* - para
acessar o artigo em pdf - clique aqui
- És mestre em Israel e
ignoras essas coisas?
"O
que existe, já havia existido:
o que existirá, também já existiu"
(Ecl 3, 15).
"Eu era
um jovem de boas qualidades
e tive a sorte de ter uma boa alma,
ou melhor, sendo bom,
vim a um corpo sem mancha"
(Sb 8, 19).
"Porque
nós somos de ontem
e nada sabemos..".
(Jó 8, 9).
Introdução
O que temos observado e que achamos
muito interessante é que as pessoas que não acreditam
na reencarnação fazem de tudo para retirar essa idéia
da Bíblia, como se isso, por si só, fosse resolver a questão.
Pressupõem, ingenuamente, que se a Bíblia não disser
nada sobre a reencarnação, ela não pode existir.
Já temos falado, e por várias vezes, que a Bíblia
não é um compêndio de Ciência, por isso não
podemos determinar a existência ou não de qualquer uma
das leis naturais com base em suas páginas. Para nós a
reencarnação é uma questão de lei natural,
não tendo nada a ver com religião como a querem levar
a esse campo seus contraditores, para daí apresentarem a Bíblia
como prova de sua não existência. Nosso objetivo será
provar o contrário.
Após retirarem, mudarem ou interpretarem
de forma equivocada e tendenciosa algumas passagens, arrematam categóricos:
não está lá. Isso satisfaz, evidentemente, aos
que aceitam tudo sem questionar e aos que, subjugados pela liderança
religiosa, não ousam contestá-la, esquecendo-se de que
somente "onde se acha o Espírito do Senhor aí existe
a liberdade". (2Cor 3,17).
Vamos analisar uma das passagens que
causa maior polêmica entre os anti-reencarnacionistas de carteirinha,
ou seja, os cristãos fundamentalistas.
O texto em
exame
A passagem está em João
capítulo 3, versículos de 1 a 12, leiamos:
1. Havia, entre os fariseus, um homem
chamado Nicodemos, um notável entre os judeus. 2. à
noite ele veio encontrar com Jesus e lhe disse: "Rabi, sabemos
que vens da parte de Deus como mestre, pois ninguém pode fazer
os sinais que fazes, se Deus não estiver com ele". 3.
Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade, te digo: quem
não nascer de novo não pode ver o Reino de
Deus". 4. Disse-lhe Nicodemos: "Como pode um homem nascer,
sendo velho? Poderá entrar segunda vez no seio de sua mãe
e nascer?" 5. Respondeu-lhe Jesus: "Em verdade, em verdade,
te digo: quem não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no Reino de Deus. 6. O que nasceu da carne
é carne, o que nasceu do Espírito é espírito.
7. Não te admires de eu te haver dito: deveis nascer
de novo. 8. O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído,
mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece
com todo aquele que nasceu do Espírito" 9. Perguntou-lhe
Nicodemos: "Como isso pode acontecer?" 10. Respondeu-lhe
Jesus: "És mestre em Israel e ignoras essas coisas? 11.
Em verdade, em verdade, te digo: falamos do que sabemos e damos testemunho
do que vimos, porém não acolheis o nosso testemunho.
12. Se não credes quando vos falo das coisas da terra, como
crereis quando vos falar das coisas do céu?"
(Bíblia de Jerusalém).
O realce aos termos dos versículos
3 e 7, é nosso, já que devemos destacar isso mais à
frente.
A Teologia
Católica
A polêmica instala-se por conta
do termo grego anóthem, que tanto pode ser entendido como "de
novo" quanto "do alto". Isso é um prato cheio
para que os teólogos tirem dessa passagem a idéia da reencarnação,
para introduzir a idéia do batismo.
Uma das traduções que
destacamos é a da Bíblia de Jerusalém, pelo motivo
dela ter sido elaborada por uma equipe de tradutores católicos
e protestantes. Nela lemos a seguinte explicação: "João
emprega um termo grego, anóthem, que significa também
‘do alto’ (cf. 3, 7.31). Esse duplo sentido não
existe na língua de Jesus e de Nicodemos". (p.
1847). Aqui vemos um golpe de morte naqueles que querem buscar nisso
um pretexto para retirar dessa passagem a idéia da reencarnação.
Vejamos o que encontramos em
outras Bíblias católicas:
Ave Maria: no v. 4
está dito "renascer", e quanto ao v. 5 explicam que
é uma alusão ao batismo.
Pastoral: apenas no
v. 3 usaram "do alto", buscam, também, relacionar essa
passagem ao rito do batismo.
Barsa: aplicaram ao
v. 3 a expressão "renascer de novo", no v. 5 "renascer"
e no 7 "nascer outra vez". Embora não falem nada sobre
batismo, implicitamente querem levar a essa idéia quando, no
v. 5, ao invés de colocar "e do Espírito", mudam
para "e do Espirito Santo". Um detalhe importante dessa Bíblia
é sua antigüidade; foi editada em 1965, do que concluímos
que nas edições mais recentes, a preocupação
de retirar a idéia da reencarnação fica mais evidente.
Santuário: Usam
no v. 3 e 5 "de novo", na explicação do v. 3,
colocam:
"O termo grego aqui empregado
é ambíguo. Tanto se pode traduzir por ‘nascer
de novo’ como por ‘nascer do alto’. Nicodemos
entende-o no primeiro sentido, como se vê pelo contexto.
Jesus, porém, reconduz a conversa ao seu caminho: os que pertencem
ao Reino, não são os que nasceram da carne e do sangue
(os descendentes de Abraão, como pensavam os judeus), mas os
que nasceram de Deus (cf. Jo 1,13). Tal nascimento realiza-se no batismo
(Jo 3,5)".
Do Peregrino: informam-nos
que Nicodemos em grego quer dizer "vitória do povo",
aliás significativo para a idéia da reencarnação.
