Hoje, 07/11/2015, dois momentos
no Blog do jornalista Augusto Nunes prenderam a minha atenção.
A brilhante participação da cientista política
Gloria Alvarez, no programa Roda Viva Internacional, apresentado
pela TV Cultura. Disse a cientista que a divisão do mundo
em esquerda e direita caducou e que hoje o duelo se trava entre
o populismo e a república.
“Culta, articulada, corajosa,
a bela ativista esbanjou lucidez ao longo de todo o programa”,
que merece aplausos por tê-la convocado. Gloria estudou
ciência política em universidades dos Estados Unidos,
Itália e Bélgica. (1)
O outro momento aguçaria
a curiosidade de qualquer bacharel em Direito e/ou licenciado
em Pedagogia, embora assunto das Ciências Biomédicas.
Trata-se dos “Transtornos da Personalidade”. (2)
No Manual do Residente (de Psiquiatria)
da Universidade Federal de São Paulo e Associação
dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina.
São Paulo, Roca, 2014, lemos que este grupo diagnóstico
vem cercado de controvérsias e que a atual classificação
divide os transtornos de personalidade em dez tipos, agrupados
em três clusters. O tipo encontrado no Blog do Augusto está
inserido no clusters B, referido como “Transtorno da Personalidade
Antissocial”.
Uma pessoa pode ser portadora
de um tipo de transtorno dificilmente curável, onde as
perspectivas de tratamento são sombrias. Na reclusão,
as tentativas de reintegração social são
nulas. Assim, o indivíduo, portador dessa disfunção,
não deixa a penitenciária em melhores condições.
A antiga denominação
de “Personalidade Psicopática” é hoje,
ONU, CID-10, o “Transtorno da Personalidade Antissocial”.
Na Associação Americana de Psiquiatria, DSM-IV-TR,
é encontrada como “Transtorno da Personalidade Dissocial”.
O médico Ednei Freitas
diz que “os pacientes podem mostrar-se, utilizando uma mascara
de sanidade, altivos e dignos de credibilidade numa entrevista.
Na realidade estão tensos, escondem a hostilidade, a irritabilidade
e a cólera.”
Diz ainda o psiquiatra “que
entrevistas provocadoras de estresse, nas quais os pacientes são
vigorosamente confrontados com inconsistências em suas histórias,
podem ser necessárias para a revelação da
patologia. Até mesmo os profissionais mais experientes
já foram enganados por tais pacientes”.
“Uma investigação
diagnóstica completa deve incluir um exame neurológico
minucioso, uma vez que esses pacientes costumam exibir eletroencefalogramas
anormais e leves sinais neurológicos sugestivos de um dano
cerebral mínimo na infância.”
Apresentam quase sempre um aspecto
exterior normal, agradável e cativante, mas suas histórias
revelam áreas de funcionamento vital desordenado desde
o período infantil, antes dos 15 anos. São encontradas
nos relatos, as violações das regras, destruição
de patrimônio, mentiras, faltas à escola, fugas de
casa, furtos, brigas, agressões. Posteriormente são
encontradas a promiscuidade com amantes e atividades ilegais.
Esses pacientes por exibirem características
sedutoras, podem provocar certo encanto. Sendo manipuladores,
podem impressionar o sexo oposto, mesmo que esses sejam profissionais
de saúde.
Mesmo quando são espancados
pelos fatos demonstrativos de seu comportamento antissocial, podem
demonstrar ausência de ansiedade ou depressão.
Também podem demonstrar
uma boa inteligência verbal, o que impressiona a muitos.
Seu conteúdo mental revela ausência de delírios
e outros sinais de comportamento irracional.
(2)
No duelo que se trava hoje, não
mais entre esquerda e direita como referido por Gloria Alvarez,
esses pacientes poderiam chegar a ser candidatos a governos populistas?
Na condição de espíritos,
comparecendo a uma reunião de socorro e tratamento de desencarnados,
seriam de difícil diálogo.
Leigos, como nós, podemos
pensar inicialmente que estamos na presença de um neurótico,
mas a zona de desarranjo espiritual do antissocial é muito
mais acentuada.
Dialogando com os espíritos
das sombras o pesquisador Hermínio C. Miranda encontrou
uma escala cromática, ampla e variada. (3)
Todos, quase sempre se deixaram
dominar por invencível vaidade.Demoram-se na doce e venenosa
contemplação narcisista da própria inteligência,
fascinados pelos seus mecanismos, sua engenhosidade e os belos
pensamentos que produzem. Julgam-se geniais — e muitas vezes
o são mesmo. São bons argumentadores e, quando movidos
para objetivos bem definidos, tornam-se verdadeiramente difíceis
de serem despertados, pois se acham solidamente convencidos do
poder e da força das suas próprias fantasias, suas
doutrinas, suas ideologias, seus sofismas e suas autojustificações.
Na mesa da reunião mediúnica,
não se exaltam, nem dão murros. Parecem, mesmo,
suaves e tranquilos. Têm respostas prontas e engenhosas
para tudo, fazem perguntas bem formuladas, procurando confundir,
para desarvorar o interlocutor. Ao cabo de algum tempo de observação
atenta, descobrimos que o intelectualismo é como qualquer
outra forma de fuga; é também um esconderijo, para
o Espírito que reluta em enfrentar uma realidade dolorosa.
Só poderemos ajudá-lo
se conseguirmos restabelecer o vínculo entre o cérebro
e o coração.
Quando encarnados podem ocupar
cargos eletivos, por isso seria bom se pudéssemos, com
um psicoscópio, saber se o político antes de candidatar-se,
fez a si três questões:
Sente-se capaz de executar as
tarefas, sem quebrar o país e prejudicar os mais pobres?
A equipe de governo vai se sentir
feliz em trabalhar com você, mesmo sem receber adicionais?
Vai resistir ao desejo de eternizar
o mandato presidencial? (4)
"Poder possui duplo sentido.
Um é a posse de poder sobre alguém. O outro é
a posse de poder para fazer algo, o que nada tem a ver com dominação,
mas maestria no sentido de capacidade. Aí, poder significa
potência. Dominação e potencia são
excludentes, uma vez que o primeiro é a perversão
do segundo". (5)
Freitas diz que os pacientes com
personalidade antissocial são altamente representados pelos
chamados vigaristas. São capazes de convencer outros indivíduos
a participarem de esquemas que envolvam modos fáceis de
obter dinheiro ou de adquirir fama e notoriedade. “
Não se pode confiar neles
para levar adiante qualquer projeto, ou aderir a qualquer padrão
convencional de moralidade.
Fazem parte de sua história
a promiscuidade, o abuso do cônjuge, o abuso infantil e
a condução de veículos sob os efeitos do
álcool. Parecendo desprovidos de consciência, nunca
apresentam remorso pelas ações praticadas. (2)
O cidadão é responsável
pela escolha do Presidente?
Será responsável
pelos resultados do governo?
A resposta do espírito
estimula o voto consciente: “quando você votar e o
país tomar o rumo, então você é responsável,
porque o rumo que o país seguir, será o resultado
do homem que você escolheu.”
Continuo dando meu voto a Zaqueu,
o candidato ficha limpa. Muitos gostariam de ter um parente como
Ele (6). Como é diferente
de alguns filhos de políticos atuais!
No Manual do Residente de Psiquiatria
da Universidade Federal de São Paulo encontramos que “o
risco de parente de primeiro grau desenvolver o transtorno é
maior”
Olho neles! Cuidado para
não se tornar corresponsável pelo voto.