Estudando Bissexualidade,
Homossexualidade, Heterossexualidade em Sete Planos
A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis
aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los
progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres
e reprimir os maus pendores. Livro dos Espíritos, 385.
Um paciente homossexual com fantasias
suicidas reviu uma vida pregressa.
Na vida anterior, reencarnado
como mulher, fora obrigado a casar-se com um homem que detestava.
O paciente relembrou sua tentativa
de suicídio, quando se viu grávida, jogando-se escada
abaixo, sem obter resultado.
Na hora do parto, há mais
de cento e cinqüenta anos, após grave hemorragia,
o parteiro avisou-a de que só poderia salvar a mãe
ou a criança.
O marido escolheu salvar a esposa,
mas, quando ele saiu do quarto, a parturiente deu ordem ao médico
para que ela fosse sacrificada, pois odiava a vida que fora obrigada
a assumir, dizendo que detestava viver.
Nada sentia em relação
ao nascituro e morreu amaldiçoando a família e a
vida, num terrível sofrimento físico e mental.
Após a saída do
corpo, viu-se por longo tempo flutuando ao redor do ambiente e
tentando em vão contatar as pessoas. Muito tempo depois
se afastou do local num total desespero.
O paciente informou ainda, em
plena regressão, que fora submetido a um tratamento no
além antes de voltar à vida atual, mas mesmo assim
a angústia e a ambivalência de que "para nascer
era necessário que alguém morresse" continuou,
enquanto estava dentro do útero da mãe atual.
Lutou para evitar o seu próprio
nascimento, pois previa o sangramento e as rupturas que o parto
provoca, fatos esses que lhe lembravam a carnificina à
qual fora submetido em seu corpo anterior para que, de seu ventre
aberto a frio, o médico salvasse o filho, provocando assim
a sua morte.
Esse paciente era homem de alto
nível cultural e em cada regressão dava uma grande
quantidade de detalhes de época, inclusive arquitetônicos
e de vestuários.
Já fora assassinado em
outras vidas. Numa delas havia sido um padre ligado a grupos de
templários que tinham uma visão muito adiantada
para a época em que vivera, e por isso fora assassinado.
Noutra fora uma rainha de uma pequena ilha do mar Egeu, numa civilização
pré-helênica onde preferiu morrer a trair seu povo,
quando a ilha foi invadida por gregos mais incultos.
Com as regressões, sentia
alívio bastante intenso de seus complexos problemas de
personalidade (solidão, suspeita de doença grave,
homossexualismo e auto-aceitação). Com isso, as
idéias suicidas se foram atenuando. Suas regressões
eram de uma clareza tão impressionante que seu médico,
reencarnacionista, duvidava de que tudo não estivesse sendo
criado a um nível de vigília. Havia, porém
um detalhe interessante: durante uma ou duas horas em hipnose,
mantinha uma hiperpnéia ruidosa que não seria suportável
em estado "normal".
Quanto um psiquiatra clássico
deixaria de aprender quando se defrontasse com essa "hiperpnéia
histérica"? Limitar-se-ia a injetar um tranqüilizante
benzodiazepínico na veia, esperando que o paciente se acalmasse
ou dormisse. Este caso é o de número 13 de Pincherle,
L.T.
Em "Reencarnação
e Imortalidade", Patrick Drouot, físico pela Universidade
de Columbia, nos traz novos depoimentos e nos fala que "é
comum encontrar, nas vidas passadas, explicação
de certos dons e talentos atuais". No início dos anos
oitenta ele já havia feito mais de cinco mil "regressões
fetais", constatando que a consciência não começa
na infância. Diz-nos que a vida é um continuum. Não
começa no momento da concepção para terminar
no momento da morte física.
Lembrando o caso acima, narrado
pelo psiquiatra da Universidade de São Paulo (USP), Pincherle,
L.T., gostaríamos de correlacioná-lo com a discussão
da lei do Carma feita por Drouot.
Carma significa "ação"
em sânscrito. É ensinada nas religiões budista
e hinduísta e foi abundantemente comentada pelos tibetanos
e pelas escolas yogues em geral.
A lei do carma pretende que toda
ação humana - e, ação, entenda-se
também, um pensamento ou um sentimento - traz em si uma
carga, seja ela positiva, negativa ou neutra, e que essa carga,
liberada com a ação, retorna sempre àquele
que a emitiu. A experiência ensinou que a pessoa morre encolerizada
e leva "a reserva emocional" consigo para o outro lado.
