14o. ENCONTRO NACIONAL DA LIGA DE PESQUISADORES
DO ESPIRITISMO
Texto: Marcelo Stanczyk
Fotos cedidas por Julia Nezu
Tema central: “Sobrevivência
da alma”
25 e 26 de agosto de 2018
Belo Horizonte – MG
Local:
UEM (União Espírita Mineira)
Av. Olegário Maciel, nº 1.627 – Lourdes – Belo
Horizonte/MG – CEP 30180-111
Tel: (31) 3330-6200 – https://www.uemmg.org.br/

Composição da mesa de abertura dos
trabalhos
A décima quarta edição
do ENLIHPE – 14º ENLIHPE - ocorreu no ano de 2018,
no auditório principal da Sede Federativa da UEM (União
Espírita Mineira), situada na Av. Olegário Maciel,
em frente ao Diamond Mall – e teve como tema central “Sobrevivência
da alma” trazendo pesquisas e abordagens de temas que lhe
são correlatos. Foram apresentados 13 trabalhos: conferências,
palestras, alguns estudos, e uma mesa que tratou de uma importante
obra espírita: “A Gênese“
PROGRAMAÇÃO – 25/08/18
– Sábado
07h30 – Recepção, credenciamento
e entrega de material
08h00 – Momento Artístico
08h25 – Prece de Abertura
08h30 – Paletras Iniciais: LIHPE, CCDPE-ECM, USE, UEM, FEES
e NUPES
09h00 – Conferência de Abertura – É possível
investigar a existência da alma? (Alexandre Moreira Almeida
– NUPES)
10h30 – Palestra – A importância da fundamentação
transcendental e idealista para a ideia de imortalidade do espírito
(Humberto Schubert Coelho – NUPES)
11h05 – Trabalho – O que não comprova a sobrevivência
da alma? (Alexandre Fontes da Fonseca – USE-Campinas)
11H35 – Palestra – A relação entre a
LIHPE e o CCDPE-EM (Julia Nezu – Presidente do CCDPE-ECM)
13h30 – Visita a pôsteres em Exposição
e Sessão de Autógrafos com Humberto Schubert (Obra:
Sala para autógrafos) e Jáder Sampaio (Obra: Conversando
com os mortos)
13h50 – Trabalho – As investigações
sore a sobrevivência da Alma (Marcelo Gulão)
14h20 – Trabalho – Prova da sobrevivência da
alma (Paulo da Silva Neto Sobrinho – C.E. Manoel Felipe
Santiago, BH)
14h50 – Sessão de Autógrafos com Paulo Neto
e Samuel Magalhães (Obra: Anna Prado: a mulher que falava
com os mortos)
15h30 – Mesa – A Gênese (Jáder Sampaio,
Marco Milani e Samuel Magalhães)
16h30 – Homenagem à Alfred Russel Wallace
16h45 – Encerramento das atividades públicas
17h00 – Assembléia da LIHPE (para
membros)
PROGRAMAÇÃO – 26/08/18
– Domingo
08h30 – Prece de Abertura e comentários
gerais
08h45 – Trabalho – Evocando pessoas falecidas utilizando
a prece e a varredura medianímica (Raphael Vivacqua Carneiro
– Grupo de Pesquisa Lampejo e Núcleo de Pesquisa
da FEES)
09h15 – Trabalho – Mediunidade e sobrevivência
– um século de investigações: a contribuição
de Allan Gauld para o estudo da imortalidade (Leandro Santos Franco
de Aguiar – AME-MG)
09h45 – Trabalho – A sobrevivência da alma e
o progresso moral de Sócrates (Luiz Fernando Bandeira de
Melo)
10h15 – Sessão de Autógrafos com Luiz Fernando
Bandeira de Melo (Obras de sua autoria)
10h45 – Trabalho – Ensaio sobre as anotações
do Dr. Kerner com respeito aos fenômenos psíquicos
da Sra. Frederica Hauffe (Elton Rodrigues e Carolina Machado –
Associação de Física e Espiritismo da Cidade
do Rio de Janeiro)
11h15 – Trabalho – Cesare Lombroso: da biografia à
transição paradigmática (Eric Vinícius
Ávila e Leandro Santos Franco Aguiar – AME-MG)
11h45 – Comentários Finais e Prece de encerramento.
Desde o início do encontro que se iniciou no sábado, dia
25 de agosto de 2.018, às 7h30, e durante mais de 16 horas de
evento, ocorreu a exposição de treze trabalhos científicos.
Também houve o lançamento de obras de pesquisas sobre
o Espiritismo:
* Marco Milani e Jáder Sampaio:
“A sobrevivência da alma em foco”,
da Editora CCDPE-ECM e USE/SP
* Jáder Sampaio: “Conversando
com os espíritos: um toque de humanismo“, da
Editora Lachatrê
* Humberto Schubert Coelho: “A filosofia
perene: o modo espiritualista de pensar“, da Editora
Didier – Votuporanga/SP e “Genealogia do espírito”
editado pela FEB – Rio de Janeiro/RJ


Nesta ocasião, como novidade, a Comissão
Organizadora esteve promovendo como atividade cultural e histórica,
um passeio em Pedro Leopoldo/MG, ao Centro
Espírita Luiz Gonzaga, à Fazenda Modelo
e ao Museu Casa de Chico Xavier, opcional àqueles
que desejarem participar.
As atividades iniciaram-se às 08h10 com uma atividade
cultural artística, com a apresentação musical
(solo e violão) do músico José Marcos Carvalho.