Vozes: nos v. 3 e 7,
aplicam o "do alto", dando a seguinte explicação:
"A expressão nascer do
alto (v. 3) em grego pode se entendida também como
nascer de novo, como faz Nicodemos (v.4), no sentido de ser
concebido e dado à luz. Jesus, no entanto, fala de um novo
nascimento de Deus, da água e do Espírito Santo (v.5),
numa referência direta ao rito do batismo (cf. 1,12s)".
Aqui temos a confirmação
de que, pelo contexto, a expressão deverá ser entendida
como "nascer de novo", pois foi assim que Nicodemos entendeu,
conforme nos afirmam alguns tradutores da Bíblia. Não
adianta, para justificar o contrário, querer comparar o significado
de uma palavra colocada em textos diferentes, pois poderá muito
bem ter significados distintos, o que somente o contexto de cada uma
poderá dar a conhecer.
Quanto à questão do batismo
iremos falar mais à frente, noutro tópico.
A Teologia Protestante
Tanto a Novo Mundo, quanto a SBB e a
Mundo Cristão, utilizam o "nascer de novo". Dessa última
transcrevemos as explicações:
3:3 nascer de novo. Lit., de cima
(como em 3:31; 19:11), embora a palavra também signifique
"outra vez", "de novo" (Gl 4:9). O novo nascimento
ou regeneração (Tt 3:5) é o ato de Deus que
concede vida eterna ao que crê em Cristo. Como resultado,
tal pessoa torna-se membro da família de Deus (1 Pe 1;23)
com uma nova capacidade e um novo desejo de agradar a seu Pai celeste
(2 Co 5;17).
3:5 Quem não nascer da água
e do Espírito. Várias interpretações
têm sido sugeridas para o termo água neste versículo:
(1) Que ela se refere ao batismo como condição para
a salvação. Isto, porém, contradiz muitas outras
passagens do N.T. (Ef 2:8-9). (2) Representa o ato de arrependimento
indicado pelo batismo de João. (3) Refere-se ao nascimento
físico; assim, o versículo diria: "Quem não
nascer a primeira vez da água e a segunda vez do Espírito".
(4) Significa a palavra de Deus, como em Jo 15;3. (5) É um
sinônimo para o Espírito Santo, sendo esta a tradução:
"da água, isto é, do Espírito". Uma
verdade é clara: o novo nascimento vem de Deus através
do Espírito.
Vez por outra, recorremos a um renomado
filósofo do século XVII, já que o que afirmou ainda
prevalece em nossos dias. Agora novamente o faremos, assim leiamos:
"Admira-me bastante, pois,
a engenhosidade de pessoas, como aquelas de quem já falei,
que enxergam na Escritura mistérios tão profundos
que se torna impossível explicá-los em qualquer língua
humana e que, além disso, introduziram na religião
tantas matérias de especulação filosófica
que a Igreja até parece uma academia e a religião
uma ciência, ou melhor, uma controvérsia". (...).
"O comum dos teólogos,
todavia, entende que se devem interpretar metaforicamente aquelas
passagens em que se atribuem a Deus coisas que eles conseguem ver
pela luz natural serem incompatíveis com a natureza divina,
ao passo que tudo aquilo que escapa à sua capacidade de compreensão
se deverá aceitar à letra. Porém, se todas
as passagens daquele gênero que se encontram na Escritura
tivessem obrigatoriamente de ser interpretadas e entendidas metaforicamente,
então a Bíblia não teria sido escrita para
o povo e para o vulgo ignorante, mas unicamente para os especialistas,
designadamente os filósofos". (ESPINOSA,
1632-1677).
Aqui é interessante notar que
mais um tiro mortal é dado, dessa vez em relação
à questão de relacionar a passagem ao ritual do batismo
como condição sine qua non para a salvação,
conforme ainda podemos perceber em alguns argumentos teológicos.
A Teologia Espírita
Vamos apresentar os argumentos de um
escritor espírita sobre este assunto.
No livro "Analisando as
Traduções Bíblicas", o autor Severino
Celestino da Silva, no capítulo XVII – A
Reencarnação no Novo Testamento, ao se referir
à passagem de João 3, 1-12 (págs. 238-242), diz
o seguinte:
"Este é o texto que
tem dado mais trabalho aos exegetas que querem negar a Reencarnação.
No entanto, é o mais claro e contundente de todos, por isso,
existe um verdadeiro malabarismo por parte destes, no sentido de
obscurecer o verdadeiro e claro sentido desta passagem. Iniciamos
pelo vocábulo ’anóten’
que em grego pode significar ’de novo’
e ’do alto’".
"Nesta passagem, esse vocábulo
significa realmente ‘de novo’, porém
a maioria dos exegetas emprega o termo ‘do alto’
para justificar a sua descrença na Reencarnação.
Este malabarismo envolve também a questão gramatical
na tradução do texto, como veremos mais adiante. Colocaremos,
aqui, muitas observações e conceitos empregados, sobre
este texto, feitos por Torres Pastorino na sua
obra ‘Sabedoria do Evangelho’, com
relação ao texto grego. Concordamos plenamente com
todos os seus conceitos, razão por que o usaremos para reforçar
nossa exegese. A análise do texto hebraico é de autoria
e responsabilidade nossa".
"Muitos começam com
a afirmação de que Jesus teria dito: ‘AQUELE
QUE NÃO NASCER ‘DO ALTO’. Observe, no entanto,
que a pergunta feita por Nicodemos, em seguida, denota que ele entendeu
que Jesus falava realmente em nascer ‘de novo’
e não ‘do alto’: Como ‘pode
o homem, depois de velho, entrar pela segunda vez (duteron) no ventre
materno?’".
"Esta ambigüidade de entendimento
só acontece na língua grega, porque no hebraico, que
foi realmente a língua em que Jesus dialogou com Nicodemos,
este problema não existe. O texto é bem claro e jamais
pode significar ‘do alto’. Diz o seguinte:
(‘im lô iauled ish mimkôr ‘al lô-iukal
lirôt et-malkut haelohim’) im=se,
lô=não, iualed=incompleto do
grau qal[] do verbo ‘nolad’=nascer, ish=um
homem, mimikôr=palavra composta, formada por
mi=de + makôr=fonte de água viva, origem.