É uma lei de total justiça. Ela não castiga
nem recompensa, apenas restitui. É lei inseparável
da doutrina da reencarnação e uma não tem
sentido sem a outra. Voltamos a um novo corpo, mas trazemos reservas
emocionais estocadas. O carma é sutil e age sob forma de
programação. Drouot usa-o para poder conciliar a
justiça divina com o "lixo e o luxo".
Ao examinarmos o comportamento
sexual é fundamental utilizarmos o critério espiritual
e a noção de "vidas passadas".
A Medicina usa o critério
da normalidade e seus valores. Os critérios estatístico
e sócio-cultural nem sempre são suficientes. Dentes
cariados, embora prevalentes, não podem ser considerados
"normais" para a finalidade. A finalidade é bom
fio condutor, a finalidade da existência, da vida, do corpo.
O nazismo foi muito bem aceito na Alemanha!
Numa perspectiva física
poderemos dizer que, em termos de finalidade, um relógio
adequado é o que oferece a hora certa.
Como avaliar seres psicológicos?
O homem é bio-psico-socio-espiritual. Como nortear esta
análise? Pela Axiologia, isto é, estudo ou teoria
de alguma espécie de valor. Teoria crítica dos conceitos
de valor.
O que são valores? Aquilo
que contribui para a perfeição do homem e para a
realização dos seus fins existenciais como pessoa.
O homem é um espírito em evolução.
A sexualidade é área
fundamental para a evolução espiritual. Mas, quem
não possui débito neste campo? Como avaliar as melhores
possibilidades de evolução? Que caminho é
o mais rápido para o desenvolvimento psicossexual?
Voltamos à perspectiva
do valor, pois ao analisarmos seres psicológicos é
necessário considerar sua natureza.
Bissexualidade, Homossexualidade, Heterossexualidade.
Qual comportamento parece contribuir melhor para a perfeição
humana física e mental? E para a realização
da sua finalidade como pessoa? De onde viemos, o que somos e qual
a nossa destinação?
Vamos usar os raciocínios:
1. Estatístico - prevalência,
freqüência maior ou menor;
Comentário: como discutido
acima, nem sempre este critério é adequado, mas
não podemos deixar esquecido o argumento de que a homossexualidade
é um distúrbio, porque se manifesta muito menos
freqüentemente do que a heterossexualidade e ainda porque
é considerado por alguns como sinal de desvio.
2. Biológico.
a) Dicotomia complementar ("um feito para
o outro") e "tendência" a procriação.
Alguns aceitam como anormal e
antinatural tudo que, em última instância, não
tenda para a procriação, vista como "meta final"
da sexualidade (intencionalidade natural).
b) Freqüência e intensidade de distúrbios
eletroencefalográficos.
Alguns pesquisadores se apóiam
na constatação de freqÜentes e intensos distúrbios
eletroencefalográficos encontrado em homossexuais para
inferirem uma imaturidade bioelétrica cerebral e a correlacionarem
com o achado de uma imaturidade psicossexual em seus portadores.
Advogam uma parada do desenvolvimento com persistência de
elementos de estágios anteriores, pré-genitais.
c) Diferenças anatômicas cerebrais.
Alguns pesquisadores descrevem
aumento dos núcleos supraquiasmáticos em necrópsias
de transexuais masculinos. No entanto estes achados não
foram encontrados por outros investigadores.
d) Deficiência ou aumento de hormônios
sexuais na fase pré-natal.
Segundo alguns autores, a exposição,
pré-natal, à testosterona é necessária,
para a masculinização do cérebro e futuro
comportamento sexual masculino. Quanto maiores os níveis
de androgênios, maior seria a predisposição
biológica para bi ou homossexualismo ou transexualismo
em mulheres, ocorrendo o inverso no homem com a falta dos androgênios.
e) Variações anatômicas no
núcleo hipotalâmico ântero-medial.
Haveria como conseqüência
final a transformação da secreção
gonadotrófica dos homens homossexuais num padrão
semelhante ao das mulheres.
f) Deficiência da 5 alfa-redutase, com subseqüente
pseudo-hermafroditismo masculino. É uma anormalidade ligada
ao transexualismo
3. Psicológico - a) bipolaridade
psicológica. b) imaturidade afetivo-emocional (menor capacidade
para elaborar as emoções).