Compuseram a mesa para abertura das atividades: Felipe
Estabile – Diretor da UEM, Samuel M. Magalhães
– Diretor da FEB, A. J. Orlando – Presidente
da USE/SP, Raphael V. Carneiro – Coordenador
FEES, Julia Nezu – Presidente do CCDPE-ECM e
Jáder Sampaio – Coordenador do EnLIHPE,
Julia Nezu – Presidente do CCDPE-ECM, Alexander
M. A. Almeida – Coordenador do NUPES e Raphael
V. Carneiro – Coordenador FEES. A prece de abertura foi
realizada por Nadia Luz Lima.
A seguir, cada representante trouxe algumas palavras
iniciais, iniciando-se por Jáder Sampaio –
Coordenador do EnLIHPE, que recepcionou os membros da LIHPE
presentes, assim como todos os participantes que vieram conhecer os
trabalhos inscritos. Também esclareceu a estrutura e a forma
de trabalho da LIHPE. Comentou que é um espaço
para pesquisadores espíritas e também pesquisadores acadêmicos
que possuem como foco o Espiritismo ou o Movimento Espírita,
e por conta disso há livros já publicados contendo trabalhos
de pesquisa seja acadêmicos ou não, mas com cunho espírita.
Esclareceu como ocorre o EnLIHPE – Encontro da Liga dos
Pesquisadores do Espiritismo, caracterizado por ser um encontro
de diálogo e críticas. É momento para apresentação
de ideias muito mais do que destaque de pessoas. Agradeceu a diversas
pessoas e instituições pelo apoio para a realização
deste evento. Ato contínuo, Julia Nezu
– Presidente do CCDPE-ECM, manifestou-se no sentido
da importância da LIHPE e do CCDPE-ECM em relação
a preservação da memória e da história do
Espiritismo e do Movimento Espírita.
->
vejam o vídeo da mesa de abertura -
Abre-se um adendo as palavras da Julia, para que Marco Milani
entregasse placa comemorativa de agradecimento em favor do CCDPE-ECM.

Marco Milani e Julia Nezu
Por sua vez, Samuel N. Magalhães
– Responsável pela documentação e memória
do Movimento Espírita e Diretor da FEB, salientou a questão
da visibilidade dos trabalhos da LIHPE, muito embora dentro do Movimento
Espírita ainda essa visibilidade ainda não corresponde
a importância que os trabalhos tem. Demonstrou a necessidade do
resgate de pesquisas acadêmicas relacionadas com o Espiritismo.
Se aprofundou na questão da guarda, registro e identificação
de documentos espíritas, tais como fotos, etc.

Samuel N. Magalhães
Em sua fala, A. J. Orlando
– Presidente da USE/SP, mostrou a importância do trabalho
dos pesquisadores. Também salientou que dos 14 encontros, 11
deles aconteceram em São Paulo, e a USE/SP sempre estará
de porta abertas para recepcioná-los. Na oportunidade sugeriu
que um próximo evento se realize dentro das portas de alguma
Universidade, já que a pesquisa nessa área está
chamando muita a atenção de acadêmicos. Apontou
que nossa maior dificuldade em relação a história
do Espiritismo sejam os computadores, de onde deverão ser garimpadas
informações.
Felipe Estabile – Diretor
da UEM, representando a instituição, comentou da alegria
e satisfação de receber companheiros de todo o Brasil
no encontro da EnLIHPE. Desde o 3º Encontro, a UEM
possui vontade de montar um acervo histórico. Em um adendo, Gilmar
C. Trivelato fez a entrega a UEM uma
placa comemorativa em agradecimento do ENLIHPE. Raphael
V. Carneiro – Coordenador FEES,
comentou que o pessoal do Espírito Santo vê ser muito importante
essa forma de ver o Movimento Espírita. E ampliando a parceria,
o ErLIHPE será realizada dentro de uma importante
Universidade local. E o Estado procura um maior participação
acolhendo um futuro EnLIHPE. E, por fim, Alexander
M. A. Almeida – Coordenador do NUPES,
comentou a importância do trabalho do Eduardo Carvalho
Monteiro. Também comentou o trabalho do NUPES
e sua importância.
A
Conferencia de abertura iniciou-se às 9h05, com as palavras de
Alexander Moreira Almeida (NUPES), tendo como tema:
“É possível investigar a existência
da alma?” Em resumo, trouxe importantes considerações
sobre a possibilidade de investigar a existência da alma. Comentou
que a população na atualidade o materialismo não
está se expandindo, e que pesquisas apontam dados consideráveis
em relação a pessoas estarem ligadas a uma religião.
Trouxe levantamento em relação a vários países
do mundo.
Dessas pesquisas, destaca-se que todos os países
populosos tem grande percentagem de pessoas que acreditam na alma. Até
na União Soviética, que tinha cursos de ateísmo,
hoje os dados de crença na alma é o mesmo, por exemplo
que o expressado pelos EUA. A existência da alma é um tema
metafísico ligado a religião e a filosofia, sendo que
esta especula ou não sobre a existência ou não da
alma, até porque o tema não seria possível de ser
abordado cientificamente, o que mudou com os trabalhos de Allan
Kardec.
Para
ser passível de uma abordagem científica, é necessário
que o assunto seja testável e os testes sejam passíveis
de ser feitos e refeitos. Na teoria materialista, o cérebro que
produziria a mente. Ainda há uma teoria dualista de que o cérebro
seria um filtro para manifestação da consciência
do corpo – Teoria transmissiva. Na teoria espiritualista existe
evidências de atuação da atividade da consciência
mesmo após a morte do corpo correspondente. É importante
salientar a necessidade de evidência, mas nem sempre é
possível ver, por exemplo, um átomo, embora ele exista.