Existe a expressão hebraica ‘Mekôr chaim’
que quer dizer ‘fonte da vida’. Observe
que não existe nada referente ‘ao alto’,
no texto grego, como muitos querem se fazer entender. Assim, o Cristo
fala que aquele que não nascer em origem, no sentido de se
voltar à fonte original da vida, ou seja, nascer novamente,
‘não poderá’ (lô-iuchal=incompleto
do verbo iachôl=poder) ver o reino de Deus
(lirôt et-malkut haelohim)".
"Assim, no diálogo, a
palavra grega ‘anóten’ tem o sentido
e significado de ‘de novo’, portanto,
Jesus falava de retorno, ou seja, de Reencarnação mesmo,
como foi visto no texto hebraico".
"Lembramos, ainda, que Nicodemos
já era um cidadão de idade avançada e o Cristo
lhe fala da Reencarnação (Nascer
de Novo), como uma esperança e reconforto para ele,
mostrando-lhe que a vida não termina com a morte, nem os velhos
devem temer a morte, pois podem renascer e começar tudo novamente".
"Na seqüência, Cristo
confirma que era isso mesmo que Ele queria dizer: ‘Quem
não nascer de água (materialmente, com o corpo denso,
dado que o nascimento físico é feito através
da bolsa d’água do líquido aminiótico),
veja o cap. VII deste livro, Salmo 23 e de espírito (pneumatos),
ou seja, que adquira nova personalidade no mundo terreno, em cada
nova existência, a fim de progredir). Se Nicodemos entendeu
ao pé da letra as palavras de Jesus, o Mestre as confirma ao
pé da letra e reforça o seu ensino. Com efeito, o espírito,
ao reentrar na vida física, pode ser considerado o mesmo espírito
que reinicia suas experiências, esquecido de todo passado’".
"A questão gramatical:
No texto em grego não há artigo diante das palavras
‘água’ (ek ydatos=
de água) ‘e espírito’ (kai pneumatos),
portanto, o texto fala em nascer ‘de água e de espírito’.
Não é portanto, nascer da água do batismo, nem
do espírito, mas de água (por meio da água) e
de espírito (pela Reencarnação do espírito)".
"O primeiro versículo
do Gênesis (1:1) fala que no princípio
criou Deus os Céus e a terra. A palavra ‘céus’
em hebraico ‘Shamaim’ []- significa:
‘Carrega água’, ‘Ali
existe água’; ‘fogo e água’
que misturados um ao outro, formaram o Céus".
"Como podemos observar, tudo
começou com as águas. Água é vida e essa
era a crença geral naquela época. É lógico
que o Cristo não falava de batismo e sim de retorno através
da água. Lembramos ainda que 99% da constituição
das células reprodutoras são água".
"Daí a explicação
que segue: ‘o que nasce da carne (ek tês sarkos)
com artigo (tês) em grego, é carne’, isto é
com corpo físico, com toda a hereditariedade física
herdada do corpo dos pais; ‘e o que nasce do espírito
(ek tou pneumatos) é espírito’, ou seja, o espírito
que reencarna provém do espírito da última encarnação
com toda a hereditariedade pessoal (cármica) que traz do passado".
"E Jesus prossegue: ‘Por
isso não te admires de eu te dizer: é-vos necessário
nascer de novo’. Observe a diferença de tratamento:
‘dizer-TE’ no singular, e ‘é-VOS’
no plural, porque o renascimento é para todos, não
apenas para Nicodemos. E mais: ‘o espírito sopra
(isto é, age, reencarna, se manifesta onde quer), e não
sabes de onde veio (ou seja, sua última encarnação),
nem para onde vai (qual será a próxima)".
"’As palavras de
Jesus foram de modo a embaraçar Nicodemos, que indaga: "como
pode ser isso’? E Jesus: ‘Tu que (entre nós dois)
é Mestre de Israel, te perturbas com estas coisas terrenas?
Que te não acontecerá então, se te falar das
coisas celestiais (espirituais)?’.
"Logicamente Jesus não
podia esperar que Nicodemos entendesse as interpretações
mais profundas desse ensinamento, nem tão pouco estava querendo
ensinar-lhe o batismo, nesta passagem, como muitos querem justificar".
"Se o Cristo falava realmente
do batismo para Nicodemos, por que não o convidou a se batizar?
E por que o próprio Cristo não o batizou? Leia em João
4:2 que Cristo não batizava, quem batizava eram os discípulos.
E por que diante de tantas curas, milagres e encontros, como no da
‘Adúltera’, com ‘Zaqueu’,
com o ‘Centurião’, com a ‘Cananéia’,
Cristo nunca falou em batismo? Não seria uma oportunidade para
este convite? No entanto, sua recomendação era para
a mudança interior: ‘vai e não peques
mais para que coisa pior não te venha acontecer’".
"E Jesus conclui exemplificando:
‘como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim o Filho
do Homem será erguido da Terra’. (Veja a história
da serpente erguida no deserto no Livro Números – vicrá-
21:4-9)"
"Aqui o Cristo prevê o
que aconteceria a Ele, ou seja, a sua morte na cruz para que hoje
seja erguido na terra como filho de Deus e dirigente de toda a nação
terrena".
"Paulo, em sua epístola
a Tito 3:4-5, interpreta bem esta citação do Cristo:
‘Mas quando apareceu a vontade de Deus, nosso salvador,
e o seu amor para com os homens, não por obras da justiça
que tivéssemos feito, mas segundo sua misericórdia nos
salvou pelo lavatório da reencarnação, e pelo
renascimento de um espírito santo’".
"Aqui, Paulo deixa bem claro
que Deus nos salvou não porque o tivéssemos merecido,
mas por Sua misericórdia, servindo-se da reencarnação
a qual é um ‘lavatório’
(de água) e um ‘renascimento do espírito’.
A palavra grega do texto a que se refere Paulo é ... (a palavra
está em grego que não temos condições
de reproduzir) ‘Palingenesia’ –
isto é, ‘renascimento’, ‘Novo
Nascimento’, REENCARNAÇÃO".
