Os homens demonstram sua posição
na escala evolutiva pelas decisões que tomam diante da
vida.
Em muitos a consciência
ainda não despertou para os verdadeiros valores. De posse
de liberdade relativa demonstram pouca responsabilidade. Antes
de governar, parecem governados pelos instintos.
Muitos são especialistas
na arte de multiplicar títulos e propriedades, mas no campo
afetivo afastam-se da receptividade, do compromisso. São
mestres na produção de seres-objetos. Distanciados
da consciência lúcida são ainda amantes da
poligamia. No homem mais evoluído a sexualidade é
entendida num contexto amplo, inclusive o espiritual. Vê
na sexualidade uma atividade intimamente ligada ao crescimento
pessoal, à auto-estima e à formação
de saudáveis vínculos afetivos e amorosos. Espírito
mais amadurecido percebe a sexualidade como reconstituinte das
forças espirituais pelo qual as criaturas se alimentam
mutuamente. Mesmo quando convivendo com inseguranças e
sentimentos de rejeição, nunca busca o sexo como
forma de auto-afirmação e alívio de incertezas
ou carências. Não troca sexo por companhia tentando
diminuir o vazio da solidão.
Quando o espírito, mesmo
em corpo velho, está num nível evolutivo ainda baixo,
sua consciência dorme e se torna difícil freiar instintos.
São pessoas fisiologicamente adultas mas emocionalmente
infantis.(5,6,7)
Mas, quem atirou a primeira pedra?
Analisando-se o discurso de mulheres
que se vendem de forma institucionalizada (EU-ISSO) e o silêncio
do seu comprador, concluiu-se de que a coisificação
da mulher é indispensável, para a grande cidade,
como é a lata de lixo para a família. Ela desempenharia
o papel de defesa da ordem coletiva e o da satisfação
dos impulsos recônditos dos homens. Mas, duas questões
são importantes. Como essa mulher que se vende (EU-ISSO)
vivencia sua sexualidade (EU-MULHER)? Como se sente e o que busca
o homem (EU-ISSO) ao relacionar-se sexualmente com uma mulher
que se vende?
O acesso À bibliografia
e à realidade do dia-a-dia revelaram, na pesquisa(2), que
existe uma contradição muito grande em torno da
prostituição, pois, ao mesmo tempo em que ela é
recriminada como algo nocivo à sociedade, é tolerada,
servindo como importante estabilizador social, que cumpre várias
funções. No entanto, o discurso das mulheres revelou
a crença de uma atividade profissional como outra qualquer
onde a busca do dinheiro é o mais importante.
Por outro lado o sonho da constituição
de uma família apareceu neste discurso.
É válida a premissa
de que as circunstâncias socio-econômicas e morais
estabelecidas pela sociedade criam e recriam os espaços
do vir-a-ser prostituta. O homem deve ser visto como um co-autor,
co-responsável por esse modo milenar de vivenciar uma das
inúmeras facetas da sexualidade humana. No momento em que
estamos escrevendo estas linhas, há um destaque especial
na novela da TV sobre essa questão, demonstrando a contradição
referida anteriormente. Ao mesmo tempo em que ela é recriminada
como algo nocivo à sociedade, é também tolerada
(casas de tolerância), até no "horário
nobre".
Nas incursões a estas "casas"
os pedagogos e psicólogos pesquisadores verificam que os
homens (casados) se sentem pouco à vontade em dar entrevistas,
no sentido de oferecer respostas à segunda questão
acima (o que busca ao relacionar-se?)
Se não existisse o estigma,
quanto ao tipo de atividade, muito pouco esta se diferenciaria
das atividades de outros profissionais. O que existe é
uma dicotomia corpo x mente, em que o primeiro assume um valor
de troca e o segundo se consome no esquecimento. Ela procura um
distanciamento de si mesma, do SER-MULHER-MÃE, da prostituta.
Não há unificação do ser. Ao buscar
relacionar-se desta forma, intenciona preservar-se enquanto um
ISSO, enquanto um objeto, que possui seu valor de troca, que sente
prazer apenas na obtenção do dinheiro e que deve
ser preservado e cuidado. O dinheiro legitima essa forma de ser
no mundo e a dicotomização do lado impessoal, profissional
e afetivo permite apenas a meta de desempenhar ou representar
no palco sua função da melhor forma possível.
Ela precisa manter seu objeto de trabalho sempre em evidência,
possibilitando seu sustento. Fingir faz parte do "show"
e pode-se pensar numa ginástica com os aparatos de uma
boa aula de aeróbica. O caráter erótico em
que se vivencia a cumplicidade, a troca, o envolvimento não
existe. Uma delas fez a síntese: "É um sexo
podre".