Encontramos diversas vivências espirituais ou religiosas que geralmente
são desqualificadas muito mais que explicadas. Muitas explicações
buscam desqualificar o fenômeno em análise, apresentando-as
de problemas de percepção até a construções
sociais, mas nada real ou verdadeiro. Há um pressuposto metafísico
de que o universo é composto apenas de matéria/forças
físicas. Um pressuposto legítimo, mas que não significa
uma verdade real. Através desse pressuposto tudo o que transcenda
o materialismo é superstição e anti-científico.
A ciência é um modo/método de explicação
e uma ideologia cientificista. Francis Bacon (The Nem
Organon, 1620) propõe que a ciência é uma auxiliar
da religião, já a ciência estudaria a natureza que
nada mais é uma obra de Deus. Newton (Principia,
1713) aponta que as Leis Divinas seriam a percepção da
mente Divina. Assim, para estudar a existência da alma, é
necessário se estudar dentro de um modelo não reducionista
da mente. O pressuposto é que se a mente existe, e ele é
parte da criação, e em algum outro momento e lugar fora
do corpo precisa se apresentar.
Allan Kardec traz a dimensão espiritual para
dentro do reduto natural, retirando do mundo sobrenatural. Assim, o
cérebro seria um filtro para a manifestação da
mente, filtrando a realidade, como o faz filtrar toda a realidade material.
William James (1898) aponta que é necessário
supor a continuidade da consciência. Dentro das dimensões
empíricas espirituais há várias que precisam ser
estudadas, dentre elas a meditação, a mediunidade, etc.
E cada fenômeno possuí várias explicações
que passam da fraude, a alucinações produzidas por alterações
cerebrais, efeitos de sugestão, atividade mental inconsciente,
percepção extra-sensorial a sobrevivência da consciência.
Alvarado (2013) traz uma lista de vários pesquisadores
renomados que estudaram a possibilidade da sobrevivência da consciência.
Ian Stevenson é um dos pesquisadores que estudaram
a possibilidade da sobrevivência da consciência, que inclusive
estudou a possibilidade da reencarnação. Sobre estudos
relacionados com a sobrevivência da consciência, encontrou-se
mais de 2 mil artigos, com o destaque de que o número de estudos
estão aumentando, desde experiência de quase-morte, experiências
fora do corpo, memória de vidas passadas, mediunidade, etc. E
o fator médio de impacto dos temas são semelhantes de
outros temas científicos acadêmicos.
Traduzindo cientificamente a questão da presente conferência,
temos: há vestígio da personalidade após a desintegração
do corpo? E quais são as evidências necessárias
para se aceitar a hipótese? O que se percebe dos artigos relacionados
a EQM é que com o cérebro sem funcionamento elétrico,
as pessoas apresentariam maior clareza mental, independência da
crença. Também percebe-se que há descrições
verídicas. Na prática os pacientes levam muito tempo para
que as percepções se normalizem. De modo geral, quando
um paciente retorna de uma situação crítica de
parada cardíaca, verifica-se grande confusão mental. E
ainda, destaca-se que quando há EQM percebe-se aumento de mudança
comportamental a demonstrar um grande impacto na vida da pessoa por
conta do fenômeno vivenciado.
Para comprovar tais fenômenos (e outros relacionados com mediunidade)
é necessário se demonstrar continuidade da memória
e comportamento da consciência. Por fim, salientou que a maioria
dos cientistas que investigaram os fenômenos de sobrevivência
da consciência não se satisfizeram com as explicações
convencionais científicas, mostrando a evidência da necessidade
de se aprofundar os estudos. Ainda, antes de encerrar apresentou um
caso de memória de vida anterior. Comentou também que
o NUPEs montou o projeto sobrevivência e falou do Canal o Youtube
– TV NUPES. A seguir, abriu-se espaço para perguntas
e respostas.
- acesse
a TV Nupes -
- Aos que gostaram da palestra do Dr. Alexander Moreira-Almeida,
recomendamos o seguinte vídeo: (clique no link abaixo)
https://www.youtube.com/watch?v=nNgomBLe5x8&app=desktop
- ou - https://youtu.be/nNgomBLe5x8
______________________________________
Seguiu-se um momento para autógrafos
- Fotos da Sessão de Autógrafos




- clique nas fotos para ampliar -
Às 10h40, iniciou a apresentação
do próximo trabalho. Humberto Schubert Coelho
(NUPES), trouxe o tema: “A importância
da fundamentação transcendental e idealista para a ideia
de imortalidade do espírito“. Em relação
ao tema, há muitas teorias que se propõem a explicar o
fenômeno. Mas pode-se também partir de um estudo baseado
em análise comparativa entre as diversas religiões. Dentro
da metafísica, também há explicações
desde a época grega (Sócrates e Platão) e passando
pela Idade Média e Moderna. E, a metafísica anda pouco
escutada em relação a pesquisas. Em muitos momentos históricos
a metafísica foi o carro-chefe para o estudo e crença
na imortalidade da alma. Há a necessidade de se resgatar a metafísica
e seu verdadeiro conceito original, em busca da pesquisa em relação
a imortalidade da alma. A metafísica é uma ciência
muito rígida que busca estabelecer os métodos adequados
para análise da imortalidade da alma.
A
ideia de Deus e da Imortalidade da Alma são as ideias relacionadas
com a metafísica e que balizam toda a visão atual de mundo,
a ética, o comportamento, etc. As teorias materialistas (e o
niilismo) não estudam ética, porque elas fogem de qualquer
embate de julgamento. Assim, oferece menos argumentos para sua base
existencial (como teoria). Não se pode esquecer que a perspectiva
materialista e também a perspectiva sofista, ainda existe, e
possui aqueles que a professam. Entretanto, essas duas perspectivas
são extremistas. A perspectiva transcendental, idealista ou espiritualista
possui maior número de argumentos para fundamentar sua forma
de visão do mundo.
