26/03/2007
Entrevista retirada do Grupo de Estudos Avançados
Espírita
- Boletim GEAE - Ano 11 - Número 461 - 2003 - http://www.geae.inf.br
Elsa Rossi participa do "Grupo
Espírita de Brighton" no Reino Unido e é
responsável pelo "Departamento de Integração
para os países da Europa" da Coordenadoria Europa e também
dos boletins da coordenadoria e do Conselho Espírita Internacional.
GEAE - Gostaríamos inicialmente
de agradecer-lhe a gentileza em nos conceder esta entrevista e pedir
que nos falasse um pouco de sua história pessoal. Como foi seu
primeiro contato com o Espiritismo e quais os eventos que a levaram
a participar do movimento espírita europeu?
Elsa - Em 1968, a esposa do Dr. Napoleão
de Araújo, da Federação Espírita do Paraná
falou-me pela primeira vez da Doutrina Espírita. (Dona Elci,
desencarnou em janeiro deste ano 2003). Naquele tempo, era eu muito
católica. Conheci meu esposo, Luis, de família espírita.
Em 1971 casamos na igreja católica e ele concordou em batizar
nossos filhos. Ao nascer a minha terceira filha, hoje com 28 anos, desabrochou
em mim a mediunidade. Assustada, tive de aceitar ir a uma Casa Espírita.
Desde então, um mundo novo surgiu. A Doutrina Espírita
adentrou ao meu coração e fez eterna morada.
Quando meu esposo desencarnou em 1991, em Curitiba,
meu filho já cursava a faculdade. Fui convidada pelo então
Presidente da FEP, a assumir o Depto. De Assistência Espírita
da Federação Espírita do Paraná. No mesmo
ano, assumi o cargo de Presidente da Fundação Hildebrando
de Araújo, ligada a FEP, onde atuamos por 5 anos.Também
assumimos a vice-direção da Creche Josefina Rocha da FEP.
Éramos uma das coordenadoras do Grupo da Juventude Espírita
do Centro Espírita que freqüentávamos. Como rotariana,
fui diretora da Avenida de Serviços a Comunidade do Rotary Club
Curitiba. Nesta oportunidade, apoiada pelos companheiros, criamos a
Campanha do Desarmamento Infantil, onde conseguimos motivar a comunidade
colocando claramente nossos objetivos como espírita. Éramos
respeitada e tínhamos a colaboração e credibilidade
dos 3 poderes, para tal. O Objetivo era: conscientizar pais de não
darem armas de brinquedos, e também trocar armas de brinquedos
nas escolas, por livros, bolas e bonecas. Posteriormente, um vereador
rotariano conseguiu que o dia 21 de Novembro fosse O DIA DO DESARMAMENTO
INFANTIL, no calendário do Paraná.
Enquanto na FEP, aproveitávamos nossas viagens
de férias ao exterior para levar o Jornal Mundo Espírita
aos grupos nos países que visitávamos. Quando não
havia grupo espírita, deixávamos informação
espírita em grupos espiritualistas ou de parapsicologia, como
aconteceu em abril de 1992 em Istambul na Turquia. Outra coisa que fazíamos
e ainda fazemos, é esquecer O Livro dos Espíritos e o
Evangelho Segundo o Espiritismo, em inglês, nos aeroportos, estações
de trens.
A Doutrina Espírita despertou em mim a preciosidade
do tempo. No final de 1992 viemos novamente a Europa, para o Congresso
Mudial Espírita realizado em Madrid. Trouxemos 200 exemplares
do Jornal da FEP-Mundo Espírita distribuindo-os gratuitamente.
Na ocasião fizemos a primeira entrevista com Nestor Masotti e
Rafael Gonzalez Molina. Neste evento conhecemos muitos amigos de outros
países. Posteriormente continuamos nossos contactos. Lembro-me
do Santiago Gene Mateu de Reus na Espanha; da família Bergman
da Suecia; da Janet Duncan, que eu já conheca do Brasil, Juan
Durante da Argentina, Roger Perez da França, o Domenico Romagnolo
da Itália, amigos da Guatemala, da Colombia, entre outros tantos.