(os grifos são do original)
Deixa-nos Severino Celestino, e com
clareza meridiana, um posicionamento sereno e equilibrado diante da
passagem analisada, embora saibamos que não irá agradar
aos fundamentalistas. Mas como já o dissemos, não é
este o nosso objetivo.
Os fariseus e o povo: o que pensavam?
Como sempre argumentam que naquela época
não existia a idéia conceitual da reencarnação,
devemos, por amor à verdade, apresentar as provas de que isso
não tem fundamento.
A primeira questão é que,
se nós formos buscar a palavra "reencarnação"
na Bíblia, não a encontraremos. Entretanto, facilmente
encontraremos uma outra terminologia que é usada em algumas situações,
com o conceito de reencarnação, e que é a palavra
"ressurreição".
Quatro são as idéias
que eles tinham sobre ressurreição:
1ª - alguém voltar a viver
na condição de espírito;
2ª - reviver no mesmo corpo físico;
3ª - voltar a viver num outro corpo
físico; e
4ª - ressurgir em espírito
e nessa condição influenciar uma pessoa.
Se alguém quiser mais informações
sobre essas quatro idéias, poderá ver em nosso texto "Ressurreição
– o significado bíblico", disponível na Internet
pelo site do GAE, no link: http://www.apologiaespirita.org
Para exemplificar a terceira idéia,
podemos citar a narrativa de Lucas (9,18-20) sobre o episódio
em que Jesus pergunta aos seus discípulos o que o povo pensava
dele, ao que lhe responderam: "Alguns dizem que tu és João
Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que tu és
algum dos antigos profetas que ressuscitou". Pela resposta podemos
claramente perceber que é exatamente a idéia da reencarnação,
pois Jesus só poderia ser Elias, Jeremias (Mt 16,14) ou algum
outro dos antigos profetas, se aceitassem essa possibilidade de ressurreição
no sentido de reencarnação, termo, inclusive, usado no
texto. A prova que não entendiam bem sobre a reencarnação,
aqui com o nome de ressurreição, é pelo fato de
terem citado João Batista, que foi contemporâneo de Jesus.
Considerando que nos foi informado,
ou seja, que Nicodemos era um fariseu, não podemos deixar de
falar dessa classe política e religiosa que existia àquela
época. Nós buscaremos esta informação no
historiador da época, chamado Flávio Josefo. Suas obras
históricas são: "Antiguidades Judaicas", "Guerra
dos Judeus" e "Resposta de Flávio Josefo a Ápio",
que, em nosso caso, fazem parte do livro História dos Hebreus.
E a título de informação
transcrevemos:
"Quem foi Flávio Josefo? Foi
ele foi um escritor e historiador judeu que viveu entre 37 a 103 d.C.
Seu pai foi sacerdote e sua mãe descendia da casa real hasmoneana.
Portanto, Josefo era de sangue real. Ele foi muito bem instruído
na vasta cultura judaica, bem como na grega. Falava perfeitamente
o latim – o idioma do Império Romano, e também
o grego. Logo cedo na vida demonstrou intenso zelo religioso, filiando-se
ao grupo religioso dos fariseus". (...) (p. 41).
Descrevendo a maneira de viver dos fariseus, coloca:
(...) Eles julgam que as almas são
imortais, que são julgadas em um outro mundo e recompensadas
ou castigadas segundo foram neste, viciosas ou virtuosas; que umas
são eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida e
que outras voltam a esta. (...) (p. 416). (grifo nosso).
E quando alguns soldados, derrotados
na guerra contra os romanos, pensavam em suicidarem-se, alerta-os dizendo:
(...) Não sabeis que Ele difunde
suas bênçãos sobre a posteridade daqueles, que
depois de ter chamado para junto de si, entregam em suas mãos,
a vida, que, segundo as leis da natureza. Ele lhes deu e que suas
almas voam puras para o céu, para lá
viverem felizes e voltar, no correr dos séculos, animar corpos
que sejam puros como elas e que ao invés, as almas
dos ímpios, que por loucura criminosa dão a morte a
si mesmos são precipitados nas trevas do inferno; (...) (pg.
600). (grifo nosso)
Assim, podemos dizer que os fariseus
acreditavam numa ressurreição em outro corpo. Ora, isso
não é nada mais nada menos do que aquilo que entendemos
por reencarnação.
Podemos ainda, para corroborar a afirmativa
de que a reencarnação era crença do judaísmo,
trazer para comprovação os conhecimentos contidos na Cabala,
que, segundo seus estudiosos, é o significado mais profundo e
oculto da Torá, ou Bíblia.
O Rabino Philip S. Berg,
em "Reencarnação as Rodas da Alma",
diz que:
"A palavra hebraica para reencarnação
é Guilgul Neshamot, que literalmente quer dizer ‘roda
da alma’. É para esta vasta roda metafísica, com
sua coroa constelada de almas, como estrelas nas bordas de uma galáxia,
que devemos dirigir nosso olhar, se desejamos ver além da aparência
da inocência punida e da maldade recompensada. Guilgul Neshamot
é uma roda em constante movimento e, ao girar, as almas vêm
e vão diversas vezes, num ciclo de nascimento, evolução
e morte e novo nascimento. A mesma evolução ocorre com
o corpo no decorrer de uma única vida. Ocorre o nascimento,
o crescimento das células, a paternidade e a morte –
novos corpos produzidos pelos antigos, dando assim continuidade à
forma física. É sempre um pai que concede sua semente
para que haja continuidade, num processo sem fim". (pg. 17-18).
Severino Celestino, citando o Rabino
Shamai Ende, diz:
"Sobre a Reencarnação,
apresentamos, aqui, para ilustrar, o depoimento do Rabino Shamai Ende,
colaborador da Revista Judaica ‘Chabad News’,publicação
de Dez a Fev 1998. Vejamos o texto na íntegra: ‘O
conceito de Guilgul (Reencarnação) é originado
no judaísmo, sendo que uma alma deve voltar várias vezes
até cumprir todas as mistsvot [] da Torá. Além
disso, cada alma tem uma missão específica. Caso não
tenha cumprido a sua, a alma deve retornar a este mundo para preencher
tal lacuna. Somente pessoas especiais sabem exatamente qual é
sua missão de vida. (...)’" (DA SILVA,
pg. 161) (grifo do original).