Sócrates se propõe a analisar tais perspectivas, mas antes
ele estabelece como perspectiva “a mente humana”. É
através dessa perspectiva que se analisará todas as questões.
Foi capaz de perceber que existem fenômenos que fogem da criação
da mente (realidade natural), mas que existem dentro da mente como pressuposto.
Platão e Aristóteles formataram a metafísica antiga.
Na modernidade, estudos da Metafísica, analisando as percepções,
faz perceber que toda a realidade natural nada mais é que sensações
relacionadas com tais fenômenos, logo é altamente subjetivo.
É mais plausível dizer que a matéria é uma
invenção do que crer que a mente seja uma criação.
A metafísica alemã, em relação aos fenômenos,
acredita haver um substrato da realidade que independa da matéria,
mas não encontra comprovação para isso. Diante
disso, entende-se que a ciência é um estudo altamente dogmático,
porque há questões que são estabelecidas de forma
inquestionável. Assim, a ciência é um rol de estudos,
qe parte de pressupostos estabelecidos prévios e dogmáticos.
Mas vale lembrar que não existe ciência não Metafísica.
Assim, para estudar a imortalidade da alma, os pressupostos para seu
estudo fogem das atuais ciências que existem. A imortalidade da
alma se beneficia de forma bem forte da perspectiva Metafísica
que nunca foi confrontada e nem sobrepujada pela ciência sob a
perspectiva materialista. A seguir, abriu-se espaço para perguntas
e respostas.
->
vejam o vídeo da Conferência de Humberto Schubert Coelho
-
Às
11h10, Alexandre Fontes da Fonseca – USE-Campinas/SP,
trouxe considerações sobre o tema: “O que não
comprova a sobrevivência da alma?“. Em resumo, apresentou
que a intenção é apresentar 2 conceitos (fenômenos
físicos materiais) que comprovariam a existência da alma,
mas que na verdade ainda não são capazes de enfrentar
a razão da ciência face-a-face. Tais argumentos ainda não
são bons o suficiente para comprovar a existência da alma.
Analisou a obra “Atualidade de Kardec“, de Rubens
P. Meira, mostrando algumas questões pontuais que exigem
cuidado ao serem apresentados. Algumas ideias apresentadas são
trazidas por escritos espíritas clássicos, tal como Gabriel
Delanne (O Espiritismo perante a ciência). Dentro
desse pensamento, e associando-o ao conceito de entropia (como uma Lei
natural – de desordem), o pensamento do perispírito/espírito
como organizador biológico seria algo a ser considerado a se
analisar. Assim, a auto-organização dos seres vivos não
serviria como argumento para comprovação da imortalidade
da alma.
Outro tópico é, justamente, a física quântica.
Esse conceito da física e que foge ainda de uma explicação
completa da ciência acadêmica. O Espiritismo não
teria condições explicar. E, dentro do Movimento Espírita
há pesquisadores buscando um de relacionamento de física
quântica e Espiritismo. E pesquisadores sérios, com muita
boa vontade. Apresentou valores interessantes de pessoas dentro do Movimento
Espírita interessado com questões de física quântica.
Há também uma grande quantidade de Espíritas palestrando
sobre a física quântica, o que está fazendo nascer
um “misticismo quântico”. Essa ação
enfraquece muito a argumentação espírita frente
à ciência. Apontou um uma análise de Allan
Kardec em que ele considera que a alma é considerada
como imaterial, por conta de suas características serem impossíveis
de sofrerem analogia com a matéria. Infelizmente, ao relacionar
a física quântica com o espírito, estaríamos
materializando o espírito, ao invés de analisá-lo
frente as suas características e condições reais.
A seguir, abriu-se espaço para perguntas e respostas.
Visitem também o Jornal de Estudos Espíritas
(JEE), editado por Alexandre Fontes da Fonseca
- https://sites.google.com/site/jeespiritas
-
-
vejam o pdf da apresentação
resumida acima -
->
vejam o vídeo da apresentação de Alexandre Fontes
da Fonseca -
Às
11h40, Julia Nezu (Presidente do CCDPE-ECM),
analisou a “A relação entre a LIHPE
e o CCDPE-ECM“. Ambas as instituições
nasceram juntas, sendo uma delas virtual e outra jurídica, com
CNPJ. Tudo começou na USE/SP, dentro de uma Assessoria Pró-Memória
(Criada em 1997), quando foi convidado Eduardo Carvalho Monteiro, pra
executar este projeto. O outro passo foi destacar o projeto de Eduardo
Carvalho Monteiro, o que aconteceu posteriormente, em 2005 (após
diversas reuniões e discussões), porque a USE/SP não
dispunha de espaço para administrar o acervo que estava sendo
acumulado. O CCDPE-ECM nasceu como uma filha da USE/SP,
e participam como família no Movimento Espírita. Juntamente
com isso, nasceu, pelas mãos do Eduardo Carvalho Monteiro, outro
projeto – a LIHPE – que nasceu virtualmente através
de um cadastro de e-mails (1997). Em 1999, iniciaram as tratativas sobre
o nascimento da LIHPE, dentro do 1º Encontro em
Goiania-GO. Em 2002, houve o nascimento do primeiro trabalho da LIHPE
– o Anuário Histórico”. Foi formalizado o
nascimento da LIHPE em 2003 dentro do 14º Congresso
Estadual da USE/SP. Eduardo Carvalho Monteiro dispunha de um acervo
de mais de 25 mil obras, e outros 5 mil documentos e hemeroteca. Quando
do falecimento do Eduardo Carvalho Monteiro, a LIHPE
já possuía vida própria e independente. A biografia
do fundador tanto da LIHPE e do CCDPE-ECM,
traz muitas informações. Julia Nezu também
apresentou a importância para nascimento de outros 2 Centros de
Memória: um no Amazonas (Samuel
Magalhães) e outro e Fortaleza (Kemp).
