O fenômeno de transporte
consiste da introdução ou retirada de objetos
materiais de um recinto através da ação
invisível dos Espíritos.
Embora este fenômeno tenha
sido estudado por Kardec, os mecanismos físicos do fenômeno
de transporte ainda permanecem desconhecidos.
Há na literatura espírita
duas propostas distintas para explicar o fenômeno:
i) possibilidade de desintegração e reintegração
das moléculas do objeto transportado ou das paredes do
recinto, defendida por Ernesto Bozzano; e
ii) possibilidade do objeto ser movido através de uma
quarta dimensão espacial, defendida por Johan Carl Friedrich
Zöllner. Neste artigo, analisamos as duas hipóteses
em comparação com o conhecimento científico
e as explicações contidas em O Livro dos Médiuns
(LM).
Mostramos que além de
explicar o fenômeno e estar de acordo com a Doutrina Espírita,
a proposta de Zöllner apresenta muito menos problemas com
relação à Física dos materiais do
que a proposta de Bozzano. Como a hipótese de Bozzano
tem suscitado críticas ao Espiritismo e, em particular,
a alguns comentários de Erasto no LM sobre o fenômeno
de transporte em recintos fechados, revisamos as explicações
de Erasto levando em conta o contexto em que foram escritas
para mostrar, afinal, que elas estão corretas e de acordo
tanto com as descrições dos fenômenos em
si, quanto com relação ao conhecimento científico
atual.