Em 1997, por 2 meses fiquei na Inglaterra para estudar
inglês. Freqüentava o Allan Kardec Study Group. Daí
para o envolvimento com os amigos que eu já conhecia e participar
do Movimento Europeu, foi rápido. Hoje estou colaborando como
responsável pelo departamento de Integração para
os Países de Europa, o Boletim Trimestral Europeu e o Boletim
Informativo do CEI geral. Em 1998 transferi-me para Inglaterra, pouco
depois minha filha veio também.
GEAE - Qual é o papel do "CONSELHO
ESPIRITA INTERNACIONAL" no movimento espírita? Por favor,
nos fale de sua história e dos grupos que o compõe?
Elsa - O CEI é o organismo resultante
da união, em âmbito mundial, das Associações
Representativas dos Movimentos Espíritas Nacionais. Foi criado
em 1992, em Madrid. Hoje, passados apenas 10 anos, conta com 24 países
membros. Tem oferecido o apoio a todos os países, seja na forma
de visitas, seja na produção de material apostilado, em
inglês, francês, espanhol e português, como também
os folders CONHEÇA O ESPIRITISMO em 12 idiomas. O Secretário
Geral do CEI tem editado e impresso esse material, fornecendo gratuitamente
a todos os membros e outros que estão em vias de se filiar. O
crescimento do CEI resultou na estruturação de 4 Coordenadorias
de Apoio que hoje realizam muito bem o seu papel. Há uma maior
aproximação entre os países, resultado do trabalho
fraterno e constante do CEI, a nível mundial.
GEAE - Qual é o papel da "Coordenadoria
da Europa" dentro do CEI? Existem outras coordenadorias para outras
regiões geográficas?
Elsa – Em 1997 foram criadas
as duas Coordenadorias Américas e Europa. Em 1998 aconteceu a
primeira reunião de implantação da Coordenadoria
de Apoio aos Países da Europa e desde então, nosso estimado
Roger Perez é o Coordenador. Está estruturada em vários
departamentos que podem ser observados no web site www.isc-europe.org
e vem atendendo muito bem aos seus propósitos de apoiar e estimular
a unificação. Em fevereiro de 2002, durante a reunião
do Conselho Espírita Internacional realizado em Brasília,
foram implantadas as Coordenadorias da América do Norte, América
Central e América do Sul. Temos notícia de que Leon Denis
está coordenando do Mundo Espiritual, o Movimento Espírita
Europeu e Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, a nível mundial.
GEAE - Nos parece que o Reino Unido
deva ser um caso bem particular dentro do movimento espírita.
Não só o "Espiritualismo Moderno" contou, desde
seus primeiros dias no Império Britânico, com grandes médiuns
e divulgadores de renome como Sir Arthur Connan Doyle, como ainda tem
representatividade dentro de sua cultura. Como é o movimento
espírita no Reino Unido? E seu relacionamento com os grupos espiritualistas
que aí existem?
Elsa - No meu ponto de vista particular,
aqui em UK o movimento essencialmente espírita é bom.
A grande maioria dos espíritas somos brasileiros, espanhóis,
portugueses que aqui residimos. Alguns ingleses apenas. Quanto aos espiritualistas,
eles já tem a convicção deles. Eles vem por anos
e anos sendo espiritualistas, não precisam mudar. Nem contamos
com isso. Um ou outro espiritualista é que encontra na Doutrina
Espírita maiores esclarecimentos. O nosso trabalho não
é trazer os espiritualistas para os grupos espíritas.