A palestrante ainda comentou sobre os EnLIHPEs e seus logotipos, assim
como a respeito das obras (livros) que foram publicados em nome do Eduardo
Carvalho Monteiro e da LIHPE.
->
vejam o vídeo da Apresentação, por Julia Nezu -
Após essa apresentação, encerraram-se
as atividades da manhã.
A partir de 13h30, iniciaram-se as atividades
da parte da tarde do sábado, com a visitação dos
participantes a banners de trabalhos relacionados com o tema,
trazido por diversos pesquisadores.
Exposição de Banners



A
partir das 14h00, Marcelo Gulão, apresentou
o trabalho “As investigações sobre a sobrevivência
da Alma”. Informou que Allan Kardec escreveu as obras espíritas
a partir de um convencimento pessoal. A apresentação se
baseia em seu trabalho de mestrado. Allan Kardec não
acreditava nos fenômenos mediúnicos, mas por conta de sua
observação acabou se convencendo. Kardec fala da alma
como elemento imaterial, mas também desenvolve um aporte teórico
onde defende o fato da alma ser uma matéria totalmente diferente
e sutil. E, baseado nisso, realiza seus estudos para descobrir como
se dá a sensibilidade e sensações do espírito.
Allan Kardec percebe, através de suas observações,
que existe o espírito e uma camada etérea que o acompanha,
o que posteriormente é concebido pela ideia de perispírito.
A partir daí, é adotado um padrão de questionário,
a fim de criar um método para prospectar novos conhecimentos.
A produção espírita foi historicamente progressivo,
baseado em comunicações mediúnicas, e as informações
foram paulatinamente ampliando as investigações sobre
a sobrevivência da alma. A seguir, abriu-se espaço para
perguntas e respostas.
-> vejam o vídeo da apresentação
de Marcelo Gulão -
Às
14h36, Paulo da Silva Neto Sobrinho (C.E.
Manoel Felipe Santiago, BH), apresentou o trabalho sobre a “Prova
da sobrevivência da alma“. O que mais o Espírita
quer é provar àqueles que não creem, que existe
espíritos. A primeira conclusão que se tira é que
no máximo é possível tirar alguns elementos que
evidenciam a existência da imortalidade da alma àqueles
que desejam conhecer a verdade. A primeira questão que é
necessário se deparar é que, se é possível
a alma sobreviver a morte do corpo físico. Na EQM temos pessoas
que falam sobre impressões e sensações que teriam
ocorrido durante o período “plano” do eletroencefalograma.
O registro das sensações e impressões pelo espírito,
então, independeriam do corpo e, se é possível
que haja registro por parte de uma pessoa durante um fenômeno
de EQM em que o espírito está “fora do corpo”,
mas que após isso retorna a vida corporal, o mesmo pode se dar
após a morte do corpo físico. Há diversos casos
em que acadêmicos se debruçaram e que permitem uma evidência
da imortalidade da alma. Dois casos foram apresentados. A conclusão
é que tais relatos acadêmicos acabam confirmando uma série
de ideias espíritas já trazidas a lume há um tempo
razoável. A seguir, abriu-se espaço para perguntas e respostas.
Seguiu-se, às 14h50, outra sessão de Autógrafos
com Paulo Neto e Samuel Magalhães
(Obra: Anna Prado: a mulher que falava com os
mortos).
- Visitem o site de Paulo da Silva Neto Sobrinho -
http://www.paulosnetos.net
-
vejam o pdf da apresentação
resumida acima -
A
partir de 15h30, foi desenvolvida uma Mesa de Debates sobre “A
Gênese“, contando com a participação
de Jáder Sampaio, Marco Milani e Samuel Magalhães.
A publicação do livro “O legado de Allan Kaderc“,
por Simoni Privato Goidanich, sobre “a Gênese”,
trouxe uma discussão antiga nos meios espíritas. É
possível se observar que o Movimento Espírita se debruça
muito pouco sobre essa obra. Samuel Magalhães, aponta, em relação
a evolução histórica do texto desse livro, que
qualquer alteração profunda nessa obra, é evidente
que outras mudanças em outros livros deveria acontecer. O que
é perceptível é que Allan Kardec fazia modificações
em seu texto, até porque seu método de trabalho, como
pesquisador, permite melhoras em relação a clareza do
texto.
A obra da escritora traz elementos históricos que precisam ser
pesquisados, analisados e melhor compreendidos. Há também
muitos acontecimentos históricos havidos na França da
época que permitiram o decréscimo do espiritismo. Fato
é que as mudanças havidas no livro “A gênese”
foram feitas por Allan Kardec, e, em nada, desmerecem a obra como um
todo. A obra de Simoni Privato Goidanich foi publicada
para circular em países de língua espanhola e não
exatamente no Brasil. O Conselho Espírita Internacional
tomou conhecimento da publicação e, aqui no Brasil, diversos
Espíritas também tomaram conhecimento sobre o conteúdo
da obra.
Em contraponto, Marco Milani aponta que: até
a quarta edição do livro “A Gênese”,
não existiu qualquer alteração da obra, portanto,
não há evidência que tenha sido Allan Kardec que
tenha promovido as alterações apontadas. Outro argumento
é que não existe documento algum de Allan Kardec de que
ele estivesse promovendo qualquer alteração no texto de
“A Gênese”. Outro argumento apontado é que
a interpretação de que elementos que justificam algumas
abordagem de Kardec podem ficar prejudicados em seu conteúdo,
se não bem compreendido, de forma que dizer que Kardec teria
aprimorado o texto com as alterações, isso é falso.
