08/05/2007
Ele levitava, aparecia
em dois lugares ao mesmo tempo e quase foi sepultado de saia; conheça
curiosidades da vida de frei Galvão
O ano era 1739. Na casa de esquina morava a família
do capitão-mor, o homem mais poderoso da Vila de Santo Antônio
de Guaratinguetá. Foi neste local que nasceu Antonio Galvão
de França. O primeiro santo nascido no Brasil, que mudou o nome
para Antonio Sant'anna Galvão, viveu lá até os
19 anos, quando saiu para se tornar o frei Galvão.
A casa da família virou atração
turística em Guaratinguetá, cidade do interior de São
Paulo. Nela estão guardadas relíquias do frade franciscano.
Além de móveis, objetos pessoais e as tradicionais pílulas,
tem terra do túmulo, um cordão e até fragmentos
dos ossos e do hábito do futuro santo.
Nas paredes da antiga casa, quadros retratam histórias
curiosas da vida de frei Galvão que, segundo a administradora
do museu, Tereza Maia, são verídicas, apesar de não
tão comuns assim. Ou será normal um homem levitar?
"Em algumas casas e fazendas onde ele se hospedou,
as crianças olhavam no buraco da fechadura e embaixo da porta
para ver o frei Galvão rezando e se elevando a cima do solo",
conta Maia.
Outro caso diz respeito a bilocação, termo
usado para designar o fenômeno de a pessoa estar em dois lugares
simultaneamente, por força sobrenatural.
Enquanto rezava uma missa em São Paulo, o frade
teria aparecido em Jaú, no interior do Estado, para dar a última
bênção a um amigo que estava morrendo.
"Esse é um dos muitos casos de bilocação
do frei Galvão, que tinha esse dom especial de estar em dois
lugares ao mesmo tempo, quando precisava atender a alguém em
desespero", conta a administradora.
Dona Tereza conta que outro fato curioso aconteceu em
frente à igreja matriz de Guaratinguetá, durante um sermão
de frei Galvão. O céu escureceu de repente, formando uma
tempestade.
"Ele percebeu que as pessoas estavam na dúvida,
ou ouviam o sermão, ou voltavam para a casa. Aí ele
falou: fiquem tranqüilos, vai realmente chover nesta vila, mas
vocês vão voltar sequinhos para a casa. E foi o que aconteceu,
choveu em Guaratinguetá inteira, menos no pátio da matriz",
diz Maia.
Os dons eram semelhantes aos de Santo Antonio, que viveu
na Europa no século 12. Por causa de histórias como essas,
o frade, de quase 1,9 metros de altura, ganhou fama de santo antes mesmo
de morrer, em 1822, aos 83 anos.
O velório foi no mosteiro da Luz, em São
Paulo, prédio construído pelo próprio frei Galvão.
"Quando ele faleceu, todo mundo já sabia
que ele era santo, e começou a retirar pedacinhos da batina
dele para guardar como relíquia. Quando as irmãs viram,
a batina já estava acima do joelho, e correram atrás
de uma outra batina, mas ele era muito alto, e a outra ficou um pouco
curta. E mais curta ainda quando o povo continuou cortando os pedacinhos",
afirmou a administradora.
A curiosidade em conhecer um pouco mais da vida de frei
Galvão fez aumentar o número de visitas à casa-museu.
No livro de presença, cidades do Brasil inteiro. Quem visita,
sai satisfeito com o novo santo brasileiro.
"Eu estou aqui para conhecer melhor a história
dele, e estou ficando devota", disse a dona-de-casa Maria das
Graças Torres Viana, de Belo Horizonte (MG).
"Nós já viemos umas três
ou quatro vezes e toda as vezes que viemos saímos bem agradecidos.
Nós precisamos, cada vez mais, fazer santos brasileiros",
disse o motorista Ibraim João Pereira, de São José
(SC).
Fonte: http://br.geocities.com/espiritismo_cientifico
>>>
clique aqui para ver a lista completa de notícias
>>>
clique aqui para voltar a página inicial do site
topo