Como você mesmo menciona na questão: o Espiritualismo Moderno
é anterior à Codificação. O Espiritualismo
tem duas correntes: Os que aceitam e os que não aceitam a Jesus
e a reencarnação. Nós espíritas, podemos
oferecer uma Doutrina de Amor e Luz a quem é solitário
dentro da multidão, que sofrem por não ter fé,
não ter uma crença em Deus, e outros que desejem explicações
filosóficas do “existir”. Nossos grupos estão
abertos a todos os que desejem conhecer a Doutrina Espírita.
A preocupação não é tornar os outros “espíritas”
mas oferecer a mensagem de Jesus: “Fazer a outrem o que queremos
que nos façam”, procurar exemplificar a “Caridade,
amor em ação”, reforma íntima, etc.... com
isso, os que desejarem continuar freqüentando os grupos, estudando
a D.E., bom para eles.
GEAE - Uma questão que naturalmente
surge é qual a influência do movimento espírita
brasileiro no atual cenário do Espiritismo no mundo. Comparando-se
o movimento espírita europeu do final do século XIX -
por exemplo o trabalho de divulgação empreendido por Leon
Denis na França ou o de Amália Domingo Soler na Espanha
- com o atual, há diferenças significativa de idéias
ou de posturas? Há bases para se dizer que o atual movimento
espírita é mais ou menos cientificou, mais ou menos filosófico,
mais ou menos religioso e que isso se deva a influência brasileira?
Elsa - Cada povo tem sua idiossincrasia.
Respeita-se tudo e todos. No Brasil temos maior facilidade de absorver
o lado religioso, seja da Doutrina Espírita ou outra religião.
Na Europa, observa-se que a palavra religião ainda causa um distanciamento.
Em nome da religião aconteceram séculos de barbarismos.
A marca da inquisição ainda está presente na psicosfera
de muitos países europeus, mas nem mesmo eles sabem disso. A
prova é que muitos se dizem agnósticos, não acreditam
em Deus, muitos nos dizem claramente isso. Então, o lado científico,
filosófico e moral facilita a aproximação da religação
com Deus.
GEAE - Outra questão que se
apresenta naturalmente, talvez consequência da anterior, é
se há diferenças culturais significativas na percepção
do que significa ser "religioso”? Caso exista esta diferença,
como o CEI lida com ela?
Elsa – Nos baseamos no discurso
de Allan Kardec, feito no dia 1º de Novembro de 1868, na abertura
da Sociedade de Paris.Esclarecemos a quem está interessado em
saber, que a religião espírita não tem a mesma
definição tal como a palavra religião é
conhecida. Explicamos que a religião na Doutrina Espírita
não traz os formalismos das igrejas, não tem ritualismos.
Que a Doutrina Espírita nos convida a uma reflexão para
a melhoria em nosso comportamento, mas ela, a Doutrina Espírita
nada impõe. Explico que a palavra religião para nós
espíritas é a simplicidade de entender que Deus está
em nossa consciência e em nosso coração. E Ele é
Amor. E pelo Amor, a Ele nós nos ligamos, ou religamos.
GEAE - Quais são os canais de
comunicação utilizados pelo CEI na divulgação
da mensagem espírita?
Elsa – Divulgamos em Boletins
do CEI que realizam-se as quartas feiras reuniões pelo TIVEJO
e pelo MSM. No Tivejo, Sala Espiritismo. Brevemente estará disponibilizado
o novo web site, cujo layout está sob a responsabilidade de Luis
Hu. http://www.spiritist.org
A internet hoje é um canal muito bom para a
divulgação das atividades e informações
formativas espíritas. Disponibilizam-se livros espíritas,
mensagens em vários idiomas. Lentamente os países membros
e não membros do CEI vão se estruturando para poder acessar
a internet. Sabemos que isso tem um custo, mas com paciência,
respeito e ajuda mútua, já podemos dizer que praticamente
todos os países se comunicam uns com os outros pela Internet.