Um exemplo é o texto relacionado com o desaparecimento do corpo
de Jesus discutido no item 64 a 68.
Outro item tem relação a quantidade
de alterações. Henri Sausse que, após
12 anos tomou conhecimento das alterações do texto de
“A Gênese”, encontrou mais de 100 alterações
e as denunciou no jornal “Le Espiritisme“.
Entretanto, Leymarie teria afirmado que Allan
Kardec teria realizado a revisão. A pesquisa que embasou
a obra em análise descredencia a versão apresentada por
Leymarie, à época da denúncia
de Henri Sausse, que só se manifestou sobre
as alterações após o desencarne de Amélie
Boudet (esposa de Allan Kardec). Argumenta-se que Amelie
Boudet poderia ter impedido a publicação da 5ª
ed. com as alterações, se elas não tivessem sido
feitas por ele. Mas temos evidências sobre a dificuldade que a
Amelie tinha para se posicionar dentro do Movimento Espírita
francês e nele ter qualquer influência.
Há dúvidas também em relação a alterações
feitas pessoalmente por Kardec, nas 4ª, 5ª e 6ªs edições
de “A Gênese”. Naquela época, para a publicação
de qualquer obra havia a necessidade de depositar uma versão
da obra na Biblioteca Nacional, para ser aprovada e depois poder haver
a comercialização. E Allan Kardec
depositou a 4ª, mas não há depósito da 5ª
Edição dessa obra. E, é por conta disso que a USE/SP
após análise de vários pesquisadores, e um estudo
profundo, recomendou a utilização da 4ª Edição.
Também recomendou analisar a 5ª Edição francesa
e promover-se encontros para estudos e análises sobre as alterações.
Retomou a palavra Samuel Magalhães, e afirmou
que alguns pontos devem ser retocados. Há necessidade também
de se pontuar que há menção expressa no texto de
que as alterações apenas textuais. E, Henri Sausse
levou muito tempo para denunciar qualquer alteração. Há
alguns questionamentos históricos que precisam ser feitos em
relação aos fatos, com seu equilíbrio, para não
ser simplesmente um termo acusatório. Retomou a palavra Marco
Milani para esclarecer alguns dos pontos levantados pelo antecessor.
Especialmente apontando o “Catálogo Racional“.
Ao final, concluiu que o objetivo é o estudo, e não, um
termo acusatório contra Leymarie. A seguir,
abriu-se espaço para perguntas e respostas.
-
vejam o pdf da apresentação
de Marco Milani -
->
vejam o vídeo da Mesa de debates sobre A Gênese -
Às 16h45, foi realizada uma homenagem à
Alfred Russel Wallace, pesquisador escolhido para ser homenageado nesta
edição do Enlihpe.
- vejam o pdf da homenagem à Alfred
Russel Wallace -
->
vejam o vídeo da Homenagem Alfred Russel Wallace -
Encerraram-se 17h00 as atividades públicas desse sábado
do Enlihpe.
Foto do Público
Seguiu-se a Assembléia Presencial dos membros
da Lihpe - clique
aqui e acesse a página sobre a Assembleia Presencial
Domingo
As atividades de domingo se iniciaram às 08h30
com a prece de Abertura, feita por Brasil Fernandes
(Vice-presidente da Aliança Municipal Espírita-Belo
Horizonte/MG)
A
seguir, às 08h45, Raphael Vivacqua Carneiro
(Grupo de Pesquisa Lampejo e Nucleo de Pesquisa
da FEES) trouxe o trabalho: “Evocando pessoas falecidas
utilizando a prece e a varredura medianímica”. O palestrante
esclareceu qual o conceito de varredura medianímica, demonstrando
sua analogia com o funcionamento dos radares. Também esclareceu
um importante termo utilizado – Medianímico – assim
como qual o conceito em que é utilizado, ampliando-o para todas
as questões mediúnicas e anímicas, englobando todos
os canais mediúnicos e anímicos. Todos seriam valorizados.
Apontou as finalidades do estudo, especialmente reproduzir os trabalhos
semelhantes realizados por Lamartine Palhano Jr. Também
esclareceu, dentro do técnica, a utilização de
uma meta de forma a evitar dispersão e permitir clareza e precisão
para as percepções. Apresentou detalhadamente as etapas
do processo de varredura medianímica, seus propósitos,
os protocolos utilizados para seu desenvolvimento, as distinções
do método utilizado por Palhano Jr. Salientou
o fato de que se trata de um método de trabalho coletivo de médiuns.
Analisou as diversas vantagens esperadas com a utilização
do método. Explicou toda a metodologia utilizada na experimentação,
os cuidados que o grupo tomou para desenvolver suas atividades. Apresentou
dados dos alvos escolhidos para a realização dos estudos,
assim como informações importantes coletadas previamente
sobre os participantes, a fim de poder-se efetuar a análise as
comunicações das varreduras.
Foram apresentados os resultados experimentais. As análises permitiram
descobrir um maior número de informações confirmadas
do que outras não confirmadas (200 percepções convergentes,
não sistemáticas). As informações confirmadas
foram muito específicas e plausíveis. Também apontou
que pessoas com pouca ou nenhuma experiência mediúnica
também foi possível captar informações através
da varredura mediúnica. Foi afastada a influência telepática
em virtude dos métodos e resultados da experimentação.