Não há encontro
porque não há disponibilidade mútua, não
há envolvimento mútuo possibilitando confirmação
mútua.
Numa faixa evolutiva mais baixa,
a sexualidade do homem fica muito circunscrita à sua genitália,
é muito mecânica, exigindo, então, uma manutenção
específica e periférica, feita por um agente específico.
Em ambos há o empenho de
lidar com aquilo que é superficial, que pode ser tocado,
visando cada um o seu benefício "legal".
Nas entrevistas os pesquisadores
constataram outras modalidades de relação diferentes
do sexo que também são requisitadas, como a "conversa",
fala desprovida de zelo maior onde se mostra o lado inseguro.
E diante da postura inerte de seu objeto, se permite extravasar
toda a sua angústia, de forma que não se comprometa,
não corra riscos. Isto é uma parcela do conjunto
das necessidades sociais.
Elas deverão dar continuidade
ao "show" e para isso juntar os pedaços de seu
objeto e configurar-se um todo irreal unificado. As cenas e o
final são quase sempre os mesmos.
Quando interrogadas acerca de
sua qualidade de MULHER ficam perplexas e mal sabem responder.
Seu SER fica desprovido de todo e qualquer significado que leve
em consideração sua totalidade, seu SER-MULHER.
Parece que ao viver grande parte
de sua vida no "Palco", o personagem tomou conta de
si, e o seu EU passou a ocupar um plano inferior e nem é
lembrado.
"Não sei o que é
ser mulher" foi a resposta. Se é lembrado é
também extremamente desvalorizado. Parece que não
se consegue superar essa dicotomia e o EU fica submetido à
desintegração. O que pensar da integração
com Deus e a sociedade?
"Quero ter uma família".
É um projeto que aparece no discurso como um meio de deixar
a "profissão", porém, muito mais do que
isso, um modo de integrar-se na sociedade e, quem sabe, até
amenizar a dicotomia existente em seu ESPÍRITO.
Bruns e Gomes Junior (2)
concluem achando que aqueles que compram-vendem, vivenciando o
"êxtase" do aqui e agora, vão se distanciando
cada vez mais de si mesmos e a dicotomia existente entre corpo
x mente se fortalece cada vez mais, de modo a não provocar
inquietações. As educadoras terminam dizendo que
tanto um como o outro "perpetuam o monótono círculo
vicioso que o mundo do faz-de-conta lhes possibilita, fingindo
que esse é um dos modos de serem felizes."
Duas senhoras, em um café
num país sul-americano, comentavam que a palestra da noite,
feita pelo brasileiro, deveria ser no mínimo instigante,
pois falaria do amor, da imortalidade da alma e das conseqüências,
na vida espiritual, dos atos cometidos aqui na Terra. Uma jovem
próxima ouve o comentário positivo e resolve assistí-la
também. Após a palestra, que falou sobre reencarnação
e memória extra-cerebral, na fila dos que vieram apertar-lhe
as mãos caridosas, Divaldo escuta a estória: (8)
- Eu sou uma meretriz. Era uma
jovem delgada de olhar entristecido. Contou-lhe que fora o padrasto
quem a colocara no plano inclinado. Ela havia ouvido as senhoras
falarem do brasileiro que pregava o amor como antídoto
da dor e, como sofria muito, resolveu dar-se uma chance. Jogou
fora a substância corrosiva, colocada no refresco, para
ouví-lo. Divaldo explica que não era má vontade,
mas que o seu anfitrião o aguardava. Porém, gostaria
muito de encontrá-la mais tarde. Ela respondeu a Divaldo
que não se preocupasse porque era uma mulher da noite.
Marcaram o encontro na casa do anfitrião. À noite
conta que vivia num bairro de alta classe social e econômica.
Quando o pai morreu ela contava quase quinze anos. A mãe
tinha quarenta e dois e era uma mulher frívola, de caráter
vulgar e, em menos de três meses depois, estava nos bailes
e festas. Ligou-se a um homem mais jovem do que ela, destes que
vivem a explorar mulheres ingênuas. Ele veio viver em nossa
casa e começou a procurar-me. Minha mãe acreditou
quando ele disse que eu havia me oferecido. Após a bofetada,
colocou-me na rua. Aos quinze anos eu estudava e tinha uma amiga
de dezessete anos que me recebeu em casa. Ela disse que a vida
era maravilhosa e que devíamos desfrutá-la. Era
acompanhante de velhos executivos e uma noite lhe rendia quinhentos
dólares. Mais tarde ela me disse que se não trabalhasse
também não comeria e levou-me a uma casa.