Comentário: a criança,
espírito recém-encarnado, é ser imaturo,
indiferenciado, com ampla plasticidade psicossexual; não
é um "perverso polimorfo" como o qualificou Freud,
mas um PERVERTÍVEL polimorfo.
A sexualidade no inicio da vida,
é, ainda - psicologicamente falando - mais ou menos indiferenciada
e sujeita a desvios, porém não polimorfa.
No alcoolismo o indivíduo
perde a liberdade frente ao álcool. Frente ao sexo, a pessoa
não resiste a sua sexualidade impulsiva e às vezes
compulsiva. Há redução do seu coeficiente
de liberdade de opção.
Dizia Lersch: " homem e mulher
são os dois pólos de cuja tensão e oposição
brota o fenômeno da existência humana."
4. Sócio-familiar - Gênese,
família e sociedade. Constelação familiar
defeituosa.
Comentário: Há crise
de identidade. Há continuidade e severidade de relações
patológicas entre pais e filhos. Progenitores complicados,
ausentes, subservientes, alcoólatras, machistas, violentos,
autocratas, dominadores, desmasculinizantes, masculinizantes,
etc, interferem desfavoravelmente, na infância, no desenvolvimento
psicossexual. Mulheres transexuais sofreram em 22% abuso sexual
dos próprios pais e em 37% dos casos a relação
entre os pais era turbulenta, doentia, com separação.
5. Antropológico (Psicanalítico).
Relação sexual sem considerar a alteridade global,
isto é, a outra como pessoa inteira, distinta do Eu.
Comentário: nesta relação
os parceiros são simples objetos e ainda parciais. No Donjuanismo
(conquistador masculino insaciável) os diversos parceiros-objeto
demonstram a desordem mental. Será a luta evolutiva da
substituição do amor captativo, infantil, pelo oblativo
("que se oferece"), altruísta. Emmanuel comenta
que, observadas as tendências dos companheiros reencarnados
nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso
se lhes dê o amparo educativo adequado.
6. Político - pressões
políticas, embora alheias à ciência médica
e aos conhecimentos psiquiátricos, podem trazer idéias
e informações erradas.
Comentário: O tabagismo
ou vício de fumar incluído no Manual de Diagnóstico
e Estatística da Associação Americana de
Psiquiatria é fortemente estimulado na televisão
brasileira, com um pequeno e quase invisível lembrete de
que " O Ministério da Saúde adverte, fumar
é prejudicial à saúde."
7. Espiritual - Evolução.
Finalidade da reencarnação e do corpo.
Emmanuel diz que a vida espiritual
pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no
entanto, através de milênios e milênios, o
Espírito passa por fileira imensa de reencarnações,
ora em posição de feminilidade, ora em condições
de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade,
mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. Não
há, portanto especificação psicológica
absoluta. Costa, Gadelha & Meirelhes admitem que o transexualismo
é uma anomalia da identidade sexual, dizendo que o indivíduo
se identifica como pertencente ao sexo oposto e experimenta grande
frustração ao tentar se expressar através
do contexto do seu sexo genético. Admitem ainda estes endocrinologistas
que nem sempre é fácil distinguir convicções
transexuais de ilusões psicóticas. O transexualismo
seria uma forma não-específica de psicopatologia,
porque mesmo não sendo psicose, apresenta as duas fases
características da psicose, ou seja, saída da realidade
(do próprio sexo) e criação de uma nova realidade
(troca do sexo corporal e do papel sexual). Isto é perfeitamente
compreensível á luz da reencarnação.
Comentário: a relação
deverá oferecer maiores possibilidades de amadurecer e
se abrir para a realidade do outro.
Se a situação for
acidente de percurso e não houver esforço para retornar
ao equilíbrio, haverá agravantes no futuro.
Se for reencarnação
expiatória e não houver esforço de transformação
- repetir-se-ão os mesmos erros, com agravantes.
Quem melhor puder expressar-se
em todos os planos acima estará em melhores condições
na viagem evolutiva.
As crianças, com distúrbios
sexuais transitórios perfeitamente superáveis, poderão
ser privadas de poderosos estímulos, que lhes permitiriam
acesso a outro estilo de vida, mais feliz, e com possibilidades
reais de crescimento evolutivo?