Também foi possível perceber-se um número pequeno
de casos em que houve uma imprecisão ou interferência do
médium. A conclusão auferida foi de que o experimento
sugere a eficácia do método, com vantagens: desnecessária
faculdade extraordinária, aspecto coletivo do trabalho, o que
auxilia a identificação de imprecisão e interferência
dos médiuns. Como desvantagem: necessária mudança
de mentalidade no meio espírita, ainda médiuns com menor
experiência acabam tendo timidez de demonstrar suas percepções,
o que se amplia com a experiência e segurança do médium.
A seguir, abriu-se espaço para perguntas e respostas.
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vejam o pdf da apresentação
de Raphael resumida acima -
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vejam o vídeo da apresentação de Raphael
Vivacqua Carneiro -
Às
09h15 foi apresentado o trabalho: “Mediunidade e sobrevivência
– um século de investigações: a contribuição
de Allan Gauld para o estudo da imortalidade“, apresentado
por Leandro Santos Franco de Aguiar (AME-MG).
Os objetivos do presente trabalho foi analisar o livro de Allan
Gauld, “Mediunidade e Sobrevivência: um século
de investigações”, em que ele faz uma pesquisa
bibliográfica, através de uma revisão de literatuta,
sobre questões mediúnicas em revistas científicas.
Apresentou uma biografia rápida de Allan Gauld, assim como comentou
sobre a Society for Physhical Research. Comentou o
público-alvo do livro em análise. Comentou o fenômeno
da imunidade cognitiva. Evidenciou que Allan Kardec,
assim como Allan Gauld comentaram sobre esse fenômeno.
Comentou sobre a exclusão da análise, no livro, de mediunidades
de efeitos físicos, esclarecendo que a causa é a grande
possibilidade de fraude nessa espécie de fenômenos mediúnicos.
Gauld trabalha mais com a questão da inteligência
ligada ao fenômeno mediúnica. Explicou o método
de estudos de Allan Kardec. Trouxe explicações
sobre bibliografia de origem mediúnica (Chico Xavier)
que anteciparam algumas questões científicas acadêmicas.
Aborda questões do Super-PES, e a posição de Ian
Stevenson e Allan Gauld sobre tal teoria/atitude
mental. Allan Gauld conhecia e opina sobre Allan Kardec, mas sugere
um pouco de desconhecimento do codificador. A seguir, abriu-se espaço
para perguntas e respostas.
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vejam o pdf da apresentação
de Leandro Santos Franco resumida acima -
-> vejam
o vídeo da apresentação de Leandro Santos Franco
de Aguiar
Às
09h55, Luiz Fernando Bandeira de Melo, apresentou o
trabalho: “A sobrevivência da alma e o progresso moral
de Sócrates“. O presente trabalho é o início
de um projeto maior relacionado com Platão e Sócrates
e a possibilidade deles terem desenvolvido o mesmo conhecimento. Não
se sabe até hoje se o escrito sobre Sócrates foi realmente
de Sócrates ou foi escrito por Platão. A inseparatibilidade
de questões morais e a imortalidade de alma é o foco deste
trabalho. Essas questões de imortalidade da alma são anterior
a Sócrates e Platão. O Livros dos Mortos, em seu primeiro
parágrafo diz: Aqui neste livro está escrito o que devemos
falar logo após a morte para que sejamos felizes depois de mortos”.
A tradição “órfico-pitagórico”
mostrou a preocupação com a ‘salvação’
da alma após a morte. Lembrou que o termo ‘salvação’
possui diversos significados hoje e à época da escrita
do livro citado. Falam-se em castigo post-mortem. Na mitologia grega
temos diversos textos falando em castigos perenes (ex. Prometeu). Fala-se
em ‘senhas’ para a ‘salvação’
da alma. Comentou a respeito da mitologia grega em relação
ao que acontecida após a morte, questões sobre o Hades
e o Tártaro. Comentou sobre “daimon”. Comentou sobre
um texto apócrifo, conhecido como “teages” e a provável
influência de Platão a elaboração desse texto.
Considera moral como o comportamento das pessoa, e aponta a influência
do daimon para o comportamento de Platão e seus escritos. Comenta
que aqueles que tiveram uma boa moral e um bom comportamento ao morrer
iriam a lugares bons. Concluiu que toda a influência de daimon
para Platão, e para outros filósofos para a melhora das
atitudes da pessoa. Ficou claro a influência do progresso moral
trazido por Sócrates e Platão relacionados com a imortalidade
da alma e a busca por lugares post-mortem agradáveis. Concluiu
que a busca das virtudes, a ajuda aos semelhantes a conduta prudente
e temperante, ante a sobrevivência da alma e a certeza da sua
transmigração e a atenção aos conselhos
daimonicos, geram como consequência um novo gênero de vida
que objetiva a melhoria para a vida além-túmulo. A ascensão
moral que atribuímos à Doutrina de amor legada por Sócrates.
A seguir, abriu-se espaço para perguntas e respostas.
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vejam o pdf da apresentação
resumida acima -
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vejam o vídeo da apresentação de Luiz Fernando
Bandeira de Melo -
Seguiu-se
algumas palavras de Nadia Luz Lima, que trouxe informes
sobre publicações acadêmicas relacionadas com estudos
acadêmicos, e as novas parcerias que a LIHPE está formatando
para atender ao projeto “Coleção Espiritismo
na Universidade“.
A seguir, às 10h15, foi realizada mais uma sessão
de Autógrafos com Luiz Fernando Bandeira de Melo (Obras de sua
autoria).
A
partir de 10h45, Elton Rodrigues e Carolina
Machado (Associação de
Física e Espiritismo da Cidade do Rio de Janeiro), trouxeram
o trabalho “Ensaio sobre as anotações do Dr.
