Alvarado, C.S. et al. / Rev. Psiq. Clín.
34, supl 1; 42-53, 2007
Carlos S. Alvarado
- Professor-assistente de Pesquisa em Medicina Psiquiátrica,
Division of Perceptual Studies – University of Virginia (EUA).
Fátima Regina Machado
- Professora, Faculdade de Comunicação e Filosofia da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Wellington Zangari
- Pesquisador, Laboratório de Estudos em Psicologia Social
da Religião do Instituto de Psicologia da Universidade de São
Paulo.
Nancy L. Zingrone
- Professora-assistente de Pesquisa em Medicina Psiquiátrica,
Division of Perceptual Studies – University of Virginia
Resumo
Contexto: A psicologia e a psiquiatria têm sido, ao longo
do tempo, influenciadas pelos fenômenos estudados pelos pesquisadores
dessas áreas. Diversas idéias sobre a mente e suas patologias
foram desenvolvidas no contexto dos estudos de histeria, de dupla e
de múltiplas personalidades e dos fenômenos hipnóticos.
Objetivos: Neste estudo, propomos que a mediunidade
tenha influenciado tanto a psicologia quanto a psiquiatria de diferentes
modos. Os fenômenos mediúnicos, tais como os transes e
as mensagens verbais ou escritas atribuídos a espíritos
de mortos, contribuíram para o desenvolvimento de vários
importantes conceitos durante o século XIX e daí por diante.
Métodos: Revisamos a literatura histórica
da psiquiatria e da psicologia relacionada à mediunidade para
identificar discussões sobre a mediunidade.
Resultados: A mediunidade foi usada para defender ampla
variedade de idéias sobre a mente subconsciente por pesquisadores
como William B. Carpenter, Frederic W. H. Myers e Joseph Grasset. Tanto
Pierre Janet quanto Théodore Flournoy se serviram da mediunidade
para ilustrar formas de dissociação. Da mesma forma, a
psicopatologia foi relacionada de diferentes modos à prática
mediúnica, como foi discutido por Jean-Martin Charcot, Pierre
Janet e Gilbert Ballet.
Conclusões: Apesar de a mediunidade ser apenas
um dos fatores que afetou a construção de conceitos como
o de subconsciente, dissociação e psicopatologia, é
necessário que sua influência seja mais reconhecida do
que o é atualmente na historiografia da psicologia e da psiquiatria.
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Fonte: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista