Existe suicídio de pessoa
espírita? (2)
Pode-se dizer que sim, mas há
controvérsias.
Um estudo mostra que a concepção
suicida foi mais frequente entre mulheres, em adultos de 30
a 44 anos, nos que vivem sozinhos, entre os espíritas
e os de maior renda.
Desconfortável, e em
aparente contradição com a esperança que
surge quando nos descobrimos espírito imortal, é
a citação dos espíritas na prevalência
de ideação, plano e tentativa de suicídio.(3)
No entanto, num país de extensão territorial continental,
acreditamos que não devemos generalizar o resultado encontrado,
uma vez que foi obtido num inquérito, de base populacional,
na cidade de Campinas, SP.(*)
Apesar disso, o desconforto
não se tornará menor mesmo que entre os pacientes
rotulados como espíritas tenham sido incluídos
outros espiritualistas. O exame do perfil do verdadeiro espírita
pode nos ajudar a lançar luz que alcance até a
prevenção do “ato estúpido”?(3)
O Espírito Albino Teixeira, por
intermédio de Francisco Cândido Xavier, diz que
“o espírita
jamais se confia à desesperação, por
mais agudo lhe seja o sofrimento; nunca perde a coragem, nos
embaraços de que se vê defrontado, aguardando
o melhor e fazendo o melhor que pode nas atividades do dia
a dia.” “Ele, jamais permite venham dificuldades
ou provações lhe solapar a alegria de viver
ou lhe obscurecer o dom de servir. O espírita, enfim,
é alguém ciente de que Deus está ao lado
de todos, mas procura firmar-se, sentir, pensar e agir, incessantemente,
ao lado de Deus.”
Num artigo, aceito para
publicação em junho de 2020 no Blog do Bruno,(4)
comentamos sobre uma situação de vulnerabilidade.
Chiquinha é uma mulher que oferece quadros por ela pintados
às pessoas caridosas que lhe doam algum alimento ou tintas.
Na arte que foi exposta pelo Bruno a alternativa para o branco
foi a pasta de dente. Cada um dá o que tem. Lembrei-me
de Leda Amaral. Ledinha, apesar de suas deficiências físicas
corria em socorro do próximo. A língua era o seu
socorro.(5, 5b)
Chiquinha em condições adversas
está vivendo. Será que uma oficina de estudos
da arte espírita seria uma boa alternativa para ela?(6)
Considerando que a arte participa
no processo de desenvolvimento das potencialidades da alma,
que é imortal, a resposta é afirmativa. Principalmente
porque o oferecimento de cursos gratuitos, de diversas expressões
artísticas, pode alcançar até mesmo a camada
mais pobre da população.
No Rio de Janeiro, nesta
oficina, os alunos são apresentados à teoria e
prática de um instrumento musical; são abordadas
as técnicas de desenho e estimulada a crítica
literária e a produção textual. São
também estudadas técnicas de interpretação
teatral; tratam da dança e expressão corporal.
Fazem arte com tecido, agulha e linha; muitas vivências
são experimentadas, através da integração
das artes. Assim, a oficina oferece às crianças
um primeiro contato com as expressões artísticas.
Precisamos acreditar logo de inicio, na relação
da arte com a potência de vida, na sua importância
na prevenção da depressão que precede o
suicídio e na promoção da vida.