Disso podemos concluir que Nicodemos,
sendo um fariseu, fatalmente acreditava que alguém poderia voltar,
entretanto, não sabia como isso poderia acontecer, razão
daquelas suas perguntas a Jesus.
Jesus estaria pregando o Batismo?
Um fato incontestável é
que Jesus nasceu, viveu e morreu como judeu. Também não
há como discutir que o batismo não era prática
ritualística do judaísmo, que era a da circuncisão,
ato a que, segundo narrativa no Evangelho, o próprio Jesus
foi submetido.
Curioso é que, dos quatros evangelistas,
somente João diz algo sobre o batismo. Primeiro, ele afirma que
Jesus batizava (Jo 3, 22), entretanto, logo depois contradiz o que disse
antes dizendo que Jesus mesmo não batizava, mas sim os seus discípulos
(Jo 4, 2). O que nos deixa desconfiados, pois sabemos que os Evangelhos
foram escritos em grego, exceto o de Mateus que foi em aramaico, e que
João era iletrado, portanto, sem instrução (At
4, 13), como então poderia ter escrito o Evangelho que lhe é
atribuído? Por isso, não é absurdo supor que, na
verdade, outra pessoa o escreveu, fato que nos coloca diante também
da possibilidade de que os textos poderiam ter sido ajeitados aos interesses
dogmáticos daquela época. Todavia, a contradição
pode ser apenas aparente, já que o batismo de Jesus não
era o mesmo batismo de João Batista. Sobre isso encontramos uma
passagem que diz: "Eu, na verdade, vos batizo em água, na
base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é
mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas;
ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo."
(Mt 3,11)
Outrossim, considerando que
Nicodemos "era membro do Conselho supremo chamado Sinédrio"
(Ave Maria, p. 1386), portanto, entendedor das práticas ritualistas
dos judeus, como explicar que "ignorava essas coisas" se Jesus
tivesse se referindo ao batismo? Pois se fosse mesmo isso, a ele era
muito fácil de entender. Se ignorava é porque, na verdade,
era sobre outra coisa que Jesus lhe falava. Pelos seus questionamentos
a Jesus, fica claro que era algo mais profundo do que um simples batismo,
teria que ser de um assunto mais complexo que esse. Com certeza, a reencarnação
é algo assim, já que a maioria das pessoas por "ignorar
essas coisas", não sabe exatamente como pode "um homem
velho voltar a nascer de novo, porventura irá entrar no ventre
de sua mãe para nascer pela segunda vez?" A esses Jesus
replicaria, como já o fizera antes: "Não te admires
disso".
Não obstante tudo isso, se o
batismo nas águas fosse mesmo uma prática recomendada
aos Cristãos, porque Paulo não deu ênfase a isso?
Ele mesmo o responde:
"Para que ninguém diga que
fostes batizados em meu nome. É verdade, batizei também
a família de Estéfanas, além destes, não
sei se batizei algum outro. Porque Cristo não me enviou
para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria
de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo".
(1Cor 1, 15-17).
Informa-nos L. Palhano
Jr.:
(...) A água tinha grande simbolismo
entre os hebreus; tanto o espírito como as água são
fecundos (Is 32:15; 44:3; Ez 36:25-27); o espírito é
coisa que Deus envia e derrama, como água (Jl 3:1-2; Zc 12:10).
Água era uma expressão para indicar influências
boas ou más, como no (Sl 1:3): "Pois será como
a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual
dá o seu fruto na estação própria, e cujas
folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará".
(...) (p. 403).
Daí a necessidade de pegá-la
pelo seu simbolismo e não no sentido literal como querem se apegar
os que não acreditam na reencarnação. Ademais,
se compararmos os versículos 5 e 6 e a respectiva conclusão
no 7, veremos que não poderá ser mesmo do batismo que
Jesus falava. Existe uma evidente relação entre o versículo
5 e o 6, especificamente nas expressões "nascer da água"
com "nasceu da carne é carne" e "nasceu do Espírito"
com "nasceu do Espírito é espírito".
Essa relação nada tem a ver com batismo e nem mesmo com
renovação espiritual como acreditam muitos outros, já
que Jesus finaliza taxativo: "Não te admires de eu te haver
dito: deveis nascer de novo" (v. 7). Significando
que o homem fisicamente descende do homem, e o Espírito provém
de Deus.
Por outro lado, sendo a reencarnação
coisa da terra explicaria, indubitavelmente, essa fala final de Jesus
a Nicodemos: "Se não credes quando vos falo das coisas da
terra, como crereis quando vos falar das coisas do céu?"
(v. 12).
João
Batista era Elias reencarnado?
Após tecer comentários sobre o diálogo
entre Jesus e Nicodemos, Allan Kardec conclui:
Se o princípio da reencarnação,
conforme se acha expresso em S. João, podia, a rigor, ser interpretado
em sentido puramente místico, o mesmo já não
acontece com esta passagem de S. Mateus, que não permite equívoco:
ELE MESMO é o Elias que há de vir. Não há
aí figura, nem alegoria: é uma afirmação
positiva. (...) (ESE, Capítulo IV).
Igualmente julgamos oportuno abordar
essa questão, já que é um dos argumentos que reforçam
a reencarnação, pois aqui irá nos ajudar a fortalecer
a convicção que essa idéia era, de fato, não
somente comum à época de Jesus, como também está
presente no texto bíblico.