Tirando a barreira da língua, o que acontece ainda é a
falta de um melhor conhecimento no uso deste veículo, prevenindo-se
contra os vírus. Vigiai e orai!
GEAE - Como estão os esforços
de tradução das obras espíritas nos vários
idiomas?
Elsa - O esforço é muito grande.
GEAE - Quais são as línguas
utilizadas pelo CEI?
Elsa - As oficiais: Inglês, Português,
Francês, Espanhol e Esperanto.
GEAE - E quanto ao Esperanto, como
é visto pelo CEI e pelos grupos que o compõe?
Elsa - Em todas as reuniões há o esforço
por parte do CEI para estimular os representantes dos países
que estudem o Esperanto. Nada se impõe. A liberdade de cada um
deve ser respeitada.
GEAE - Quanto a mediunidade, qual
é o papel que desempenha nos grupos espíritas ligados
ao CEI?
Elsa - Como em qualquer outro grupo
espírita em qualquer país. De um modo geral, os grupos
espíritas membros da instituição nacional nos países
estão bem estruturados, e vemos que a cada passo, mais grupos
estão se tornando membros, fortalecendo a união em toda
a parte. Isso alegra a todos nós, que nos consideramos uma grande
família espírita mundial.
GEAE - Há formação
de médiuns nestes grupos e como ela se dá?
Elsa - Cada grupo tem suas necessidades.
Se existem número representativo de pessoas que já são
espíritas, continuam o estudo do Evangelho, o Livro dos Espíritos,
já estudam o Livro dos Médiuns, então já
estão preparadas para realizar a reunião mediúnica,
se houver médiuns e doutrinador para essa tarefa de caridade.
Existem cursos preparatórios para a educação dos
médiuns, isso é de conhecimento de todos. Praticamente
todas as casas espíritas e grupos espíritas do exterior
também conhecem livros de estudo da Mediunidade. O COEM abriu
um campo muito bom nesta área de preparação dos
médiuns. Janet Duncan tem todo o COEM em inglês.
GEAE - Há grupos sem médiuns
e como eles se organizam?
Elsa - Como em qualquer outro grupo espírita em qualquer país.
Um grupo espírita em formação não tem necessariamente
de começar com um grupo mediúnico. Após um tempo
para estudos e vivências, harmonização das pessoas,
então os grupos que podem, se preparam para o estudo da mediunidade
e se tornam trabalhadores na área. É uma caridade que,
em se podendo fazer com respeito e cuidados, é sempre maravilhoso.
GEAE - O que deve fazer alguém
que procura um grupo espírita em um país diferente do
seu ou quando não existe um grupo no local em que se reside?
Elsa - Disponibilizamos no web site
http://www.isc-europe.org os endereços de praticamente todos
os grupos espíritas na Europa. Pedimos sempre que os países
que nos enviem as atualizações dos endereços. Informamos
o grupo espírita mais próximo. Ou então, como exemplo,
ajudamos a divulgar o endereço da pessoa como “EVANGELHO
NO LAR na Finlândia”, ou tal cidade. Com isso aparecerem
em pouco tempo, mais pessoas mesmo que residam em cidades diferentes,
mas que possam se reunir nem que seja uma vez por mês para estudar
a Doutrina Espírita. Não se pode comparar com o Brasil.
GEAE - Érecomendável
a criação de grupos familiares?
Elsa - Sim. Sempre começamos
por um grupo familiar. Iniciamos o Evangelho no Lar, com familiares
e amigos e quando já está mais estruturado, inicia-se
o Grupo Espírita. E assim vão aparecendo mais pessoas
e o grupo se fortalece, nomina-se o Grupo e cria-se o estatuto de acordo
com a lei do país e pronto.
GEAE - E quanto a realização de sessões
publicas, que cuidados que devem ser observados?
Elsa - Os mesmos cuidados aplicados
a qualquer grupo que se dispõe a abrir as portas ao público.
