Anencefalia
- Joanna de Angelis discorre sobre o tema, e apresentamos um vídeo
de uma família cristã que não permitiu o aborto
da sua filha anencéfala
16/04/2012
Inicialmente vale reproduzirmos nota do Portal
da Federação Espírita Brasileira sobre a decisão
do Supremo Tribunal Federal que aprovou a liberação a
aborto para casos de fetos anencefálicos.
NOTA do Portal da FEB:
DECISÃO DO STF SOBRE ABORTO DE ANENCÉFALO
O Supremo Tribunal Federal, em sessão concluída
no dia 12 de abril de 2012, aprovou a liberação do aborto
para casos de fetos anencefálicos.
Uma comissão integrada por dirigentes da Federação
Espírita Brasileira, Associação Médico Espírita
do Brasil e Associação dos Juristas Espíritas do
Brasil, visitou o gabinete de todos os ministros do STF nos dias 9 e
10 de abril, levando um Memorial contendo argumentações
jurídicas, médicas e espíritas em defesa da vida,
e acompanhou a citada Sessão Plenária. Independentemente
da decisão do STF, informamos que prossegue o trabalho educativo,
no sentido de se valorizar a vida em todas suas etapas, e de esclarecimento
a respeito das leis que emanam do Criador e regem a nossa vida, procurando
contribuir com o aperfeiçoamento moral e espiritual da população.
Brasília, 13 de abril de 2012.
Federação Espírita Brasileira, Associação
Médico Espírita do Brasil e Associação Jurídico
Espírita do Brasil.
Mais informações no Portal da FEB: www.febnet.org.br
Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado
de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo,
é sempre efeito de uma programação transcendente,
que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e
Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências,
por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que
lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida
as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções
relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que
são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente,
o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica
ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação,
fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta
evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus
pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações
verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência
social e as imposições educacionais, criam condicionamentos
que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão
lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual,
da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções
compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista,
utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam
da convicção espiritual, que sempre define as condutas
saudáveis, por constituírem motivos de elevação,
defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando
não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos
tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança,
o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo
que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre
transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos
aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram
injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos
derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando
suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio,
o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares
de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico
e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados,
alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se
encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento
da jornada de evolução.
* * * * * *
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou
a extinção da vida, portando degenerescências físicas
e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são
totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro
primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo
neural que se vincula ao sistema nervoso central…
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após
o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é
crime hediondo em relação à vida. Têm vida
sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo
conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher,
mas de filhos, que não puderam concluir a formação
orgânica total, pois que são resultado da concepção,
da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável
pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é
vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do
Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele
Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável
processo de reparação do crime, de recuperação
da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto
do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade
caminha, a passos largos, para a legitimação de todas
as formas cruéis de abortamento.
... E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos
crimes que a cultura, a ética e a civilização já
deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram
as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando
o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos
de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos
preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política,
de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é
desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem
por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram
assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição,
não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que
ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências,
para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização
grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta
em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável,
e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro,
em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do
comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a
vida…
* * * * * *
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te
sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando
depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência,
perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra
natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás
também a eliminação legal do filhinho limitado,
poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã
de bênçãos e de felicidade.
Joanna de Ângelis
* Página psicografada pelo médium
Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite
de 11 de abril de 2011, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.