Primeiramente citaremos a passagem em
que Jesus faz o reconhecimento público da identidade de João
Batista, narrado em Mt 11,7-14:
"7. Os discípulos de João
partiram, e Jesus começou a falar às multidões
a respeito de João: ‘O que é que vocês foram
ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8. O que vocês
foram ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas aqueles que vestem
roupas finas moram em palácios de reis. 9. Então, o
que é que vocês foram ver? Um profeta? Eu lhes afirmo
que sim: alguém que é mais do que um profeta. 10. É
de João que a Escritura diz: 'Eis que eu envio o meu mensageiro
à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti'.
11. Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram,
nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor
no Reino do Céu é maior do que ele. 12. Desde os dias
de João Batista até agora, o Reino do Céu sofre
violência, e são os violentos que procuram tomá-lo.
13. De fato, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João.
14. E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias
que devia vir. 15. Quem tem ouvidos, ouça’".
A profecia citada por Jesus é
a de Malaquias (3,1), que mais à frente identifica quem será
esse mensageiro:
"23.Vejam! Eu mandarei
a vocês o profeta Elias, antes que venha o grandioso
e terrível Dia de Javé. 24. Ele há de fazer que
o coração dos pais voltem para os filhos e o coração
dos filhos para os pais; e assim, quando eu vier, não condenarei
o país à destruição total".
Quando o anjo anuncia a Zacarias que
sua esposa estava grávida, diz ele sobre o menino:
"Ele reconduzirá muitos
do povo de Israel ao Senhor seu Deus. Caminhará à frente
deles, com o espírito e o poder de Elias,
a fim de converter os corações dos pais aos filhos e
os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor
um povo bem disposto". (Lc 1, 16-17).
Além de fechar com a citação
final da profecia de Malaquias ainda é sintomática a expressão
"com o espírito e o poder de Elias", compreensível
aos que acreditam na reencarnação.
Aqui merecem destaque dois versículos dessa citação
que estamos analisando.
O primeiro é aquele que diz "de
todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que
João Batista". Analisando-o chegamos à conclusão
que se não houver uma etapa anterior em que as pessoas possam
evoluir, João Batista foi um ser privilegiado, pois já
veio "maior que todos os homens", quer dizer, mais
evoluído que todos os homens, fato que contraria o princípio
de que "Deus não faz acepção de pessoas"
(At 10,34). No entanto, seria plenamente coerente, quando se aceita
a reencarnação como um fator de progresso do Espírito.
Por outro lado, completa Jesus: "No entanto o menor no reino
dos céus é maior que ele" (v. 11), o que dentro
de uma justiça divina só poderá ocorrer se houver
a todos nós a possibilidade de evoluir em outras vidas.
O segundo é o que o segue, onde
está dito: "Desde os dias de João Batista até
agora, o Reino do Céu sofre violência...". Importante
esta afirmativa, mas ela só caberia se João Batista tivesse
vivido antes, já que não há sentido algum dizer
isso citando uma pessoa contemporânea. Explicando melhor, poderíamos
dizer que "desde o tempo em que João Batista viveu como
Elias o Reino dos Céus sofre violência...", dessa
forma ficará perfeitamente lógica a afirmativa, coisa
que não acontecerá, se não aceitarmos que João
Batista seja a reencarnação do profeta Elias, e também
ficará de acordo com a afirmativa de Jesus: "João
é Elias que devia vir" (v. 14).
Parece que Jesus prevendo a incredulidade
de muitos alerta: "Ouça quem tem ouvidos de ouvir",
ou seja, se quiser ouvir o que estou afirmando é exatamente isso:
João Batista é o Elias reencarnado.
A outra passagem é aquela em que Jesus sobe ao monte Tabor e
se transfigura (Mt 17, 1-9), ocasião em que aparecem os espíritos
de Moisés e Elias e conversam com Jesus. Na seqüência
(10-13) é narrada a dúvida dos discípulos, pois
ao verem Elias ficaram preocupados em relação à
profecia a respeito de sua volta (Ml 3, 1.23-24). Explica-lhes Jesus:
"Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu digo
a vocês: Elias já veio, e eles não
o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram..."
(v. 11-12). A essa explicação "os discípulos
compreenderam que Jesus falava de João Batista" (13).
Não precisaria ser mais óbvio.
Entretanto, algumas pessoas, dando mais
crédito ao discípulo do que ao Mestre (Mt 10,24), alegam,
contra a crença na reencarnação, que João
Batista afirmou não ser Elias, mas obviamente, pois é
aqui que se aplica o "Porque nós somos de ontem e nada
sabemos" (Jó 8,9).
Considerando que "Deus é
Espírito" (Jo 4,24), "O espirito é
que dá a vida a carne não serve para nada" (Jo
6,63) e "a carne e o sangue não podem herdar o Reino
dos céus" (1Cor 15,50), não podemos aceitar
que Elias tenha sido arrebatado de corpo e alma ao céu. Fatalmente,
aconteceu a ele, como acontecerá a todos nós, o "e
ao pó retornarás" (Gn 3,19). Estamos adiantando
aos que poderiam justificar que João Batista não poderia
ser Elias reencarnado, já que Elias não ultrapassou o
portal da morte.
Conclusão
Ainda poderemos colocar que, para algumas
situações que passamos nessa vida, somente se acreditarmos
na reencarnação é que encontraremos explicação
satisfatória. Muitas das nossas dores e sofrimentos são
provenientes de erros pretéritos, fato não ignorado na
época de Jesus, já que supunham que uma pessoa poderia
vir com certa deformidade em virtude do passado delituoso. Essa crença
é perfeitamente percebida quando, ao verem um cego de nascença,
os discípulos perguntam a Jesus: "Quem foi que pecou
foi ele ou seus pais?" (Jo 9,2).
Jesus faz uma relação
clara entre nossos erros (pecados) e situações dolorosas,
ao dizer a um doente que acabara de curar: "não peques
mais, para que te não aconteça coisa pior" (Jo
5, 14). Somente haverá sentido em se falar em carma, para nós
espíritas Lei de ação e reação, se
houver a crença na reencarnação, já que
ambos os conceitos estão intimamente ligados.
