13/03/2012
Cláudio Miranda Marins é
natural de Umuarama (PR), mas reside em Belo Horizonte desde 1987. Engenheiro
eletricista, empresário da área de projetos de áudio,
vídeo e automação residencial. Instrumentista,
compositor e cantor na tarefa com músicas para Evangelização
Infantil, colaborou com o Departamento de Infância e Juventude
da União Espírita Mineira de 1997 a 2008. Dirigiu o Departamento
de Comunicação Social Espírita da UEM entre 2008
e 2011, quando se desligou da função em virtude de sua
eleição para a presidência da Abrarte, cargo que
exercerá até junho de 2013. É associado da Abrarte
desde maio de 2008.

1 - Como você começou seu trabalho
com Arte Espírita?
Foi há 20 anos, tocando músicas espíritas nas
salas de aula dos diversos ciclos da evangelização infantil,
dentro da União Espírita Mineira. O tema das aulas era
único para todos os ciclos. Eu selecionava uma música
espírita, cuja temática fosse a mesma da aula, e passava
de sala em sala, com meu violão, cantando, tocando e ensinando
as músicas para os evangelizandos e evangelizadores. Eu tinha
5 minutos por sala. Era uma forma de reforçar o tema estudado,
através da arte. Paralelamente a isso, eu e um grupo de amigos
ficamos pesquisando e estudando sobre arte espírita durante um
ano. Após este período de preparação, passei
a integrar a equipe de qualificação do Departamento de
Evangelização Infanto-Juvenil (DIJ) da União Espírita
Mineira. Viajávamos quase todo final de semana, pelo estado de
Minas Gerais, promovendo, junto aos trabalhadores dos centros espíritas,
palestras, oficinas e seminários sobre arte espírita com
foco na educação do ser. Além de levar o esclarecimento,
aproveitávamos para ensinar músicas espíritas aos
participantes e trazer conosco composições dos mesmos.
Recebemos material farto. Posteriormente fizemos uma triagem deste material
e passamos a divulgar estas músicas que havíamos selecionado,
aumentando desta forma o repertório.
2 - Como você definiria a Arte Espírita?
É a arte que tem por finalidade contribuir para a melhoria espiritual
do homem e o aperfeiçoamento da humanidade! Ressaltamos que é
o mesmo objetivo do Espiritismo. Uma arte que se diz espírita
e que não tenha este propósito não é verdadeiramente
uma arte espírita.
3 - A Arte Espírita pode contribuir para uma transformação
da sociedade?
Com certeza! A arte tem a capacidade de indução de sentimentos.
A Arte Espírita tem um compromisso com as coisas nobres, belas
e boas da vida! Ao ser apresentada para a sociedade, ela "imanta"
em seus espectadores sentimentos elevados que irão auxiliar na
construção do homem de bem e, por conseqüência,
na conquista de uma sociedade mais justa e feliz!
4 - Quais serão as prioridades da Abrarte, na sua gestão?
A atual diretoria da ABRARTE já possui um plano de trabalho
contendo 12 itens. Considero como prioritárias, devido ao alto
impacto qualitativo e maior abrangência de benefícios que
poderá provocar quando implantadas, três ações
específicas. Primeiro, estabelecer o diagnóstico das reais
necessidades e anseios dos artistas espíritas. Segundo, a validação
da arte espírita junto ao movimento espírita, para que
ela e o artista espírita possam ser devidamente valorizados e
compreendidos. Isto está sendo realizado através da participação
intensiva da Abrarte junto aos órgãos federativos do movimento
espírita brasileiro. E terceiro, a disponibilização
de material de qualificação sobre arte espírita.
Já estamos trabalhando e em breve pretendemos lançar manuais
e guias com o propósito de sensibilizar, esclarecer e orientar
sobre a importância da arte espírita, os cuidados que o
artista espírita deverá ter ao lidar com a arte espírita
e como viabilizar grupos de arte espírita no centro espírita.
Enxergamos como publico alvo deste processo os dirigentes e trabalhadores
dos centros espíritas, os artistas espíritas e os dirigentes
de federativas espíritas.
5 - Poderia falar sobre a importância da integração
dos artistas espíritas em torno dos ideais da Abrarte?
Os ideais da Abrarte são os ideais de seus associados. A Abrarte
é a reunião de um grupo de artistas espíritas (atualmente
157 associados) que têm ideais em comum. Estes ideais, quando
trabalhados de forma integrada e estruturada, ganham força na
realização e concretização de projetos.
O grande papel da Abrarte é reunir elementos dispersos, concatená-los
e auxiliá-los a estruturar o plano de ação que
concretizará seus ideais. Quanto mais artistas espíritas
estiverem integrados, afinados entre si e convivendo de forma harmoniosa,
mais forte será este "feixe de varas".
6 - Uma mensagem aos artistas espíritas brasileiros.
Como estou em Minas Gerais, terra de Chico Xavier, a resposta a esta
pergunta que me veio mente foi: “Disciplina, disciplina... e disciplina!”
O belo e o bom que queremos promover com a arte espírita irá
nos requerer estudo da Doutrina, estudo e prática do Evangelho
de Jesus, estudo técnico da arte que nos propomos realizar e
muita sabedoria para perceber que nós, artistas espíritas,
é que estamos a serviço da arte espírita e não
ela a nosso serviço. Lembrando que é necessário
que Jesus sempre resplandeça mais do que nós! Desejo a
todos os artistas espíritas fidelidade e sucesso na bela e grandiosa
missão de expressar as Verdades Espirituais, através do
meio mais belo que temos para sensibilizar o Espírito: a ARTE!
Muito obrigado.
Fonte: Informativo virtual da Abrarte
/ Site: www.abrarte.org.br / Portal Arte Espírita: www.arteespirita.com.br
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