Kerner com respeito aos fenômenos psíquicos da Sra. Frederica
Hauffe“. Na apresentação, Elton Rodrigues,
referenciou e esclareceu sobre a Associação de Física
e Espiritismo da Cidade do Rio de Janeiro, esclareceu que foram
estudar Gabriel Delanne, e em uma de suas obras que
resgatava a história do espiritismo na Alemanha descobriu estudos
realizados pelo Dr. Justinus Kerner com a médium
Frederica Hauffe, que acabou se tornando o foco do
presente estudo. Nos escritos do Dr. Kerner encontramos trechos que
sugerem fenômenos mediúnicos. Apresentou a biografia de
Justinus Kerner, que estudou magnetismo animal, e de
Frederica Hauffe. Apresentou a obra em que foi realizado
o estudo. Destacou o método, e metodologia e a forma que o estudo
foi realizado, assim como a final apresentou os resultados. Comentou
que o objetivo da presente exposição é levar as
pessoas a terem interesse de conhecer e analisar a obra. Por conta disso,
trechos destacados da obra foram confrontados com conhecimento doutrinário
espírita. Foi possível observar vários momentos
em que os relatos descrevem fenômenos semelhantes àqueles
classificados como mediúnicos pela Doutrina Espírita,
em Allan Kardec e Lamartine Palhado Jr.
Fala sobre a médium comentar sobre contato com sua avó
Schmidgall falecida, na forma física, mas com
atributos diferentes. Foi percebido que moléstias e alguns objetivos
tinham a capacidade de facilitar a produção de fenômeno
mediúnico. Concluiu, do estudo, diversos casos sugestivos de
fenômenos mediúnicos e fenômenos anímicos
(telepático, psicossensoriais e psicodissociação).
Ao final apresentou as referências que orientaram e permitiram
a aprofundação das análises do livro. Percebe-se
que dentro do livro, o seu autor fala em questões morais. A seguir,
abriu-se espaço para perguntas e respostas.
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vejam o pdf da apresentação
de Elton Rodrigues resumida acima -
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vejam o vídeo da apresentação de Elton Rodrigues
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Às
11h25, Eric Vinícius Ávila e Leandro
Santos Franco Aguiar (AME-MG),
apresentaram o trabalho; “Cesare Lombroso: da biografia à
transição paradigmática“. Em sua fala
Eric Vinícius Ávila, iniciada na leitura
de um trecho sobre Charles Richet da Obra “Crônicas
de Além Túmulo” de Humberto de Campos, psicografia
de Chico Xavier. O objetivo do trabalho é conhecer a obra de
Lombroso e refletir sobre nosso processo de mudanças (comportamentais).
O Espiritismo não consegue se alicerçar apenas no campo
da ciência ou da filosofia, mas precisa também adentrar
para o campo da moral. Tratou das revoluções científicas.
Fica claro que não basta o acúmulo de evidências,
já que as mudanças esbarram no campo pessoal. Trouxe um
trecho de um comentário de Gabriel Delanne sobre
Cesare Lombroso. Fez uma larga biografia do italiano.
Destaca que Césare teve uma formação materialista
e se tornou agnóstico, muito embora seu pai tivesse origem judia.
Apresentou fatos da vida do biografado que o levaram a tomar determinadas
decisões, inclusive, uma tentativa de suicídio. Mostrou
os interesses e algumas pesquisas realizadas por Césare
(Frenologia), suas críticas e as consequências dessas pesquisas.
Demonstrou a mudança comportamental de Lombroso
em relação ao Espiritismo: do ceticismo, ao estudo e as
conclusões que produziu em relação aos fenômenos
mediúnicos. Contou sobre o convite que recebera para estudar
Eusápia Palladino, mas que inicialmente recusara.
Falou sobre seu arrependimento das críticas contumazes à
Doutrina Espírita. Posteriormente, em comissão, passaram
a estudar a médium Eusápia Palladino
e seus fenômenos psíquicos. Escreveu a obra “Ricerche
Sul Fenomeni Ipnotici e Spiritici“, onde traz seu depoimento
sobre sua mudança em relação ao Espiritismo e a
sua pesquisa. Ficou evidente de que houve uma mudança comportamental
em Césare Lombroso, e é isso que se concluiu. A seguir,
abriu-se espaço para perguntas e respostas.
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vejam o pdf da apresentação
de Eric e Leandro resumida acima -
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vejam o vídeo da apresentação de Eric Vinícius
Ávila -
Antes de finalizado os trabalhos, Isabel Vitusso (Jornal
Correio Fraterno) trouxe alguns comentários sobre Comunicação
Social e os trabalhos do EnLIHPE. Comentou sobre a
qualidade dos trabalhos: a qualidade de análise e síntese
que novos trabalhos vem apresentando. A possibilidade de novas produções.
Salientou sobre o apoio que o Jornal Correio Fraterno fez e ainda faz,
e que continuará fazendo, em favor da Doutrina Espírita
e do trabalho acadêmico relacionado com o Espiritismo.
Antes, ainda da finalização do evento,
o Coordenador do presente EnLIHPE, Jáder Sampaio
trouxe as informações da Assembléia Presencial,
e do próximo EnLIHPE que irá se realizar em 24
e 25 de agosto de 2019, em Fortaleza/CE, Com o tema: “Kardec:
150 anos depois“.
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O encontro contou com a inscrição de
cerca de 150 pessoas, e a participação de mais de 100
pessoas, entre inscritos, participantes, equipes técnicas e organização
acompanhando pessoalmente o evento, e várias outras acompanhando
e comentando os acontecimentos via página da internet da LIHPE,
e-mail e página do grupo no FACEBOOK.
- vejam no link Galeria de Fotos do evento no facebook - clique
aqui
Fonte: http://www.lihpe.net/wordpress/?p=1790




