamente e que agora buscam um novo corpo na tentativa de recomporem
sua anatomia perispiritual para se inserir de novo entre nós
com uma mente renovada.
3) Especialistas da medicina afirmam que uma criança
anencéfala, não pode ver; ouvir; sentir dor; frio; calor;
e até a comparam com um `vegetal'. Como explicar o caso da pequena
Marcela, que segundo sua mãe sente sua presença, gosta
de tomar banho, pede colo, tem frio, sente dor, chora quando está
em desconforto, emite sons e respira um tempo sem os aparelhos?
Como neurologista estou acostumado a ver fenômenos surpreendentes
na fisiologia do cérebro. Um deles é a sua plasticidade.
A perda de uma área anatômica não significa sempre
a perda da sua função. Existe a possibilidade de outra
área executar a função perdida. Ainda não
está definido o quanto de cérebro precisamos possuir para
expressarmos sentimentos e emoções.
4) Qual é o papel dos pais e da família nesses
casos de anencefalia? Haja vista, que no caso de Marcela, os pais têm
apresentado intensa preparação espiritual, já que
dispensam amor e carinho necessário ao bebê.
Mesmo sabendo da gravidade da anencefalia e da curtíssima duração
que costumam ter essas crianças, convém pensarmos no grande
gesto de amor e caridade que essa família e principalmente essa
mãe estão fazendo em favor do resgate espiritual que está
em curso nessa vida tão breve. No caso da Marcela, ela está
ocorrendo num momento extremamente importante para servir de alerta
aos nossos ilustres juizes que inadvertidamente tem aceitado uma falsa
argumentação médica autorizando aborto em caos
de anencefalia. Creio que agora eles tem uma demonstração
viva do erro que estariam cometendo .
5) De acordo com especialistas da saúde, a anencefalia afeta
mais meninas do que meninos. Isso é verdade? Espiritualmente,
qual a explicação para este fato?
Realmente, a anencefalia ocorre três vezes mais em meninas do
que em meninos. Desconheço as razões espirituais que justifiquem
essa desigualdade.
6) Qual a importância para a ciência acadêmica, o
reconhecimento da existência da mente fora da matéria?
Quando a Medicina aceitar que a mente transcende o cérebro estaremos
adotando um novo paradigma que terá implicações
extraordinárias para toda Ciência Médica. É
assim que vê o Espiritismo. A mente, é sinônimo de
Alma, de Espírito. Ela, portanto, é imortal, experimenta
múltiplas encarnações, está destinada a
evoluir incessantemente e usa o cérebro como instrumento de sua
expressão no mundo físico por onde circulamos.
7) Os espíritos afirmam que, há os natimortos que não
foram destinados a encarnação de um espírito, seria
licito a utilização nas pesquisas científicas dos
embriões descartados na inseminação artificial?
Trata-se de uma situação grave e polêmica. Experimentar
com a vida nessas circunstâncias é temerário e pode
agravar nossos compromissos espirituais.
8) As pesquisas com célula tronco poderão chegar
a regenerar parte do nosso cérebro?
A Ciência inúmeras vezes rompeu as fronteiras do impossível.
Mesmo considerando a complexidade dos neurônios e de suas redes
funcionais, tudo é possível. Nenhum de nós esta
autorizado a fazer previsões que não possam ser superadas.
Fonte:
http://nuborfacure.blogspot.com.br/2009/03/entrevista-nubor-orlando-facure.html
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