Divaldo ouviu pacientemente e
...
Através da divulgação
do Espiritismo, por meio da palestra na reunião pública,
em clima fraternal e com interesse de ajudar na solução
dos diversos problemas humanos, conseguiu-se a reabilitação
e, posteriormente, a integração da jovem aos labores
espíritas.
Hoje ela tem uma família!
E se elas se contaminarem? E se
houver gravidez? Observa-se uma incidência crescente de
AIDS em crianças em todo o mundo. No Brasil a porcentagem
de mulheres infectadas, em idade fértil, aumentou de 5,1%
para 12,51% em dez anos. A proporção homem/mulher
era de 18/1 e atualmente é de 3/1. Este fato explica a
enorme preocupação dos profissionais de saúde
que trabalham com crianças. Em um trabalho observou-se
que apenas uma, em 25 crianças, adquiriu o HIV através
de transfusão sanguínea. Todas as outras foram infectadas
de modo vertical, risco que varia de 27% a 62%. A transmissão
mãe/filho pode ocorrer via placentária, no canal
do parto e pelo leite materno.
Vamos relembrar algumas coisas:(6)
Aids é um dos maiores problemas de saúde pública.
A epidemia nÃo vai passar por si mesma e a discriminação
só empurra a doença para a clandestinidade, onde
não podemos vê-la e combatê-la. Aids é
primariamente uma doença sexualmente transmissível,
é uma imunodepressão acompanhada de doenças
oportunistas graves, infecciosas ou neoplásicas, com eventual
lesão neurológica.
O HIV é um parasita genético,
isto é, ele se integra ao sistema de genes, ou DNA, e programa
a célula transformando-a numa fabrica de HIV. Como o HIV
se integra no sistema genético da célula, quando
tentamos destruí-lo acabamos destruindo também a
própria célula. Por isso o tratamento da Aids é
muito complicado.
O número de indivíduos
com infecção assintomática (portadores) e
que podem transmitir o vírus é significativamente
maior do que o número de doentes. Se uma pessoa tem apenas
um parceiro sexual, mas este tem mais de um, a pessoa tem risco
de ser contaminada. São fatores de risco associados aos
mecanismos de transmissão: as variações freqüentes
de parceiros sexuais; o uso de produtos de sangue não controlados;
o uso de agulhas e seringas não esterilizadas e no caso
do bebê a infecção materna pelo HIV.
São co-fatores específicos
de risco em relação à transmissão
sexual: o trauma, como pode ocorrer na relação anal
e lesão genital causada por outras doenças sexualmente
transmissíveis.
Apenas com acesso aos preservativos
e à informação NÃO mudaremos comportamentos.
Adolescentes bem informados continuam tendo condutas sexuais de
alto risco.
Das vinte marcas examinadas, apenas
sete dos preservativos utilizados no Brasil cumpriram os requisitos
de segurança.
A necessidade do uso da camisinha
é informação relevante, mas isto não
é sinônimo de sexo seguro, esta seria uma afirmação
no mínimo leviana e irresponsável. Um produto que
não impede a gravidez não evita a infecção
viral.
Somos massacrados pelas mensagens
eróticas que procuram transformar-nos em máquinas
sexuais.
A psicóloga Dione Costa(4)
relatou que quando ouve pacientes, indivíduos comuns, com
doenças sexualmente transmissíveis, vindo de encontros
que podem não ter durado sequer uma hora, anônimos,
desconhecidos, mas que levam a abortos, sempre questiona: E A
AFETIVIDADE?
Que crianças serão
estas? E que adultos?
Tudo isso, diz ela, nos remete
a um sexo mecanizado, mostrando uma inadequação
ou negação da sexualidade responsável, pois
possibilita doenças e com elas sentimentos como frustração,
desilusão, insegurança, solidão, vergonha,
culpa, medo que se perpetua para os próximos encontros.
Como terá sido a aprendizagem
amorosa desses indivíduos ao longo da vida?
Será este caminho do não-encontro,
ou desencontro, o único que aprenderam ao longo de suas
vidas para a busca da felicidade?
Nesta hora, o profissional de
saúde-educação tem um papel "fantástico"
pois é um importante momento para mostrar os riscos, a
possibilidade de fazer escolhas, de ensinar a dizer não,
de adquirir identidade própria. Momento, talvez, único
na vida dessas pessoas, incomodadas com seus sintomas, para uma
reflexão de que seu corpo é sua casa.