Seja no Brasil ou outro lugar. A única observação
que fazemos, é que é muito importante oferecermos os trabalhos
na língua do país onde estamos trabalhando a divulgação
da D. E., dentro das normas legais do país.
GEAE - Quais as recomendações relativas
ao problema do idioma e das barreiras culturais?
Elsa - Se estamos no país que
nos acolhe e onde estamos plantados, nele devemos florescer. É
nossa obrigação aprendermos essa língua e divulgarmos
a Doutrina Espírita a quem deseja, na sua língua nativa.
Para poder me comunicar com alguns países que não falam
o português, o inglês ou o espanhol, continuo aprendendo
o Esperanto.
GEAE - Quais são os melhores caminhos para divulgar
a Doutrina Espírita em uma localidade que ainda não a
conheça?
Elsa - Aproveitando a oportunidade
quando em conversa com amigos, no trabalho, na escola, etc... Em sendo
possível, realizar palestras públicas, com uma boa divulgação
prévia. Se forem palestrantes como nosso querido Divaldo Franco
que há muitos anos vem divulgando a Doutrina Espírita
no exterior, aqui em UK as palestras são sempre traduzidas ao
inglês. Uma boa divulgação atrai o público
interessado.
GEAE - Há grupos espiritualistas afins que possam
contribuir neste esforço?
Elsa - Os espiritualistas, pelo menos aqui em Brighton,
comparecem às palestras espíritas públicas, quando
elas acontecem. Normalmente realizamos uma por ano, por enquanto. Passado
a palestra, continuam nas suas igrejas espiritualistas. Ótimo,
ja tem sua religião, sua filosofia de vida, sua doutrina.
GEAE - É válido pensar-se
em trazer palestrantes e médiuns de outras localidades?
Elsa - Aqui em UK, a BUSS, orgão que congrega
os grupos espíritas britânicos, tem sempre o cuidado de
convidar os conferencistas já conhecidos, ou que se conhece em
Congressos Mundiais, ou ainda indicados. Assim temos a certeza de termos
bons resultados com o empenho em trazer esses conferencistas, a nível
de país.
GEAE - Finalizando a entrevista, gostaria
de perguntar-lhe quanto ao futuro. Quais são os planos do Conselho
Espírita Internacional para médio e longo prazo? Como
o CEI vê o futuro do movimento espírita internacional?
Elsa – Quem pode responder melhor a questão
é a Comissão Executiva do CEI. O CEI, dado ter apenas
quase 11 anos de sua criação, já completou várias
metas de seu planejamento. Realizou 3 Congressos Mundiais e estruturou
Coordenadorias. A prioridade é a unificação e isso
vem acontecendo. A curto prazo o CEI tem a realização
do IV Congresso Espírita Mundial – Paris 2004.
Nestor Masotti, Secretário Geral do CEI, vê
com bastante tranqüilidade e positividade. Da união de todos,
do reto proceder, das boas intenções, da fraternidade,
só podemos esperar bons resultados. Voltemos nosso coração
ao Evangelho, com tolerância, união e muito amor pela causa
espírita. Na última reunião do CEI Europa, na Suécia
em maio, foram momentos de tanta luz, tanta união, tanta compreensão,
que ao retornar aos nossos países, era como se deixássemos
para trás, parte de nossa família e já sentíamos
saudades da presença de todos. Assim é o CEI, uma grande
família. Os que puderem, visitem e divulguem os web sites do
CEI e Coordenadorias: http://www.spiritist.org
GEAE - E no âmbito da Coordenadoria
Europa?
Elsa - Nosso querido amigo Roger Perez,
presidente da União Espírita Francesa e Francófona
e Coordenador do CEI na Europa desde sua implantação,
no último Editorial do Boletim 18 da Coordenadoria Europa do
CEI, escreveu uma bela mensagem, que responde a sua pergunta. Vale a
pena conferir: http://www.isc-europe.org ou http://www.spiritismo.info.
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