Introdução
Ainda nos dias de hoje este tema gera muita polêmica
em nosso meio, surgindo naturais divergências de opiniões,
quando esse assunto entra na pauta das discussões de nós,
os espíritas. Intransigência, intolerância e
falta de compreensão é o que se vê quase como
regra geral, pois a maioria de nós ainda não conseguiu
vislumbrar que existe o outro lado da moeda. Falta a muitos a capacidade
de ver essas pessoas como irmãos em doloroso estágio
evolutivo. Não percebem que o sofrimento deles, quando há,
é tanto que, em alguns casos, tiram-lhes a vontade de viver.
Quantos, propositadamente, não abandonaram a vestimenta carnal,
como fuga ao insuportável preconceito de que sofrem? E os
que se isolam, entre quatro paredes, para evitar o contato com a
sociedade que os repelem como se estivesse diante de uma doença
altamente contagiosa.
É importante esclarecermos que a partir de 1973 a Associação
Americana de Psiquiatria baniu da lista de doenças mentais
a homossexualidade e, em 1990, a Organização Mundial
de Saúde, também o faz, em razão disso não
mais se usa o termo homossexualismo, mas homossexualidade, porquanto
o sufixo “ismo” é relacionado a patologias (MOREIRA,
2012, p. 64). Só manteremos o termo antigo nas citações
de terceiros, mas gostaríamos que você, caro leitor,
levasse isso em consideração.
Como ouvimos várias pessoas dizendo que Allan Kardec (1804-1869)
não fala nada sobre o assunto, esse foi o motivo que nos
incentivou a primeiro pesquisá-lo em suas obras, queríamos
ver qual seria mesmo a realidade. Embora muitos, com certeza, não
saibam que, mesmo sem falar especificamente sobre esse assunto,
ele disse algo a esse respeito. Entretanto, como a maioria de nós
espíritas só lê, no máximo, o tal do
“Pentateuco” kardequiano, dificilmente irá se
encontrar a opinião do codificador do Espiritismo, pois somente
na Revista Espírita, que não é considerado
parte dele, é que Kardec faz uma abordagem ao tema.
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