O artigo é a primeira parte
de um trabalho apresentado no o 13o Encontro Nacional da Liga de
Pesquisadores do Espiritismo (LIHPE) ou 13o ENLIHPE, ocorrido nos
dias 26 e 27 de agosto de 2017, em São Paulo, com apoio da
USE e CCDPE
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Artigo originalmente publicado
em 1 de Maio de 2018.
O artigo, em sua primeira parte,
consiste de uma importante reflexão a respeito da palavra
"magnetismo", tão usada em nosso movimento
espírita para descrever fenômenos de passes e cura.
A reflexão consiste de verificar se a palavra agrega
ou não valor científico à explicação
espírita desses fenômenos. O que o Autor analisa
e mostra é que além da palavra "magnetismo",
segundo a Ciência, não mais ter significado associado
aos passes, o Espiritismo, por si mesmo, não precisa
dela para explicar ou descrever esses e outros fenômenos
anímicos, mediúnicos e espíritas. No artigo,
o Autor apresenta um desafio de natureza doutrinária
(que convidamos o Leitor a conferir no artigo), que consideramos
um excelente exercício de estudo e aprofundamento do
Espiritismo. Em breve, a segunda parte do trabalho será
publicada com esclarecimentos adicionais de dúvidas que
surgiram da apresentação do trabalho no encontro
da LIHPE.
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Resumo:
O movimento espírita, no
Brasil e no mundo, ainda utiliza o termo magnetismo para descrever
alguns efeitos da ação dos fluidos sobre a matéria
e, em particular, aqueles que envolvem a cura física ou a
terapia através dos fluidos espirituais. Embora a palavra
magnetismo tenha sido muito utilizada por Kardec, ela não
é uma palavra original do Espiritismo, isto é, criada
pelo Espiritismo para descrever seus conceitos ou fenômenos.
Essa palavra apenas foi utilizada por Kardec e os Espíritos
para fazer referência dos fenômenos espíritas
a algo conhecido na época. Na medida em que o Espiritismo
recomenda que nossa fé deva ser raciocinada [item
8, cap. XIX, Evangelho Segundo o Espiritismo], e que ele
deve “caminhar de par com o progresso” [item
55, cap. I, A Gênese], faz-se necessário avaliar
se, passados 161 anos da publicação de O Livro dos
Espíritos, a utilização do termo magnetismo
representa “caminhar de par com o progresso” do conhecimento.
Essa análise consiste da primeira reflexão a respeito
do tema feita no movimento espírita.
Propomos duas ações:
1) evitar o uso da palavra magnetismo e
2) esclarecer sua prescindibilidade sob a luz do Espiritismo.
As principais razões são:
i) no ponto de vista científico, a palavra magnetismo se
refere apenas ao fenômeno material da interação
entre cargas elétricas que se movem umas com relação
às outras;
ii) no ponto de vista espírita, é possível
verificar que os termos e conceitos próprios da Doutrina
Espírita são suficientes para a explicação
de todos os fenômenos espíritas.
Veremos que Kardec já tinha consciência da inexatidão
do uso da palavra magnetismo e só a utilizou em função
da aceitação da sua época, o que não
existe nem ocorre em nossa época atual.
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