Poderemos ainda acrescentar que é
pela reencarnação que todos nós um dia estaremos
no reino dos Céus, uma vez que esse é o destino fatal
de todos nós, já que é do desejo de Deus que todos
os homens sejam salvos (1Tm 2,4). Certa feita, Jesus disse aos chefes
dos sacerdotes e anciãos do povo "... Eu garanto a vocês:
os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de
vocês no Reino dos Céus" (Mt 21,31), demonstrando
claramente que apesar de tudo, eles um dia estariam no Reino dos Céus,
apenas que os detestáveis cobradores de impostos e as desprezadas
prostitutas chegariam antes deles.
André Luiz,
pela psicografia de Chico Xavier, disse, ao comparar
a encarnação do espírito num corpo físico,
que é o mesmo que estarmos numa prisão. Então,
lembramo-nos de um final de uma fala de Jesus em que afirma: "...
você irá para a prisão. Eu garanto: daí você
não sairá, enquanto não pagar até o último
centavo" (Mt 5, 25-26). Além do progresso, essa é
também mais uma utilidade da reencarnação, ou seja,
por ela todos nós, quitamos os nossos débitos perante
as leis divinas. Aliás, preferimos a isso que irmos irremediavelmente
para um inferno eterno, onde nunca conseguiremos pagar nossos débitos,
situação em que a Justiça humana seria muito melhor
que a divina.
Concluímos seguramente, sem nenhum
medo de estarmos errados, que realmente a passagem analisada diz da
reencarnação. O contexto histórico nos dá
conta de que a reencarnação era crença no judaísmo,
embora com o nome de ressurreição. A grande dificuldade
é que encontramos uma palavra com vários sentidos, daí
a grande confusão que causa a alguns, principalmente àqueles
que não querem, por razões dogmáticas, aceitar
a reencarnação como uma realidade.
Acreditamos que, por motivos de interesses
de poder e de dinheiro, a liderança religiosa atual não
faz a mínima questão de esclarecer essas dúvidas,
pois estariam colocando em risco esses os seus interesses. Mas estamos
confiantes em que, muito mais cedo do que querem alguns, a ciência
dará o veredicto definitivo, quando provar categoricamente a
lei natural da reencarnação, única coisa que pela
qual podermos explicar inúmeros questionamentos humanos, e é
por ela que a Justiça de Deus se manifesta em plenitude.
Sobre isso o leitor encontrará informações no endereço:
http://geocities.yahoo.com.br/existem_espiritos
Referências Bibliográficas
BERG, P, Rabino. Reencarnação –
As Rodas da Alma, São Paulo: Centro de Estudos da Cabala, 1998.
DA SILVA, S. C. Analisando as Traduções
Bíblicas. João Pessoa-PB: Idéia, 2001.
ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político.
São Paulo: Martins Fontes, 2003.
JOSEFO, F. História dos Hebreus. Rio de Janeiro:
CPAD, 7ª ed. 2003.
PALHANO Jr. L. Teologia Espírita. Rio de Janeiro:
CELD, 2001.
A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão,
1994.
Bíblia Sagrada, 68ª ed. São Paulo:
Ave Maria, 1989.
Bíblia Sagrada, Edição Barsa.
Rio de Janeiro: Catholic Press, 1965.
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral.
43ª imp. São Paulo: Paulus, 2001.
Bíblia Sagrada, 37a. ed. São Paulo: Paulinas,
1980.
Bíblia Sagrada, 5ª ed. Aparecida-SP: Santuário,
1984.
Bíblia Sagrada, 8ª ed. Petrópolis-RJ:
Vozes, 1989.
Bíblia de Jerusalém, nova edição.
São Paulo: Paulus, 2002.
Bíblia do Peregrino. São Paulo: Paulus,
2002.
Bíblia Sagrada, Brasília-DF: Sociedade
Bíblica do Brasil, 1969.
Escrituras Sagradas, Tradução do Novo
Mundo das,. Cesário Lange-SP: STVBT
Fonte:
http://www.apologiaespirita.org
* - para
ler em pdf - clique aqui
topo
Visitem o site do autor - Paulo da Silva Neto
Sobrinho
http://www.paulosnetos.net
Leiam outros artigos do autor
Paulo da Silva Neto Sobrinho
>
Afinal de contas, Deus perdoa?
> Ajustes aos dogmas
>
A Alma dorme no mineral?
>
Animais: as suas percepções e manifestações
espirituais
>
A aparição de Jesus depois da morte
>
A Arca de Noé
>
A aura e os chacras no Espiritismo
>
Bodas de Caná, o casamento de Jesus?
>
As cartas de Paulo sobre os homossexuais
>
Caros espíritas, apresento-lhes a Revista Espírita
>
A Ciência desmente o Espiritismo?
>
A comunicação entre os dois planos
>
Comunicação com os mortos
>
O Consolador veio no Pentecostes?
>
Contra os Desafios sobre provas da vida após morte
>
O Controle Universal do Ensino dos Espíritos - CUEE, ainda vale?
>
A Conversa de Jesus com Nicodemos
>
O corpo de Jesus ressuscitado
>
Corpo físico e Espírito: qual é o mais importante
>
Corpos incorruptos
>
Crianças de 10 anos: aborto por estupro
>
As Curas através de médiuns indignos
>
Os 10 mandamentos
>
Deus proibiu evocar-se os mortos?
>
Diante da Morte
>
“Do átomo ao arcanjo” significa que o princípio
inteligente estagiou no reino mineral?
>
E aconteceu no Sinai
>
Ecos do Passado - O paganismo no cristianismo
>
EQM: Prova da Sobrevivência da alma
>
E quanto ao Espírito não Sabes donde Vem
>
Espíritas abraçando a fé cega
>
O Espiritismo é uma religião?
>
Espírito de Pessoa Viva ao se manifestar conseguiria mudar de aparência?
>
Espírito de Verdade, quem seria ele?
>
Os Espíritos de mesmo nível evolutivo podem se substituir
uns pelos outros
>
Espíritos e médiuns não são infalíveis
>
Espíritos em Prisão
>
Os espíritos se comunicam na Igreja Católica
>
Os Espíritos Superiores e o livre-arbítrio
>
Esquecimento do passado não é apertar a tecla delete
>
Evocar os espíritos: Moisés ou Kardec?