Nossos filhos precisam estar conscientes
da existência destes sofrimentos e lutarem para não
serem incluídos na categoria dos co-responsáveis,
co-autores.
Eles precisam saber que todos
temos guias espirituais que nos protegem e que nos falarão
a respeito de que estamos aqui para aprender, do propósito
superior de nossas vidas, mas que, ao mesmo tempo, nos permitem
prosseguir numa situação se assim o desejarmos.
Eles têm o cuidado de não eliminar nossas lições.
Se estivermos avançando na direção de algo
que irá nos ensinar uma lição valiosa porém
difícil, eles poderão nos mostrar maneiras mais
alegres de aprender a mesma coisa. No entanto, se resolvermos
persistir no caminho original, eles não tentarão
impedir-nos. Cabe-nos escolher a alegria, mas caso aprendamos
melhor através da dor e do esforço, os guias espirituais
não os afastarão de nós.
Nossos filhos precisam saber que
"o homem sequioso de prazer, sentindo-se atormentado por
necessidade imperiosa, irresistível, uma excitação
espantosa que vivifica seu organismo e um fogo ardente que abrasa
seus órgãos" está também acompanhado
de entidades muitas vezes perversas.
Nós, os pais, precisamos
lembrar que estas informações ainda não estão
disponíveis nas universidades.
No futuro a " Nova Universidade"
estará aberta aos temas do espírito, ela será
erguida com uma Ciência que investigará os conceitos
da Filosofia e que trará de volta a idéia de Deus.
Uma Ciência que além de inquirir como são
as coisas, intenta responder ao porquê. Com uma Filosofia
de caráter científico e uma Ciência com conseqüências
religiosas.
"No quadro dos valores racionais,
Ciência e Filosofia se integram objetivando as realizações
do Espírito. Completam-se como dois grandes rios, que servindo
as regiões diversas, na esfera de produção
indispensável à manutenção da vida,
se reúnem em determinado ponto do caminho, para desaguarem,
juntas, no mesmo oceano que é o da sabedoria."
Temos que nos esforçar
para participar desta revolução do pensamento se
não desejarmos continuar no papel de comparsas da tirania
e da destruição. Daí a necessidade da Ética
que ilumine as consciências na melhoria das características
morais do homem.
A assimilação de
um novo paradigma é lenta e difícil porque demanda
abertura mental, estudo, reflexão e crítica. Haverá
resistência, principalmente pela exigência de mudanças
ético-morais. Mas, é necessário mudar. A
sociedade anômica, o "levar vantagem em tudo",
gerou a indiferença nas relaçäes sociais e
o caos na sociedade.
Há indícios de que
esta revolução esta em curso até entre nós.
Soubemos que 350 alunos da USP, aos sábados, freqüentam
um curso, na universidade, que discute as questões do espírito,
definido como o fez Allan Kardec.
A discussão do "post-mortem"
não pode ser ignorada, pois exerce influência sobre
as questões de Ética.
A democracia no mundo e as necessidades
de cooperação econômica desembocam na manifestação
livre das diversas culturas, induzindo o mundo ocidental a ampliar
o seu universo cultural. Há uma revalorização
da importância da religião, enquanto agente de movimentação
social.
A revolução é
agora e começa quando abrimos as portas à ética
e à fé. A fé, que terá "por templo
o universo, por altar a consciência, por imagem Deus e por
Lei o mandamento do amor em ação, resumido por Jesus
na categoria do próximo". A fé que atua pelo
amor. Na sociedade, assim organizada, ninguém será
coisificado, ninguém morrerá de fome.
Nas entrevistas(2) as "Vendedoras
de Prazer" disseram: " Um dia quero constituir uma família".
Os pesquisadores comentam que subjaz nessa atitude de querer integrar-se
a uma família uma grande contradição, uma
vez que grande parte de seus clientes são homens casados.
Nossas filhas precisam ser alertadas para essas coisas. Mesmo
que essa formação se concretize, isso não
quer dizer que ela vá experienciar uma relação
EU-TU junto ao seu cônjuge de forma plena e presente.
Há necessidade de ajudar
os casais na sua escalada evolutiva, para que possam entender
e ajudar seus filhos a entenderem também que a sexualidade(6)
deve ser vista num contexto amplo, não apenas genitalizado
embora não prescinda dele. Apesar de situado no nível
instintivo, possui a bússola da razão que o orienta
para o outro, como pessoa inteira. Orienta-o para a relação,
o diálogo, na luta evolutiva da substituição
do amor captativo, infantil, pelo oblativo, altruísta.