>
Os excluídos
>
Evolucionismo e Criacionismo
>
Os fatos provam a reencarnação
>
Flávio Josefo cita Jesus?
>
A flexibilidade mediúnica permite ao médium sintonizar-se
com todos os Espíritos?
>
Fora da caridade não há salvação, a autoria
e o significado
>
Freud no divã
>
A Gravidez de Espíritos
>
Há dogmas no Espiritismo?
>
Homossexualidade na Visão Espírita
>
Imortalidade da Alma e a Bíblia
>
Imposição das mãos (o passe)
>
Incorporação por Espíritos
>
Inferno ou Purgatório?
>
Influência dos Espíritos em nossas vidas
>
Inspiração dos textos bíblicos
>
Irresponsável discriminação contra os homossexuais
(A)
>
Isso não tem base doutrinária
>
Jan Huss renasceu como D. H. L. Rivail
>
Jesus é o Espírito de Verdade
>
Jesus ficava calado?
>
Jesus na sessão espírita do Tabor
>
Jesus não é o Espírito da Verdade
>
Jesus pode ser considerado Deus?
>
Jesus teve ou não Irmãos?
>
Jesus veio cumprir a lei?
>
João Batista é mesmo o Elias?
>
Josefo, os fariseus e a reencarnação
>
Kardec e a divergência na forma de escrever o seu nome civil
>
Kardec não antecipou Darwin
>
Kardec reencarnou-se como Chico?
>
Léon Denis e Henri Sausse e as mensagens póstumas de Allan
Kardec
>
O Livro dos Espíritos e as três mudanças de posicionamento
da 1ª para a 2ª edição
>
Manifestação de Espírito no Congresso Nacional
>
Manifestação de Espírito de pessoa viva: é
possível em estado de vigília?
>
Mar Vermelho na “Arqueologia” de Ron Wyatt
>
Mas os mortos não estão proibidos de evocar os vivos
>
Materializações de Allan Kardec e de Chico Xavier
>
O Mau-Olhado na Ótica Espírita
>
Mediunidade de Incorporação
>
Mediunidade no tempo de Jesus
>
Mediunidade - percepção da Psique humana : proposição
de um novo conceito para a mediunidade
>
A Memória Genética não explica a reencarnação
>
Os milagres existem?
>
Moisés – primeiro inquisidor
>
Os mortos estariam dormindo?
>
A mulher na Bíblia
>
Nada é definitivo nas obras básicas
>
Nascer, crescer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é
a lei > frase atribuída a Allan Kardec
>
Neurocirurgião muda de opinião após vivenciar uma
EQM
>
Os nomes dos títulos dos Evangelhos designam seus autores?
>
Nos animais doentes poder-se-ia aplicar passe magnético?
>
Obsessão, processo de cura de casos graves
>
Para entender o Espiritismo - Resposta ao “parapsicatólico”
>
O Papel dos Médiuns na Comunicação
>
Pedro, tu és Papa?
>
A pena de talião no Espiritismo
>
Perdão, punição, redenção, crença
ou reencarnação?
>
O perispírito e as polêmicas a seu respeito
>
O perispírito não é fluido vital
>
Pluralidade dos mundos habitados
>
Possessão: há a posse física do encarnado?
>
Preexistência do Espírito
>
A profecia sobre a volta de Elias se realizou?
>
As provas da sobrevivência do espírito
> Quais são as Obras Básicas?
>
Qual a primeira obra espírita que deve ser lida?
>
Os quatro Evangelhos de Roustaing
>
Quem era o discípulo a quem Jesus amava?
>
A Questão do Bom ladrão
>
Racismo em Kardec?
>
A reclamação de um defunto
>
Reencarnação - Bibliografia
>
Reencarnação, a prova definitiva
>
Reencarnação e as pesquisas científicas
>
Reencarnação e a evolução humana
>
Reencarnação e o inconsciente coletivo
>
A Reencarnação é um dogma dos espíritas?
>
Reencarnação no Concílio de Constantinopla - (Orígenes
x Império Bizantino)
>
Reencarnação no contexto histórico
>
Reencarnação no Evangelho, A
>
Reencarnação no Pentateuco
>
Reencarnação x ressurreição física
e penas eternas
>
Relendo a Bíblia, revendo a teologia
>
Religião Espírita: é o que, de fato, é o Espiritismo
>
Ressurreição da Carne?
>
Ressurreição, o significado bíblico
>
Ressurreição ou Reencarnação?
>
Reunião de doutrinação (esclarecimento) de espíritos
foi recomendada na codificação?
>
Reuniões mediúnicas de desobsessão (doutrinação
ou esclarecimento de Espíritos)
>
Satanás – ser ou não ser, eis a questão
>
Segredos da supermemória
>
Será que os profetas previram a vinda de Jesus?
>
Será que Saul conversou com Samuel-espírito?
>
Os seres do invisível e as provas ainda recusadas pelos cientistas
>
Sinal combinado para confirmar contato com os mortos
>
Só a reencarnação para explicar
>
Somente Espíritos Superiores trazem-nos novas instruções?
>
Sudário: relíquia verdadeira ou falsificação
medieval
>
Teodora e as 500 prostitutas
>
Terrorismo Religioso
>
Tiptologia, a prova de uma ação mental exterior ao médium
>
Todos nós somos médiuns
>
Torre de Babel: o carro na frente dos bois
>
Tradutor, traidor
>
Trindade - o “mistério” criado por um leigo, anuído
pelos teólogos
>
Umbral, há base doutrinária para sustentá-lo
>
A vida do espírito é só no corpo físico?
Leiam também de Paulo da Silva Neto Sobrinho,
em co-autoria
Silva Neto Sobrinho, Paulo da & Silva, Vladimir
Vitoriano da
> Deuteronômio
– lei divina ou mosaica?
Visitem o site de Paulo da Silva Neto Sobrinho
>>> http://www.paulosnetos.net