A sexualidade é nobre e enriquecedora. É uma das
dimensões fundamentais do espírito, quando pode
comportar-se como ser sexuado, reencarnando como homem ou mulher,
formando assim os "dois pólos de cuja tensão
e oposição brota o fenômeno da existência
humana", a perpetuação da espécie.
Nos subsídios para implantação
e desenvolvimento da Campanha "VIVER EM FAMÍLIA"
(3) encontramos na sua fundamentação doutrinária
a questão 208 do Livro dos Espíritos. Nela os guias
espirituais dizem que "os Espíritos dos pais têm
por missão desenvolver os de seus filhos pela educação.
Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados,
se vierem a falir no seu desempenho."
Desta forma surge no Temário
da Campanha o ítem de número 9, Desequilíbrios
no Lar - Prostituição e Promiscuidade."
Diante desta advertência
cabe-nos a ajuda mútua.
Vamos oferecer aos nossos filhos
uma religião amadurecida, aquela bem diferenciada através
de um processo consciente de autocrítica, aquela que tem
grande poder transformador. Aquela que como diz Allport leva o
homem ao amadurecimento quando é dinâmico sem ser
fanático ou compulsivo em seu comportamento religioso.
Aquela que produz uma condição de coerência
entre o que o homem crê e o que diz. Aquela que é
tolerante e pronta a reconsiderar sua própria condição.
Aquela que será sempre uma busca da verdade integral.
A questão agora é
a revolução do pensamento no auto-conhecimento levando
em conta o invisível, o impalpável, o imponderável
e o admensional, com Ética, na busca da verdade.
Impossível não lembrar
o Professor Newtom de Barros(1) numa sessão histórica,
no Grupo André Luiz. RJ.RJ.
Deixemos o Professor contar:
- "Pela voz direta, comunicou-se
a Mãezinha:
Estou chegando das regiões
umbralinas... André Luiz e Mãe Narciza convidam
os últimos habitantes ávidos de regeneração...
André Luiz olhava no chacra coronário e jogava uma
rede... Pescador de almas... Lembrei-me de Pedro e André
em Tiberíades. Meu filho atendeu ao meu chamado... Vai
reencarnar... Última oportunidade... Daqui a uns quinze
anos vocês, talvez, encontrem um jovem, cabeludo, mal lavado,
andando pelas ruas, sem destino, sem vontade de trabalhar... Talvez,
procurando sexo e tóxicos... Tenham piedade dele... Por
certo é o meu filho... em última oportunidade...
Aquela mãezinha, falando
de VOZ DIRETA, graças à mediunidade de Peixotinho,
jamais saiu de minha retina, pois destaquei o vulto semi-apagado
na penumbra da sala de ectoplasmia.
Nas salas de aula desses cinqüenta
e tantos anos de magistério, sempre olhei o adolescente,
apiedado... E ouvia Jesus na página maravilhosa de BOA
NOVA:
- Pedro, eles não são
pecadores... Eles são somente FRÁGEIS...
E a fragilidade se mistura com
os nossos conhecimentos de Física, de Química, de
Biologia, de Psicologia... E as VONTADES? Como despertar as vontades?
Como fortalecer os frágeis? Como ativar as VONTADES PARA
QUERER O MELHOR PARA OS PRÓPRIOS ESPÍRITOS?
Mas sobe à superfície
da memória a PARÁBOLA DO SEMEADOR:
- O Semeador saiu a semear...
Atirou as sementes, amorosamente... Umas caíram na terra
escaldante e feneceram... Outras caíram ao alcance dos
pássaros e foram deglutidas... Outras cresceram entre espinheiros
e foram sufocadas... Mas outras caíram em terreno fértil...
E PRODUZIRAM UMA POR TRINTA... UMA POR SESSENTA... UMA POR CEM...
E DERAM MUITOS FRUTOS BONS...
Bezerra de Menezes desce de alturas
não mensuráveis e nos diz pelas mãos sagradas
hoje, de Francisco Cândido Xavier: A LEGENDA DE AGORA É
KARDEQUIZAR... SEMEAR AS SEMENTES ESCOLHIDAS...
E CONFIAR NA FERTILIDADE DOS TERRENOS..."
"Agora é ação!"
Vamos escolher as sementes juntos!
Não sofreremos, no futuro,
por causa da omissão.
Nossos erros serão perdoados!